domingo, 4 de setembro de 2011

PSDB E DEM SÃO CONTRA A QUEDA DE JUROS

Senador José Agripino (DEM-RN)


“No início do mês de julho, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) divulgou, em seu site, documento no qual criticava o que ele chamou de "maior taxa de juros reais de todo o planeta".

Durante a campanha eleitoral em 2010, a taxa de juros também foi a bandeira do candidato Serra. Na época, Serra disse que: “o Banco Central não é a Santa Sé" (ao comentar sobre a autonomia do BC), e completou: “o presidente deve interferir e opinar; o presidente tem que fazer sentir sua posição." E, ainda, prometeu redução das taxas de juros se fosse eleito presidente da República.

O tempo passou, Serra foi derrotado e, hoje, o PSDB mudou sua visão. Agora, é contra a redução de juros... Sexta-feira (2), o ‘Jornal Nacional’, da Globo (veja vídeo abaixo), procurou somente os políticos do PSDB para opinar sobre a decisão do Banco Central de reduzir os juros em 0,5 ponto percentual e, para surpresa geral, todos eles, que durante a campanha eleitoral eram favoráveis, hoje, com a derrotada de Serra, se mostraram contra a queda de juros.

José Agripino (DEM-RN) achou melhor não discordar do povo, que é a favor da redução dos juros, e tratou de culpar a presidente Dilma. “Fica claro que houve uma interferência do Palácio do Planalto. Passa para o mercado um fato muito ruim de que o Banco Central não é autossuficiente nem autônomo como se imaginava”, opinou o senador Agripino.

O governo contaminou a decisão do banco central forçando uma redução de taxa de juros, num momento de alta inflação, de aumento de gastos do governo com um anúncio de que vai se formar um superávit de dez bilhões, no caso o superávit primário”, declarou o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), líder do partido.

O líder do PSDB, senador Álvaro Dias, disse ser contra a decisão porque “os especialistas” não consideram o momento oportuno por causa da inflação.

A OPINIÃO DE QUEM ENTENDE

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de reduzir a taxa básica de juros (Selic), “foi muito surpreendente, mas não muda a avaliação sobre a autonomia da autoridade monetária brasileira”, afirma o diretor executivo da “Fitch Ratings”, Rafael Guedes. "Essa visão foi construída a partir de um histórico, e apenas a decisão de ontem não altera essa análise", diz. Guedes afirma que o colegiado do BC é composto por profissionais de perfil técnico, que podem ter avaliação divergente do mercado sobre o balanço de riscos para a economia. A “Fitch” elevou a classificação de risco (rating) do Brasil para "BBB" em abril deste ano.

PALAVRA DA PRESIDENTE

Na quinta, a presidente Dilma Rousseff disse à rádio Congonhas, de Minas Gerais, que o governo mantém relação de autonomia com o Banco Central, e que novas decisões sobre aumento ou queda de juros vão depender da conjuntura internacional.

Pelo Copom, responde o Copom. Eu respondo pelo que o governo federal está fazendo”, disse a presidente.

Veja o vídeo dos tucanos se declarando contra o povo, que apoia a redução dos juros:



FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula”  (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/09/psdb-e-dem-sao-contra-queda-de-juros.html) [imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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