Produção e custos já mostram acerto do regime de partilha do pré-sal
Os custos de produção eram outra fonte de dúvida, por conta do desafio tecnológico. No começo, estimou-se que o pré-sal seria viável a US$ 45 por barril. Nesta semana, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, informou que os números de viabilidade econômica caminham para valores bem menores, em torno de US$ 9, graças à escala de produção maior e aos investimentos em tecnologia.
“Nós podemos garantir que o pré-sal é viável com um custo de produção de US$ 9 por barril. Se considerarmos que duas unidades de produção ainda não estão produzindo com sua capacidade total, o custo de produção será menor ainda. A eficiência operacional em torno de 92% contribuiu significativamente para atingirmos esses baixos custos”, afirmou.
Segundo ela, o pré-sal se desenvolveu com mais velocidade na bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro, devido à infraestrutura já existente. A primeira produção comercial ocorreu em 2008. Já na bacia de Santos, os desafios foram bem maiores, uma vez que não havia infraestrutura instalada, os reservatórios estão a 2.500 metros de profundidade no mar, além de uma camada de sal de 2 mil metros de espessura. No final das contas, o petróleo encontra-se até a 7 mil metros abaixo da superfície do mar.
Educação e Saúde
Com resultados expressivos, uma das vantagens do pré-sal é o modelo de exploração. Foi escolhido o sistema de “partilha”, que garante à Petrobras uma participação de, pelo menos, 30% nos consórcios. Se o pré-sal fosse pelo formato de “concessão”, a empresa operadora seria detentora integral do que se produz. A lei brasileira garante ainda que 75% dos royaltes do pré-sal devem ser aplicados na área de Educação e 25% em Saúde
“O modelo de partilha é o mais compensador para o país, pelo fato de o pré-sal ser uma reserva testada e segura”, diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Para ele, a escolha do governo foi muita acertada e tem uma dimensão estratégica para além da área de petróleo. “É muito importante o uso dos 75% dos royalties para Educação e os 25% para Saúde”, acrescentou.
FONTE: da "Rede Brasil Atual". Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/263823-2).
"Produtividade é maior do que se previa; calculava-se que os poços renderiam de 15 a 20 mil barris diários, mas a média está em 25 mil, chegando a 40 mil.
As primeiras notícias do pré-sal correram o mundo há oito anos e colocaram o Brasil imediatamente no grupo das potências globais de energia. Especialistas chegaram a duvidar da capacidade de se retirar petróleo a 300 quilômetros da costa brasileira e a mais de 5 mil metros de profundidade no mar. Hoje, porém, os resultados são surpreendentes e mostram o pré-sal como realidade bastante concreta.
Em março deste ano, a produção no pré-sal chegou a 672 mil barris por dia (equivalente a 28% da produção nacional), bem acima dos 395 mil de 2014 e dos 42 mil de 2010. [A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras nas áreas do pré-sal nas bacias de Santos e Campos atingiu, em 11 de abril, 800 mil barris de petróleo equivalente (petróleo e gás natural) por dia, recorde de extração na região].
A produtividade também é maior do que se previa. Calculou-se inicialmente que os poços renderiam de 15 a 20 mil barris diários. Atualmente, a média está em 25 mil, chegando 40 mil em poços dos campos de Sapinhoá e Lula (na bacia de Santos).
As primeiras notícias do pré-sal correram o mundo há oito anos e colocaram o Brasil imediatamente no grupo das potências globais de energia. Especialistas chegaram a duvidar da capacidade de se retirar petróleo a 300 quilômetros da costa brasileira e a mais de 5 mil metros de profundidade no mar. Hoje, porém, os resultados são surpreendentes e mostram o pré-sal como realidade bastante concreta.
Em março deste ano, a produção no pré-sal chegou a 672 mil barris por dia (equivalente a 28% da produção nacional), bem acima dos 395 mil de 2014 e dos 42 mil de 2010. [A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras nas áreas do pré-sal nas bacias de Santos e Campos atingiu, em 11 de abril, 800 mil barris de petróleo equivalente (petróleo e gás natural) por dia, recorde de extração na região].
A produtividade também é maior do que se previa. Calculou-se inicialmente que os poços renderiam de 15 a 20 mil barris diários. Atualmente, a média está em 25 mil, chegando 40 mil em poços dos campos de Sapinhoá e Lula (na bacia de Santos).
Os custos de produção eram outra fonte de dúvida, por conta do desafio tecnológico. No começo, estimou-se que o pré-sal seria viável a US$ 45 por barril. Nesta semana, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, informou que os números de viabilidade econômica caminham para valores bem menores, em torno de US$ 9, graças à escala de produção maior e aos investimentos em tecnologia.
“Nós podemos garantir que o pré-sal é viável com um custo de produção de US$ 9 por barril. Se considerarmos que duas unidades de produção ainda não estão produzindo com sua capacidade total, o custo de produção será menor ainda. A eficiência operacional em torno de 92% contribuiu significativamente para atingirmos esses baixos custos”, afirmou.
Segundo ela, o pré-sal se desenvolveu com mais velocidade na bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro, devido à infraestrutura já existente. A primeira produção comercial ocorreu em 2008. Já na bacia de Santos, os desafios foram bem maiores, uma vez que não havia infraestrutura instalada, os reservatórios estão a 2.500 metros de profundidade no mar, além de uma camada de sal de 2 mil metros de espessura. No final das contas, o petróleo encontra-se até a 7 mil metros abaixo da superfície do mar.
Educação e Saúde
Com resultados expressivos, uma das vantagens do pré-sal é o modelo de exploração. Foi escolhido o sistema de “partilha”, que garante à Petrobras uma participação de, pelo menos, 30% nos consórcios. Se o pré-sal fosse pelo formato de “concessão”, a empresa operadora seria detentora integral do que se produz. A lei brasileira garante ainda que 75% dos royaltes do pré-sal devem ser aplicados na área de Educação e 25% em Saúde
“O modelo de partilha é o mais compensador para o país, pelo fato de o pré-sal ser uma reserva testada e segura”, diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Para ele, a escolha do governo foi muita acertada e tem uma dimensão estratégica para além da área de petróleo. “É muito importante o uso dos 75% dos royalties para Educação e os 25% para Saúde”, acrescentou.
FONTE: da "Rede Brasil Atual". Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/263823-2).
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