Li ontem no jornal O Estado de São Paulo a seguinte reportagem de Gilles Lapouge, correspondente em Paris:
“O Irã inaugurou na quarta-feira sua primeira central nuclear em Bushehr com a presença de Serguei Kirienko, diretor da agência federal russa de energia. A central foi construída pelos russos que também fornecerão o combustível. Mas para vê-la em atividade de fato será preciso esperar sete meses.
O mundo está inquieto. Os EUA, países da Europa, Israel, estão convencidos de que os iranianos decidiram obter a bomba. O problema está no fato de que os mesmos equipamentos podem produzir energia para uso civil ou militar. Teerã jura que sua central busca aumentar a produção de eletricidade do país.
Na realidade, atualmente, a energia nuclear para uso civil está voltando a ser produzida no mundo todo. Considerada até ontem um flagelo, foi transformada pelos ecologistas em algo diabólico, acusada de poluir, de produzir lixo tóxico e de ser perigosa.
Nos últimos anos, a opinião pública mudou e por várias razões. Em primeiro lugar, pelas turbulências do mercado petrolífero; posteriormente, influiu nesta mudança a melhoria da segurança nas usinas nucleares. Finalmente, foi a necessidade de lutar contra as emissões de gases de efeito estufa.
Hoje, a energia nuclear é descrita como a salvação do mundo. Não é possível entender mais nada. Em toda parte estão surgindo novas centrais. Ao todo, há 44 reatores em construção e 200 outros estão em projeto. Enquanto isso, o número de partidários da energia nuclear aumenta. Há três anos, os europeus que aceitavam a energia nuclear eram 37%. Hoje, já são 44%.”
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