Li no UOL há poucas horas atrás a seguinte notícia divulgada pela Folha Online:
“A mineradora Vale do Rio Doce anunciou nesta quinta-feira que obteve lucro líquido de R$ 21,279 bilhões em 2008, com avanço de 6,36% sobre 2007. Trata-se do sexto ano seguido que a empresa consegue elevar seu lucro sobre o ano anterior.
Já o resultado do quarto trimestre foi de R$ 10,449 bilhões, apresentando avanço de 136,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Em compensação, o ganho recuou 15,96% sobre o terceiro trimestre de 2008, indicando primeiros efeitos da crise financeira sobre suas atividades.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortizações) ficou em R$ 35,022 bilhões, subindo 4,17% sobre 2007.
O faturamento da empresa atingiu R$ 72,776 bilhões no ano passado, 9,62% a mais do que no ano anterior. Segundo a empresa, o recorde de vendas de nove produtos --minério de ferro (253,6 milhões de toneladas métricas), pelotas (41,6 milhões de toneladas métricas), níquel (276.000 toneladas métricas), cobre (320.000 toneladas métricas), alumina (4,2 milhões de toneladas métricas), cobalto (3.100 toneladas métricas), metais preciosos (2,4 milhões de onças troy), metais do grupo da platina (410.000 onças troy) e carvão (4,1 milhões de toneladas métricas)-- foi o principal motivo do bom resultado.
Nas regras do US GAAP (contabilidade americana), o lucro apresentou alta de 11,78% sobre 2007, passando para US$ 13,218 bilhões.
Como as demais grandes produtoras de commodities, a Vale já sente a queda nos preços de seus produtos devido à crise financeira global.
Diante desse quadro, no final do ano passado a empresa tomou uma série de medidas de contenção de gastos, que incluiu demissões, fechamento de plantas de produção de minérios e suspensão de investimentos.
"A Vale reagiu de maneira bastante pró-ativa, adaptando suas operações à deterioração do ambiente econômico. Cortes de produção envolvendo a paralização temporária das unidades operacionais de custo mais alto e a implantação de novas prioridades estratégicas são os principais componentes da nossa rápida resposta à recessão global", disse a empresa em comunicado. "A minimização de custos, a flexibilidade financeira e operacional e a conciliação da preservação do caixa com a busca por opções de crescimento rentáveis, assumiram importância fundamental no atual cenário."
No fim de outubro, a mineradora reduziu sua produção de minério de ferro e outros minérios e subprodutos nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amapá, além de plantas industriais e minas no exterior. Fora do país, sofreram reduções de produção atividades localizadas na França, Noruega, China e Indonésia.
Já no início de dezembro, foi anunciada a demissão de 1.300 funcionários, sendo 20% em Minas Gerais e as demais em unidades no Brasil e pelo mundo. Outros 5.500 entraram em férias coletivas escalonadas --80% em Minas-- e 1.200 entraram em treinamento para serem realocados dentro da companhia.
Uma semana depois, a mineradora suspendeu as operações de duas unidades no porto de Tubarão, no Estado do Espírito Santo, além de suspender as atividades de algumas minas de níquel no Canadá.”
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