quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

INTELIGÊNCIA DOS EUA PREVÊ CHINA E ÍNDIA CAMPEÃS DE PIB

Li hoje no site “Vermelho” a seguinte matéria originária do Canadá (Fonte: Diário do Povo Online; http://spanish.people.com.cn”):

“O diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Dennis Blair, apresentou ao Senado na última quinta-feira (12) um relatório sobre os desafios ao novo governo em matéria de segurança. Contrariamente aos seus antecessores, Blair vê a crise financeira global como "principal ameaça" ao país, e não o terrorismo. O relatório também afirma que a China e a Índia estão se tornando, conjuntamente, "o centro do poder mundial a longo prazo". Ambos os países estariam recuperando suas posições no século 18, quando a China produzia 30% ea Índia 15% da riqueza mundial.

"O tempo é provavelmente nossa maior ameaça. Quanto mais demora o início da recuperação (econômica), maior é a probabilidade de danos graves aos interesses estratégicos americanos", disse Blair. Ele também qualificou como ameaças os problemas na Península dos Bálcãs, Afeganistão, o problema nueclar coreano e a segurança informática. O relatório tem 49 páginas.

CRISE PODE "CONTER O ÍMPETO"

O diretor da Inteligência estadunidense fez uma previsão altissonante sobre a evolução macroeconômica na China e na Índia. "É provável que em 2025 esses dois países ultrapassem o PIB de todas as outras economias, com exceção dos EUA e Japão, embora a atual crise financeira possa conter um pouco este ímpeto", avaliou.

Nos próximos 10 anos, a Índia provavelmente se preocupará com a China, pois a força política e econômica de Pequim aumentaria consideravelmente, assim como sua capacidade para transportar tropas, disse ele. Acrescentou que, nestas circunstâncias, os líderes indianos se esforçariam para evitar confrontações com a China.

TAIWAN E DEFESA

Na parte do relatório que fala da China, Blair disse que a prioridade da diplomacia chinesa continua a ser a manutenção das relações de amizade com outros grandes países, sobretudo com os EUA. No entanto, "Pequim também pretende reforçar sua imagem e influência no mundo para promover interesses mais amplos, responder ao desafio externo, defender a segurança e integridade territorial da China", disse ele.

Blair afirmou que a China desenvolve sua Marinha com uma missão que vai além da Ásia Oriental. "Em dezembro de 2008, navios da Marinha da China começaram uma ação de patrulha marítima contra a pirataria na Somália. Suas tropas terrestres também reforçaram sua influência em operações de defesa da paz internacional e são capazes de executar tarefas de combate com apoio logístico da ONU", disse o diretor de Inteligência.

O relatório afirma que a meta principal da China é recuperar Taiwan, mas "as forças armadas chinesas não se limitam a defender seu próprio território". Para Blair, "a China tem feito preparativos para lidar com conflitos potenciais no Estreito de Taiwan; ao mesmo tempo, acreditamos que, nos últimos sete anos ela entrou numa verdadeira nova fase de desenvolvimento militar".

Ele instou os EUA a prosseguirem com a venda de armamentos a Taiwan. "Afora os esforços da própria Taiwan, os EUA são o único país que a ajuda, o que significa que devemos prestar mais ajuda para manter o equilíbrio", disse ele.”

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