quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dilma fala sobre: “USINA BELO MONTE”, “MÉDICOS NO INTERIOR” E “PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA”


“A coluna ‘Conversa com a Presidenta’, publicada ontem (9/8) em 194 jornais e revistas no Brasil e no exterior, aborda temas como a construção e os impactos da Usina Belo Monte, a presença de médicos no interior do país e o direito às mulheres de assinar os contratos do programa Minha Casa, Minha Vida.

-Maria da Glória Souza, aposentada de Fortaleza (CE), questiona se a construção da usina Belo Monte não vai afetar o meio ambiente e os índios daquela região.

Para a presidenta Dilma, Belo Monte será empreendimento fundamental para o desenvolvimento da região e do país. Ela assegurou que o reservatório não vai atingir nenhuma das dez terras indígenas da área: “Os povos indígenas não serão removidos de suas aldeias”. A presidenta destaca que foram realizados 38 reuniões de esclarecimentos e de consultas nas aldeias da área, além de quatro audiências públicas na região, que atraíram mais de 8 mil participantes. O resultado foi a reformulação do projeto original.

“Por exemplo, a área de inundação foi reduzida em, aproximadamente, 60%”, explicou.

Outra informação importante é que a hidrelétrica terá um canal ou escada de peixes, para não interromper a piracema. Em ações de compensação e mitigação dos impactos socioambientais na região, serão investidos R$ 3,2 bilhões.

-A segunda pergunta veio de Roberto de Souza Falci, aposentado que mora em Belo Horizonte (MG). Ele está preocupado com a grande procura e consequente “congestionamento” nos hospitais dos grandes centros. Segundo ele, “os médicos não têm interesse em trabalhar no interior”.

A presidenta Dilma destacou que uma das prioridades do governo federal é exatamente combater os desequilíbrios regionais na oferta de serviços de saúde. Ela informou que o “Plano Nacional de Educação Médica”, parceria do Ministério da Saúde com o da Educação, está em fase de elaboração e, entre outros pontos, vai distribuir as vagas de graduação e residência de forma equilibrada pelo país. “Entre as ações em andamento, cito o “Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde”, que concede 11 mil bolsas por mês para professores, estudantes e profissionais de saúde em cursos voltados para as necessidades efetivas do SUS. O “Pró-Residência” oferece mensalmente mil bolsas de residência para locais com falta de especialistas. Com o “Programa Nacional Telessaúde Brasil”, especialistas orientam, a partir de centros de referência e por telemedicina, os profissionais que estão em contato direto com o paciente”.

“Pesquisa do Ministério da Saúde revelou que, na opinião de 67% dos médicos, o “Telessaúde” possibilita atendimento melhor por conta da assistência de outros profissionais, facilitando a permanência em locais distantes dos grandes centros. Outra iniciativa: o governo federal vai dar descontos nos financiamentos concedidos aos estudantes que, depois de formados, prestarem serviços em locais com carência de profissionais. Para cada mês de trabalho, haverá redução de uma parte da dívida. Com essas iniciativas, vamos mudar este quadro de vazios assistenciais que ainda existem no Brasil”.

-De Florianópolis (SC), veio a pergunta da advogada Raimunda Janete A. e Silva, que quis saber se, na segunda fase do “Minha Casa Minha Vida”, as mulheres poderão ser titulares das suas casas. Em sua resposta, a presidenta explicou que desde o seu lançamento, o “Minha Casa Minha Vida” previa atendimento especial às mulheres chefes de família. Afinal, segunda a presidenta, “são elas as que mais precisam de apoio porque, além de cuidar da casa e dos filhos, têm maiores dificuldades no mercado de trabalho”.

“Durante a implementação do MCMV foi constatado, no entanto, que havia muitos casos em que as mulheres eram as chefes de família, mas seus lares haviam sido abandonados pelos maridos. Elas continuavam legalmente casadas, ou seja, necessitavam da assinatura do cônjuge, o que dificultava o acesso ao programa. Com o MCMV 2, as mulheres passaram a ter o direito de assinar os contratos independentemente do seu estado civil. A medida vale para a faixa inferior de renda, de até R$ 1.600,00 mensais. Essa é a faixa da maior parte das moradias. Dos 2 milhões de unidades habitacionais do MCMV 2, previstos para o período 2011-2014, nada menos que 1,2 milhão (60%) está sendo destinado a essa faixa de renda. O investimento total do programa será de R$ 125,7 bilhões, dos quais R$ 72,6 bilhões são para subsídio, com recursos do orçamento da União, e R$ 53,1 bilhões para financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”.

FONTE: Blog do Planalto  (http://blog.planalto.gov.br/usina-belo-monte-medicos-no-interior-e-programa-minha-casa-minha-vida/#more-36132).

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