segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SEM OS EUA, CLUBE DO 'TRIPLE A' TEM APENAS 16 MEMBROS

Agência de classificação de risco Standard&Poor's

“Com o fim da unanimidade das agências em relação ao "triple A" para os EUA, o grupo agora conta com apenas 16 países aprovados por todas elas. São eles: Austrália, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Noruega, Cingapura, Suécia, Suíça, Áustria, Finlândia, França, Reino Unido, Liechtenstein, Luxemburgo e Nova Zelândia.

Os EUA sempre foram considerados o lugar para onde os investidores recorriam em tempos de crise. Seus títulos da dívida ostentavam a classificação máxima chamada de "triple A". Essa nota significa que os ativos contam com grau de confiança máxima do mercado financeiro, uma espécie de garantia de pagamento para quem empresta.

Como a taxa básica de juros dos EUA está em patamar muito baixo, o título é um investimento que rende pouco. Seu atrativo está na segurança, já que os americanos nunca deixaram de pagar seus compromissos.

FUTURO

Não se sabe qual será o comportamento dos mercados a partir de agora. Nesta segunda-feira, no primeiro pregão após a notícia, haverá a repercussão do rebaixamento. Na semana que passou, as Bolsas em todo o mundo, com destaque para a brasileira, sofreram duro golpe.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) terminou a sexta-feira em alta, mas fechou a semana com a pior desvalorização desde novembro de 2008, de 10%. No ano, já acumula queda de 23,6%.

As Bolsas do mercado acionário americano encerraram sua pior semana em mais de dois anos. Nos EUA, o Dow Jones recuou 5,8%, e o S&P 500 cedeu 7,2%, acumulando perdas de 12% em relação a sua máxima atingida em 29 de abril. O indicador Nasdaq teve desvalorização de 8,1% na semana.

A primeira matéria sobre o rebaixamento publicada no site do influente jornal de economia "Financial Times" diz, destacando a declaração de um executivo de banco, que a decisão da S&P não deve resultar em aumento dos juros cobrados dos EUA para captar dinheiro. Isso significa que os americanos não pagarão mais caro para tomar dinheiro emprestado.

Para Jack Ablin, chefe de investimentos do Harris Bank, o especialista consultado pelo FT, haverá "pouco impacto nos mercados no curto prazo".

A agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota da dívida americana para AA+ devido às divergências políticas que evidenciaram, conforme o relatório divulgado pela agência, a dificuldade que os EUA têm para combater seu crescente endividamento público. Outras agências importantes de ‘rating’, como a ‘Moody's’ e a ‘Fitch’, decidiram não fazer o mesmo.

O déficit anual consecutivo, incrementado pelos dois conflitos armados que o país se envolveu ao mesmo tempo, aumentou consideravelmente a dívida.

MOTIVO PRINCIPAL

O que pesou para o rebaixamento dos títulos foi a demora para o aumento do limite de endividamento americano. Apesar de os EUA terem conseguido evitar o calote na última terça-feira, com a promulgação, no último momento, do plano de cortes de gastos e aumento do teto da dívida, tal medida não foi suficiente para dissipar o receio de futura disputa política sobre o mesmo assunto.

O projeto elevou o teto da dívida em US$ 900 bilhões, dos atuais US$ 14,3 trilhões para US$ 15,2 trilhões. Era uma exigência dos republicanos, maioria na Câmara dos Deputados, que cada dólar da elevação do teto fosse compensado com cortes de gastos.

Desse dinheiro, US$ 400 bilhões podem ser emprestados imediatamente -o que garantiria os ameaçados benefícios sociais e empresas que prestam serviços para o governo. Outros US$ 500 bilhões serão liberados até fevereiro.

Outro US$ 1,2 trilhão em novos cortes deve ser proposto por um comitê bipartidário até o Dia de Ação de Graças, em novembro deste ano.”

FONTE: Folha.com e portal UOL (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/955544-sem-os-eua-clube-do-triple-a-tem-apenas-16-membros.shtml) [imagem do Google adicionada por este blog].

Um comentário:

Probus disse...

Eu já discuti tanto esse assunto que já estou ficando cansado, pois quem nos meteu nessa encrenca terrível sermos masoquista e "eles", sádicos.

Como é que somos tão bobos e, depois do que aconteceu em Wall Street em 2008 continuarmos a acreditar em Agências de Risco??????

E Mushtarak-Boy diz que seu falido estado não depende de Classificação de Risco... Mas quando era para ser e ter AAA dependia. É muito soberbo e hipócrita esse Grão Macon 32.

“...agora conta com apenas 16 países aprovados por todas elas. São eles: Austrália, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Noruega, Cingapura, Suécia, Suíça, Áustria, Finlândia, França, Reino Unido, Liechtenstein, Luxemburgo e Nova Zelândia."

Nesse grupinho... Quantos são DEMOCRACIAS?? Quantos são PARAÍSOS FISCAIS?? Quantos usam e lavam seus dólares e euros em FRANCOS SUÍÇOS??? Quantos apoiam o Group BILDERBERG??? Quantos possuem Ultra-Fundamentalistas CRISTÃOS?? Quantos tem tendências Neo-Nazistas e XENÓFOBAS???

Sae de retro. Pare o mundo, eu quero é descer. O último que sair que apague a luz. O pior cego não é aquele que não quer ver, o pior cego é aquele que insiste em não querer escutar.