domingo, 4 de setembro de 2011

AEROPORTOS DO PAÍS TERÃO SISTEMA PARA POUSO COM VISIBILIDADE ZERO



INFRAERO VAI INVESTIR R$ 35 MILHÕES EM GUARULHOS, GALEÃO E CURITIBA. PARA SISTEMA FUNCIONAR, EMPRESAS AÉREAS VÃO TER QUE TREINAR PILOTOS

“A Infraero está investindo R$ 35 milhões nos aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Curitiba (PR) para permitir o pouso de aeronaves mesmo em condições de visibilidade zero.

Os três aeroportos serão os primeiros do país a contar com equipamento chamado ILS (sigla em inglês para sistema de pouso por instrumento) categoria três, de acordo com a Infraero. Com ele, os pousos poderão continuar ocorrendo mesmo em dias de forte neblina ou nebulosidade. Hoje, quando isso acontece, esses aeroportos chegam a suspender suas operações.

No aeroporto de Guarulhos, o maior do país, o ILS categoria três deve começar a funcionar neste mês de setembro. Nos outros dois, o prazo para a conclusão das obras necessárias é o final de 2013.

Hoje, os três aeroportos contam com o ILS categoria dois, que também auxilia pousos com pouca visibilidade, mas não chega a permitir essas operações em casos extremos, de visibilidade zero.

O ILS é composto de dois tipos de antenas, instaladas na ponta e na lateral da pista de pouso. Elas informam as aeronaves sobre a distância e a inclinação da trajetória delas em relação à pista.

EQUIPAMENTO E TREINAMENTO

Para que o ILS categoria três seja utilizado, o avião precisa contar com equipamento específico, que interage com as antenas, e os pilotos e copilotos devem estar treinados para operá-lo. A maioria das empresas aéreas estrangeiras já está capacitada para isso. Mas as nacionais ainda não.

Com esse equipamento, o piloto pousa sem visibilidade nenhuma. Agora, para que isso funcione, os pilotos e copilotos precisam estar treinados e as aeronaves dotadas de equipamentos”, disse o Diretor de Aeroportos da Infraero, João Márcio Jordão.

Ele afirmou que a realização da Copa de 2014, que vai acontecer no Brasil entre os meses de junho e julho, período em que se costuma registrar fechamento de aeroportos no país devido a más condições climáticas, influenciou na decisão da Infraero de investir no novo sistema.

O "portal G1" apurou que o governo exigiu que as empresas aéreas brasileiras façam os investimentos necessários para operar com o ILS categoria três. As empresas, porém, consideram que o custo de treinar funcionários e equipar as aeronaves é muito alto e o investimento não compensa, já que o novo sistema vai ser pouco usado. Diante da pressão do governo, porém, as empresas devem aceitar fazer o investimento.

A TAM informou que todas as suas 153 aeronaves têm condições de operar com o ILS categoria três. Entretanto, falta treinar seus pilotos e copilotos. A empresa informou, ainda, que está “avaliando os requisitos para o treinamento dos tripulantes e os custos da manutenção dessa certificação.”

A Gol não respondeu a perguntas sobre presença de equipamentos em seus jatos nem sobre treinamento de funcionários para operar com o ILS categoria três. A assessoria da empresa pediu para que o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) fosse ouvido sobre o assunto.

O diretor técnico do SNEA, Ronaldo Jenkins, disse que o sindicato ainda não tem posição sobre o início da operação do novo sistema e que vai discutir o assunto com as empresas aéreas.”

FONTE: divulgado pelo “Portal G1” e transcrito no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/aviacao/noticia/2576/Aeroportos-do-pais-terao-sistema-para-pouso-com-visibilidade-zero) [imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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