tucanos com transtorno bipolar
“A decisão do COPOM, colegiado do Banco Central, de baixar de 12,5% para 12% a taxa SELIC provocou reações iradas nos economistas ligados ao mercado financeiro e, claro, influenciou seu braço político, os parlamentares demotucanos.
Foi decisão importante do Banco Central, mostrando afinação total da equipe econômica da presidente Dilma Roussef, que havia anunciado superávit extra de mais 10 bilhões para este ano de 2011 e, agora, baixa a taxa básica de juros da economia, reafirmando que o governo vai continuar combatendo a inflação, mas vai preservar o crescimento da economia, a geração de empregos e, em suma, o poder aquisitivo da população, que aumentou nos últimos oito anos, gerando um novo e vigoroso mercado interno.
Aliás, foi esse mercado interno que salvou o país na crise de 2008/2009 e foi a esse mercado interno que o presidente Lula dirigiu-se em dezembro de 2008, quando foi à televisão pedir que os brasileiros continuassem comprando, em defesa do emprego e da renda. A chamada nova classe média, surgida das políticas acertadas do governo de Lula, vai continuar sendo prestigiada por Dilma e é isso que está por trás das decisões de aumentar o superávit e de baixar os juros. Dilma quer combater a inflação sem minar o crescimento econômico do Brasil.
E por que baixar os juros, num país que tem uma das maiores taxas do planeta causa tanto rebuliço e tanta revolta entre os economistas tucanos e seu braço político, os parlamentares demotucanos?
Porque, aparentemente, o Banco Central, em nova fase, simplesmente ignorou esses analistas e "donos" das previsões sobre o que acontece na economia. E a verdade é que essas previsões não são como aquelas que todos fazemos a respeito de futebol e outros esportes. As análises e previsões sobre juros, por exemplo, são vendidas a peso de ouro no mercado financeiro. Não é apenas isso. As previsões geram apostas bilionárias, onde quem mais acerta mais ganha.
Assim, temos situação interessante. Os “economistas” fazem suas previsões, apostam, ganham bilhões todos os anos e torcem para que os juros continuem altos. Seu braço político, os parlamentares demotucanos, criticam os juros "mais altos do planeta", esquecendo-se de que, no governo FHC, a taxa SELIC chegou a 45% (certamente, numa homenagem ao número dos tucanos).
Quando o Banco Central "desobedece" uma regra não escrita, de avisar à turma de que vai baixar os juros, quando a equipe econômica trabalha sem divergências, de forma afinada, para controlar a inflação e garantir o crescimento econômico do país, isso pode ter ferido os interesses bilionários de quem apostava em juros permanentemente altos. "Os economistas" perderam dinheiro e seu braço político perdeu o rumo.
A TUJA - "Torcida Uniformizada dos Juros Altos" está em clima de perda de campeonato mundial. E os políticos demotucanos, aflitos com a possibilidade de Dilma conseguir o que Lula não conseguiu por causa da crise de 2008: juros de um dígito. Isso é contra os interesses demotucanos, porque pode significar um governo mais forte e popular.”
FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/09/tucanos-perdem-o-rumo-com-decisao-do-bc.html)
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