Entrada do centro de convenções do 43º Encontro
Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça (Laurent Gillieron / AP).
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Pesquisa em 26
países mostra que apenas 15% da população acreditam que governantes resolvam
problemas sociais [segundo a direita
internacional, “o mercado” (os grandes conglomerados financeiros e econômicos)
é que deve resolver esses problemas...]
Por Deborah
Berlinck, enviada especial a Davos do
jornal da direita internacional “O Globo”
DAVOS
– No ano em que o Brasil desacelera e críticos [da direita] no país começam a
levantar a voz contra a política econômica do governo Dilma, um sondagem da “PricewaterhouseCoopers”
(PwC) junto a 1.330 líderes empresariais de 68 países, divulgada na terça-feira
em Davos, às vésperas da abertura do “Fórum Econômico Mundial”, surpreende: Brasil, Indonésia e África do Sul reinam
sozinhos na categoria "crescendo e acelerando". E foram apontados
pelos executivos como os que mais têm potencial para seus negócios.
Nem
a China ou Índia – historicamente,
imbatíveis no crescimento – conseguiram isso. Na projeção da PwC, Brasil
vai crescer uma média de 4% ao ano entre 2013 e 2015, contra 3,6% para a África
do Sul e 6,2% para a Indonésia. Já China e Índia vão crescer uma média de 7,3%
e 6.6%, respectivamente, no mesmo período – isto
é, abaixo dos 9% ou 10% do passado. A PwC colocou as principais economias
industrializadas do mundo na lista de países que estão crescendo, mas
suscetíveis à turbulências : dos Estados
Unidos e Grã-Bretanha à Alemanha e França.
O
Brasil também se destaca no curto prazo. Quando a PwC perguntou aos 1330
empresários quais os três países, excluindo o deles, que consideram mais
importante para o crescimento de seus negócios nos próximos 12 meses, o Brasil
foi um deles, com 15% da preferência, atrás da China (31%) e dos Estados Unidos
(23%).
Não
são as únicas boas surpresas para o país. Neste ano em que apenas 36% dos
executivos no mundo estão "muito confiantes" nas perspectivas de
crescimento dos negócios nos seus países nos próximos 12 meses, os executivos
no Brasil entram na contramão : mesmo com desaceleração este ano, eles nunca
foram tão otimistas quanto às perspectivas este ano – 44% afirmaram estar "muito confiantes", contra 42% no ano
passado.
O
executivo-chefe do PwC, Dennis Nally, tem uma explicação para isso: empresários no Brasil estão olhando além do
curto tempo.
– “Se você olhar para a demografia do Brasil, a
classe média, isso mostra que o país tem um potencial futuro de crescimento
grande. Os executivos-chefes estão focados onde podem ter oportunidades de
longo prazo e o Brasil tem esta característica”.
Os
mais confiantes são os russos : 66%, seguidos de indianos (63%),
mexicanos(62%). Já os empresários chineses mais pessimistas do que no ano
passado: 40% disseram que estão confiantes nos negócios em 2013, contra 51% no
ano passado.
‘PELO
MENOS, NÃO VAI PIORAR’, DIZ EXECUTIVO-CHEFE DA PWC
Fora
Brasil e alguns poucos emergentes, o cenário da economia global para a maioria
dos líderes empresariais do mundo continua nebuloso. Ao ponto de o
executivo-chefe da PwC achar bom o fato de que 52% dos empresários
entrevistados achem que a situação este ano vai continuar na mesma:
— “Pelo menos, não vai piorar” — disse Nally.
Setenta
por cento dos líderes empresariais disseram vão cortar custos este ano.
— “Os executivos-chefes europeus estão
particularmente nervosos. Apenas 22% estão muito confiantes de que podem
aumentar seus negócios nos próximos 12 meses, comparado com 52% no Oriente
Médio e na América Latina” — diz o estudo da PwC.
Para
os executivos, segundo a sondagem, os cenários que causaria o pior impacto nos
seus negócios é o de uma revolta social nos países onde estão, seguido da
recessão nos Estados Unidos, ataque cibernético ou desastre natural num país
parceiro de comércio. A implosão da zona do euro vem em quinto lugar na lista
do risco para os negócios, seguido de tensões militares ou de comércio. Por
último, em oitavo lugar, está a preocupação de que a China cresça menos do que
7,5% por ano.
Os
problemas não acabam aí: 71% estão
preocupados com as dívidas dos governos, 69% estão ansiosos com o risco de
excesso de regulação, 69% com aumento de impostos, 58% com a falta de
mão-de-obra qualificada (surpreendentemente, 45% dos executivos europeus
têm esta preocupação), 52% com custos
energéticos e de matérias-prima e 49% com a mudança no comportamento dos
consumidores.”
FONTE: escrito por Deborah Berlinck, enviada especial a Davos do jornal da direita internacional “O Globo” (http://oglobo.globo.com/economia/davos-estudo-mostra-brasil-indonesia-africa-do-sul-crescendo-acelerando-7370467) e (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/01/23/davos-estudo-diz-que-brasil-indonesia-africa-do-sul-crescerao-483430.asp). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
COMPLEMENTAÇÃO
BRASIL É 4º LUGAR NO
MUNDO EM OTIMISMO DOS EXECUTIVOS
“Pesquisa apresentada em fórum de
empresários mostra que país fica em 4º lugar no otimismo dos executivos.
Brasil
é citado por 15% dos 1.330 presidentes como sendo um dos três países mais
importantes [no mundo] para o crescimento das empresas.
Por
Clóvis Rossi, enviado especial do jornal tucano “Folha de São Paulo” a Davos
Fatia
substancial do empresariado brasileiro não compartilha o catastrofismo que, nos
últimos meses, acompanha as análises sobre as perspectivas da economia no país.
Ao contrário: 44% deles estão muito
confiantes no crescimento das receitas de suas companhias, porcentagem de
otimistas que só fica atrás da dos executivos russos (66% de otimistas),
indianos (63%) e mexicanos (62%).
As
perspectivas risonhas para os brasileiros superam o otimismo dos seus
companheiros nas duas maiores economias do mundo -China, com 40% de executivos animados, e EUA, com apenas 30%- e
também os da maior economia da Europa, a Alemanha, com expectativas positivas
de 31%.
Esses
números todos surgem da 16ª pesquisa anual feita pela consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers), que entrevistou
1.330 CEOs (a sigla em inglês para
executivos-chefes) em 68 países, no último trimestre do ano passado -o período em que começaram a surgir as
dúvidas, críticas e desconfianças a respeito da economia brasileira.
Um
segundo item da pesquisa também desmente o pessimismo: o Brasil aparece em terceiro lugar, atrás apenas dos gigantes China e
Estados Unidos, quando executivos dos 68 países foram consultados sobre qual o
país que lhes parece o mais importante para o crescimento futuro de suas
companhias.
Apontaram
o Brasil 15%, contra 10% que cravaram a Índia, cujo crescimento nos últimos
anos tem sido significativamente maior.
Os
resultados da pesquisa foram apresentadosterça-feira, véspera da inauguração do
“encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial”. Como a divulgação do
levantamento tornou-se tradicional antes da abertura do grande convescote de
empresários, líderes políticos, acadêmicos e da sociedade civil, ele acaba
sendo um termômetro do estado de ânimo da clientela principal do fórum, os
CEOs.
Se
é assim, dá para dizer que os executivos estão menos confiantes no crescimento
no curto prazo do que no ano passado. Só 36% deles se disseram "muito
confiantes", quatro pontos menos do que em 2012, mas acima do otimismo de
2010 (31%) e 2009 (21%). Resultado previsível, na medida em que 2009 e 2010
foram os anos em que a crise bateu mais forte.
OTIMISMO LATINO
Por
áreas geográficas, o otimismo mora na América Latina: 53% esperam mais receitas neste ano, porcentagem similar à do ano
passado. A confiança declinou em todas as demais regiões, inclusive na
África, "vista por muitos como a
próxima economia de alto crescimento", como diz o relatório.
Executivos africanos otimistas eram 57%; agora, são 44%.
Como
era previsível, o pessimismo mais disseminado se dá entre CEOs da encrencada
Europa Ocidental.
De
todo modo, o estado de espírito melhorou bastante quando a pergunta versa sobre
a situação geral da economia, e não sobre as perspectivas da empresa de cada
consultado: no ano passado, 48% achavam
que a economia se deterioraria mais em 2012, ao passo que, agora, só 28% estão
tão alarmados.
A
maioria (52%) acredita que a economia ficará como está. Como não está bem, é
natural que apenas 36% esperem resultados melhores para suas empresas.
A
mais longo prazo (três anos), a perspectiva de receitas maiores melhora: são
46% os confiantes no crescimento de suas empresas, resultado praticamente igual
ao do ano passado.
O
relatório explica a cautela dos empresários a partir da preocupação com excesso
de regulação estatal, dívida pública e instabilidade do mercado de capitais.
Os
dois primeiros pontos são clássicos entre empresários, que detestam ver o
governo metendo-se nos negócios [a não
ser para perdoar ou pagar suas dívidas e conceder subsídios] , e temem que
a dívida pública acabe fazendo estragos nas economias, como está ocorrendo com
os EUA e muitos países europeus.
A
preocupação com “excesso de regulação” foi apontada por 69% dos pesquisados, um
recorde desde 2006. Dá a impressão de que o empresariado esqueceu depressa que
a crise dos anos seguintes surgiu, em grande medida, pela falta de regulação,
em especial do setor financeiro, e não pelo excesso dela.”
FONTE: escrito por Clóvis Rossi, enviado
especial do jornal tucano “Folha de São Paulo” a Davos (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/brasil-fica-em-4%C2%BA-lugar-no-otimismo-dos-executivos). [Imagem do Google e trecho
entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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