Por Eduardo Guimarães
POBREZA E DESIGUALDADE CAEM NO BRASIL E SOBEM NOS
EUA E EUROPA
“No início do ano, a mídia e os partidos de oposição ao governo Dilma pareceram tentar apelar a uma segunda estratégia no âmbito da guerra que desencadearam a partir, vá lá, do segundo ano do governo Lula (2004).
POBREZA E DESIGUALDADE CAEM NO BRASIL E SOBEM NOS
EUA E EUROPA
“No início do ano, a mídia e os partidos de oposição ao governo Dilma pareceram tentar apelar a uma segunda estratégia no âmbito da guerra que desencadearam a partir, vá lá, do segundo ano do governo Lula (2004).
O desempenho modesto do PIB no ano passado e uma
suposta “crise de abastecimento de
energia elétrica” que culminaria em “racionamento” se associaram a outros
factóides menores, induzindo estrangeiros que não conhecem o Brasil a
imaginarem que o país está em ruínas.
Para tanto, matérias recentes de veículos da
imprensa escrita britânica como “The Economist” e “Financial Times”, baseadas
no noticiário da grande mídia tupiniquim sobre a nossa economia – e à revelia dos problemas sociais e
econômicos ingleses, que aumentam sem parar –, colaboraram para essa visão
absurdamente equivocada sobre o Brasil.
Supostos “especialistas” em economia dos quais “Globo”,
“Folha de São Paulo”, “Estadão” e “Veja” lançam mão toda vez em que tentam
convencer o Brasil e o mundo de que nossa economia está sendo mal gerida,
parecem ter apostado em que teriam sucesso simplesmente descrevendo uma
realidade que o povo brasileiro não enxerga e não sente.
O fato é que o Brasil, do ponto de vista de seu povo,
vai muito bem, obrigado, como disse o insuspeito colunista de “Folha” e “O
Globo” Elio Gaspari, que, recentemente, espantou-se com o fato de que o sistema
bancário brasileiro absorveu “uma Argentina” em número de novos correntistas.
Esse, porém, é apenas um dos sintomas – talvez o mais tênue – do espantoso êxito
de nossas políticas econômica e social. O aumento exponencial dos negócios dos
bancos é uma medida oriunda de uma ótica mercantilista da qual a grande
imprensa oposicionista brasileira padece.
Os melhores indicadores para o sucesso que os
governos do Brasil obtiveram de 2004 para cá no sentido de melhorar as
condições de vida no país está expresso justamente em dois indicadores para os
quais a direita midiática não dá a menor bola: pobreza e desigualdade.
E, para terminarmos de mensurar esse sucesso, basta
comparar a situação social brasileira com a dos países ricos no âmbito de uma
crise econômica internacional que vem sendo considerada por dez entre dez
analistas econômicos como a maior da história.
Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, a pobreza
no Brasil caiu 7,9% e a desigualdade de renda continua caindo, conforme
constatação da pesquisa “De Volta ao País do Futuro”, da “Fundação Getulio
Vargas” (FGV), divulgada em meados do ano passado.
Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, a
queda dessas chagas sociais ocorre em ritmo três vezes maior do que o sugerido
pelas “metas do Milênio” das Nações Unidas (ONU). “O Brasil está na contramão de sua história pregressa e da de outros países
emergentes e desenvolvidos”, asseverou o pesquisador.
De 2003 para cá, já são cerca de 40 milhões de
pessoas (como diz Elio Gaspari, “Uma
Argentina”) que subiram acima da linha da pobreza, passando a integrar o
conjunto da sociedade com acesso ao sistema bancário, ao consumo e à educação.
Em 2012, o Brasil deve ter um dos seus mais baixos
índices de desemprego da história, cerca de 5%, o que pode ser considerado,
praticamente, como pleno emprego, se levarmos em consideração que a pesquisa do
IBGE sobre emprego e renda desconsidera o trabalho informal.
Mas para mensurarmos o quanto o Brasil “Vai muito
bem, obrigado”, basta olharmos para o que acontece no coração e pátria do
capitalismo, os Estados Unidos, onde a pobreza não para de aumentar, ou mesmo na
Europa, onde as condições de vida superam largamente a dos americanos.
A pobreza e a desigualdade de renda vêm crescendo
assustadoramente nos Estados Unidos. 47 milhões de americanos, ou 15% da
população do país, mergulharam abaixo da linha da pobreza.
Uma das evidências mais impressionantes desse
processo é a versão americana das nossas favelas, comunidades formadas por
barracas de camping que estão se espalhando como fogo pelos Estados Unidos,
sendo vistas em mais de 50 cidades por todo o país.
No século XXI, o número de pobres nos Estados
Unidos subiu 47%. Nos últimos quatro anos, aumentou em 60% o número de cidadãos
daquele país que recorreram a programas sociais, um dos quais o tão criticado
(pela mídia brasileira) “Bolsa Família”, que passou a ser adotado pelo governo
Barack Obama, ainda que de forma meio cosmética…
Abaixo, reportagem do UOL sobre o processo de
empobrecimento americano:
Na Europa central, o quadro não é tão melhor. A
taxa de desemprego na região é de 10,4%, ou 24 milhões de cidadãos da zona do
euro. Os jovens são os mais atingidos, respondendo por 22,1% do total de
desempregados.
As dívidas dos governos europeus também não param
de subir. Na zona do euro, chegam a 87,4% do PIB, enquanto que, no Brasil, os
débitos do governo passam um pouco de 30%. E cerca de um quarto dos europeus
mergulhou em risco de pobreza, que só faz crescer ano a ano na região.
Um dado impressionante: pesquisa realizada pelo pesquisador britânico Danny Dorlling, da
Universidade de Sheffield, mostrou que a desigualdade de renda na Inglaterra
voltou ao que era em 1918.
Enquanto isso, entre 2011 e 2012, no Brasil, a
distância entre os mais ricos e os mais pobres continuou caindo. O índice de GINI,
no período, caiu de 0,53 para 0,51. No início do governo Lula, era de 0,589,
após ter ficado praticamente igual ao longo do governo Fernando Henrique
Cardoso.
Nesse contexto, os esforços da oposição formal e da
informal (mídia) ao governo Dilma para tentarem convencer os brasileiros de que
“o país vai muito mal, obrigado”, só
podiam dar nisso: tanto o governo quanto
sua titular batem seguidos recordes de popularidade.”
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