Do portal "Conversa Afiada"
"Depois do auto da fé do mensalão
montado pelo PiG, com o querosene do Supremo, o PT continua a ser o maior
partido do país.
Saiu
no "Estadão" texto de Julia Duailibi e José Roberto de Toledo com a análise de
uma pesquisa do IBOPE.
“Apartidários são maioria do país pela primeira vez desde a redemocratização.”
“Pesquisa do Ibope revela que 56% dos brasileiros afirmaram, no final de 2012, não possuir preferência por nenhuma legenda política- eram 38% em 1988; … ; todas as siglas perderam, mas o PT ainda lidera com 24%.
Hoje, segundo a pesquisa feita por encomenda do "Estadão", 56% não tem partido; 24% são petistas; 6% são do PMDB; e 5% do PSDB.
O ponto mais alto da preferência pelo PSDB foi no primeiro mandato de FHC, com 10%.
O ponto mais alto da preferência pelo PT foi no fim do segundo governo Lula, com 33%".
“Apartidários são maioria do país pela primeira vez desde a redemocratização.”
“Pesquisa do Ibope revela que 56% dos brasileiros afirmaram, no final de 2012, não possuir preferência por nenhuma legenda política- eram 38% em 1988; … ; todas as siglas perderam, mas o PT ainda lidera com 24%.
Hoje, segundo a pesquisa feita por encomenda do "Estadão", 56% não tem partido; 24% são petistas; 6% são do PMDB; e 5% do PSDB.
O ponto mais alto da preferência pelo PSDB foi no primeiro mandato de FHC, com 10%.
O ponto mais alto da preferência pelo PT foi no fim do segundo governo Lula, com 33%".
A
pesquisa foi feita no meio do furacão: o fim do ano passado.
Durante
um ano inteiro, o PiG (*) e seus ilustres representantes no Supremo montaram o
espetáculo do mensalão na TV.
E
marcaram a hora do julgamento: o Dirceu precisa arder na hora em que os
paulistanos forem votar no Cerra.
O
ponto culminante do auto de fé, quando o fogo chegou ao topo, foram os 18′ do jornal
(sic) nacional
do Gilberto Freire com “i” (**).
Ao
longo de 2012 – aí incluída a eleição para prefeito, em que o Cerra tratou do
Dirceu e do mensalão durante três meses, no horário eleitoral – o papel da Casa
Grande foi destruir o PT, desmoralizar a política e, portanto, os partidos.
Desmoralizar
o Legislativo, a casa da política.
Desmoralizar
o Legislativo, para transformar a politica em monopólio da Falange da Casa
Branca, do Supremo e seus Chinco Campos (***), e dos “especialistas” da
Urubóloga.
Eles
é que detêm o Saber, a Razão, o Poder irrecorrível – e o querosene que acende a
fogueira.
Surpreende
que 44% dos brasileiros ainda acreditem num partido político depois do braseiro
de 2012.
E,
óbvio, quem mais se queimou foi o PT: alvo do mensalão e líder na tabela.
Porém,
o ansioso blog prefere dar destaque a um ponto que a reportagem do "Estadão" contém num espaço discreto.
O
ansioso blog prefere destacar a iminência do fim do PSDB.
O
PSDB tem 5% da preferência nacional.
E
quer dar o Presidente da República …
Um
partido que jamais passou de 10% da preferência do país…
E,
por obra do Plano Real do Governo Itamar, da compra da reeleição a R$ 200 mil
por deputado, e do bote salva-vidas do Bill Clinton, ficou oito anos no poder.
E
para lá não voltará jamais.
A
menos que entre de contrabando numa chapa que esconda a Privataria.
Não
fosse o PiG (*), esses tucanos de São Paulo não passavam de Resende.
E,
não fosse o brindeiro Gurgel, o clã Cerra da Privataria estaria no xilindró –
ou na Avenue Foch.
(*) Em nenhuma democracia
séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até
sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no
Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: "Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”."
(***) Ao proferir seu Canto do Cisne e ameaçar o Presidente da Camara com a cadeia, o decano Celso de Mello citou Chico Campos, o redator da “Polaca”, a Constituição ditatorial de 1937. Em homenagem a ele e a Chico Campos, o Conversa Afiada passa a referir-se aos Cinco Constituintes do Supremo – Celso de Mello, (Collor de) Mello, Fux, Barbosa e Gilmar – como os “Chinco Campos”. E lembra que Rubem Braga, quando passava de bonde pela Praia do Flamengo e via acesa a luz do apartamento do Chico Campos, dizia: “Quando acende a luz do apartamento do Chico Campos há um curto-circuito na Democracia”.
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim no seu portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/01/20/o-psdb-caminha-para-a-extincao/).
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