CONTEÚDO LOCAL:
RESPOSTAS DA PETROBRAS AO JORNAL “ESTADÃO”
[Sobre as reportagens “PETROBRAS ALUGA EMBARCAÇÃO NO
EXTERIOR” e “ESTATAL AFIRMA QUE CUMPRIRÁ
EXIGÊNCIA DE CONTEÚDO LOCAL”
(versões online), publicadas pelo jornal “O
Estado de S. Paulo” na segunda-feira (18/03), confira, abaixo, as
respostas encaminhadas pela Petrobras ao jornal]:
“Pergunta do “Estadão”: Conforme antecipado por telefone,
vamos fazer uma nova matéria sobre conteúdo local, com base em um informativo
divulgado [2ª feira] pelo SINAVAL.
O SINAVAL diz que há aumento do
afretamento e redução local da construção de navios. Afirma que a redução de
encomendas e a perda de postos de trabalho já aparece nas estatísticas,
prejudicando estaleiros locais. Por que a Petrobras está optando por
afretamento, em vez de construção? Falta capacidade de endividamento direto
para construção dos navios? As exigências de conteúdo local atrapalham?
Resposta da Petrobras: Não, as exigências de conteúdo local
não atrapalham. Os índices que têm sido exigidos são exequíveis e não há
indicativos de que não serão atingidos pela indústria nacional. A contratação
de FPSO por afretamento é uma alternativa amplamente utilizada na indústria de
petróleo, sendo que, ao longo da sua história, a Petrobras tem utilizado tanto
a construção de plataformas próprias como a contratação de plataformas por
afretamento como alternativas para os projetos de produção. A opção entre a
contratação por afretamento ou a construção de unidade própria depende de
aspectos técnicos, comerciais e dos prazos requeridos pelos projetos, sendo
importante observar que, desde 2010, a Petrobras vem exigindo que os FPSO
afretados atendam requisitos de conteúdo local similares aos praticados para as
unidades próprias.
Não é fato que a Petrobras esteja
optando exclusivamente por afretamentos, tanto que, nos últimos anos, foram
contratadas cinco unidades de produção que estão sendo construídas no Brasil
para operação nas áreas de pós-sal (P-55, P-58, P-61, P-62 e P-63). Para a área
do pré-sal da Bacia de Santos, estão em construção oito FPSO replicantes e
quatro FPSO para a Cessão Onerosa em diversos canteiros e estaleiros nacionais,
do nordeste ao sul do Brasil.
O Plano de Negócios da companhia
prevê recursos suficientes para a execução dos projetos listados em seu
portfólio.
Pergunta do “Estadão”: A ANTAQ diz que, desde 2009, a
estimativa era de construção local de 146 navios, e que deixaram de ser
contratados 90 navios em estaleiros brasileiros. Por quê?
Resposta da Petrobras: O “Plano de Renovação da Frota de
Embarcações de Apoio da Petrobras”, que prevê a construção de 146 embarcações
de apoio offshore, em execução desde 2008, continua sendo implantado como
planejado. Já foram realizadas três rodadas de contratações, perfazendo um
total de 56 unidades contratadas, e a quarta rodada está em andamento.
Pergunta do “Estadão”: Caso os equipamentos fossem
construídos pela Petrobras, em vez de afretados, haveria estouro do limite de
alavancagem com possibilidade de rebaixamento por agências classificadoras de
risco?
Resposta da Petrobras: A Petrobras está comprometida em
garantir a expansão dos seus negócios com indicadores financeiros sólidos, e
possui capacidade financeira para implementar os projetos de E&P no Brasil
necessários ao cumprimento da sua meta de produção de 2020.
Pergunta do “Estadão”: Documento do Ministério da Fazenda
estima em US$ 19 bilhões a despesa com aluguel de equipamentos. Está correto?
Resposta da Petrobras: A Petrobras desconhece o documento
a que se refere a pergunta.
Pergunta do “Estadão”: O SINAVAL estima em US$ 6,3 bilhões
anuais o valor pago a empresas estrangeiras com 44 sondas e 14 plataformas. A
maioria com MODEC e SBM. O SINAVAL se diz preocupado que aconteça o mesmo com
navios de apoio marítimo. A preocupação procede?
Resposta da Petrobras: A resposta à preocupação do SINAVAL
com relação à contratação de barcos de apoio marítimo já está contemplada na
resposta à pergunta número 2, relativa à construção de 146 navios.
Pergunta do “Estadão”: A Petrobras tem capacidade financeira
para construir os cinco FPSO que faltam para a área da cessão onerosa? Ou
precisará afretá-los?
Resposta da Petrobras: A Petrobras tem capacidade
financeira para executar todo o seu “Plano de Negócios e Gestão”, inclusive
para todas as unidades ainda não contratadas. As contratações serão realizadas,
ao longo do cronograma interno da empresa, em função das características
técnicas dos projetos de produção e das condições do mercado fornecedor.
Pergunta do “Estadão”: Afretar com a “Sete Brasil” pode
ser uma solução para não estourar a alavancagem sem enviar equipamentos para o
exterior? Vou voltar a citar que dois deles estão em negociação com MODEC e
SBM. Isso é apuração minha, sei que a Petrobras não confirma.
Resposta da Petrobras: Como informado na pergunta
anterior, a Petrobras tem capacidade para executar todo o seu Plano de
Negócios, inclusive para as unidades ainda não contratadas e reafirma que
cumprirá integralmente com o conteúdo local requerido em todas as suas
atividades.”
FONTE: blog
“Fatos e Dados”, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/03/18/conteudo-local-respostas-ao-estadao/).
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