EMBRAPII VAI PROMOVER "CASAMENTO" ENTRE
INSTITUIÇÕES DE PESQUISA E EMPRESAS PRIVADAS, DIZ DILMA ROUSSEFF
Por Danilo Macedo e Heloisa
Cristaldo, repórteres da
Agência Brasil
“A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (14) que a “Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial” (EMBRAPII) será a responsável por promover “casamento” entre instituições públicas de pesquisa e inovação e empresas privadas. A criação da empresa foi anunciada ontem, juntamente com o “Plano Inova”, que pretende tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica e aumento da produtividade.
“Vamos
estabelecer uma parceria, praticamente um casamento. A EMPRAPII é um dos locais
desse casamento. Terá papel fundamental, um local de articulação das nossas
relações, e isso fará muita diferença para todos nós”, disse Dilma a uma
plateia de empresários durante reunião da “Mobilização Empresarial pela
Inovação” (MEI), no Palácio do Planalto.
A presidenta ressaltou que os
recursos serão investidos após análise do “comitê gestor da EMBRAPII”, formado
pela Casa Civil, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI),
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da
Fazenda e pela Secretaria de Micro e Pequena Empresa (SMPE). “Nenhuma agência do governo tem autorização,
a partir de agora, para tratar como se fora seu o recurso da inovação. Esse
recurso é algo a ser decidido de forma compartilhada. Essa questão é
absolutamente essencial quando se trata desse plano. É nisso que consiste o
grande salto que nós tivemos.”
Ao todo, R$ 32,9 bilhões serão
aplicados em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores
industrial, agrícola e de serviços. Para a presidenta, a inovação é essencial
para o país. “Inovar para o Brasil é uma
questão de estar à altura do seu potencial.”
O presidente da “Confederação
Nacional da Indústria” (CNI), Robson Andrade, disse que o desafio das medidas
anunciadas pelo governo federal é alavancar o desenvolvimento tecnológico do
país. “O pacote é positivo. O Brasil
precisa desenvolver tecnologia e inovar para que a nossa indústria possa ser
mais competitiva não só no mercado interno, mas principalmente no exterior.”
Segundo Andrade, a iniciativa muda a
lógica atual de universidades buscarem parceria com empresas. “Agora, a empresa tem a capacidade de ter o
recurso e buscar o centro tecnológico ou a universidade para trabalharem juntos”,
analisou.
As linhas de financiamento serão
executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ligada ao Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse
que serão lançados editais em várias áreas, como petróleo e gás, etanol e
saúde, chamando projetos da iniciativa privada.
“É
essa combinação que vai gerar uma demanda de empréstimos na linha de inovação
que vai permitir dobrar a escala do que a gente já está fazendo hoje”,
disse Coutinho. Segundo ele, atualmente, o BNDES investe R$ 5 bilhões para
programas de pesquisa e inovação.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário