Por Rogério Guimarães de Oliveira
“O ministro
Joaquim Barbosa, atual Presidente do STF, exibiu comportamento inusitado contra
um repórter, demonstrando viés autoritário, arrogante e truculento.
Aliás, não é de
hoje que se conhece os destemperos públicos e ofensivos de Barbosa, que
facilmente dispara sua “metralhadora giratória” contra tudo e todos, não
importa onde e quando. Basta conferir os vários embates pessoais que ele travou
com os próprios colegas de Supremo, que são autoridades não menos ilustres do
que ele, durante as sessões planárias da Corte, com transmissão ao vivo pela
TV. Barbosa é um comprador de brigas voraz, acostumado a xingar, a ofender e a
desqualificar quem quer que esteja no seu caminho ou quem quer que lhe pareça
inconveniente. Ou ainda - bem mais
preocupante -, quem quer que com ele não concorde.
Desta vez,
“sobrou” ofensas para o coitado do repórter, chamado de “palhaço” por Joaquim
Barbosa. O atual Presidente da mais alta Corte do país mandou-o, ainda, “chafurdar no lixo, que é que você sempre faz”,
frase esta que é o equivalente mais preciso para chamar alguém de “porco”.
Caso Barbosa se
tornasse Presidente da República, como no sonho pirotécnico de alguns
articuladores políticos mais afoitos, essas facetas do caráter e personalidade
dele, como a arrogância, a truculência e a violência gratuita, com certeza,
ganhariam corpo, em novos e mais perigosos moldes. A nota pública de sua
assessoria de imprensa nada vale para “desculpá-lo”, porque, afinal de contas,
sequer é assinada pelo virulento ofensor.
Isso tudo
demonstra o quão irresponsáveis são aqueles que cogitaram na possibilidade de
Joaquim tornar-se candidato ao Palácio do Planalto. São pessoas que hoje se
assustam com o possível “candidatável”, cujo destempero ofensivo despejado
covardemente sobre o “pobre” jornalista da ocasião (que, de fato, nada mais fazia do que o seu trabalho) evoca outros
tempos e outras estórias.
As lambanças de
Barbosa lembram as de Figueiredo.
Não faz muitos
anos, o último general que ocupou a cadeira de Presidente da República (neste caso, ocupação por usurpação) não
pestanejou ao ofender, gratuitamente, sem qualquer desfaçatez ou hesitação,
toda a população do país, especialmente o povo mais humilde, quando assim
afirmou numa entrevista à imprensa: “ - Prefiro
o cheiro de cavalo ao cheiro de povo”. E arrematou com esta pérola da boa
educação, quando o repórter perguntou o que ele gostaria de pedir ao povo na
sua saída do Planalto: “- Me esqueçam!”
O general João
Figueiredo foi atendido pelo povo a quem ofendeu: ele foi completa e literalmente esquecido.
O Brasil e os
brasileiros, com a recuperação da democracia, livraram-se da arrogância, do
autoritarismo e da truculência de quem representa os poderes de Estado e que é
pago para isso, votado ou não. Temos um povo já malhado e maltratado o
bastante, por bem mais de 25 anos, pela violência e arrogância de pessoas
investidas de poder de Estado, num período que deixou marcas profundas em toda
a população. Logo, se hoje os brasileiros não carecem (nem merecem) isso, até de parte de quem esteja transitoriamente
ocupando o STF, merecem menos ainda que alguém com inclinação a tais práticas
volte a sentar-se na cadeira nº 1 de comando do Palácio do Planalto.”
FONTE: contribuição de Rogério Guimarães de Oliveira para o site
“Direto da Redação” (http://www.diretodaredacao.com/noticia/joaquim-barbosa-x-joao-figueiredo).
[Caricatura de Figueiredo obtida no
Google e adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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