SEMINÁRIO DO PSDB:
ESCLARECIMENTO DA PETROBRAS À IMPRENSA
“Confira, abaixo, o esclarecimento da Petrobras encaminhado sob demanda à
Folha de S. Paulo,
Globonews,
Reuters,
G1, Valor
Econômico e O Globo, sobre as questões apontadas
durante o seminário do PSDB sobre a Companhia:
1- “MITO DA AUTOSSUFICIÊNCIA”
Esclarecimento: O Brasil atingiu a autossuficiência
em petróleo em 2006: a produção de
petróleo no País equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época.
Entre 2007 e 2012, no entanto, a demanda por derivados cresceu 4,9% no Brasil,
contra crescimento de 3,4% na produção de petróleo. A partir de 2014, a
produção de petróleo no Brasil voltará a atingir a autossuficiência
volumétrica, ou seja, volumes iguais de petróleo produzido e de derivados
consumidos, contando a produção da Petrobras + Parceiros + Terceiros.
O Brasil, no entanto, nunca foi
autossuficiente em derivados. O País sempre importou e continuará importando
derivados até que entrem em operação as novas refinarias previstas no “Plano de
Negócios e Gestão 2012-16” da Petrobras. A curva de produção da Companhia
apresentará crescimento contínuo, até atingir 2,5 milhões de barris por dia em 2016
e 4,2 milhões de barris por dia em 2020. A produção de petróleo passará, então,
a superar a produção de derivados, o que dará ao País, também, autossuficiência
em derivados. Em 2020, planejamos ter 4,2 milhões de barris de petróleo por dia
contra uma capacidade de refino de 3,6 milhões de barris por dia e consumo de
3,4 milhões de barris por dia.
De fato, os dispêndios com a
importação de derivados de petróleo foi de US$ 7,2 bilhões acumulados ao longo
do ano de 2012, mas houve, também, um ganho liquido de US$ 6,8 bilhões com as
receitas relativas à exportação de petróleo.
2- “PERDA DE 47,7% DO SEU VALOR DE
MERCADO”
Esclarecimento: Em 11/03/2011, o valor de mercado
da Petrobras era de R$ 398 bilhões e hoje (11/03/2013) R$ 234 bilhões, tendo
uma perda de R$ 164 bilhões, perdendo 41,2% do seu valor de mercado.
3- “PERDAS SUCESSIVAS NO RANKING
MUNDIAL”
Esclarecimento: A Petrobras era a terceira maior
empresa em valor de mercado atrás da Exxon Mobil e a PetroChina ao longo do
primeiro semestre de 2010 (em 03 março de
2010, o valor de mercado da Petrobras era de US$ 184,4 bilhões) após o
processo de capitalização. Hoje (12/03/2013), estamos em 7º lugar em termos de
valor de mercado (1º Exxon, 2º PetroChina, 3º Chevron, 4º Shell, 5º BP, 6º Total).
4- “PETROBRAS HOJE: A IMAGEM DA
DESCONFIANÇA”
Esclarecimento: Não há desconfiança. A Petrobras
tem grande facilidade de acesso ao mercado de dívida, a baixos custos, por meio
de diversas fontes. Portanto, são justamente esses investimentos elevados que
irão gerar retornos para nossos acionistas. A Petrobras é, hoje, reconhecida
pelo mercado como a empresa que dispõe do melhor portfólio de ativos de
petróleo e gás dentre todas as companhias de capital aberto no mundo. Portanto,
altos níveis de investimento fazem todo sentido econômico, face às
oportunidades que se apresentam para a Companhia. Somente no Brasil, a
Petrobras dispõe hoje de 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em
reservas provadas. Ademais, com os volumes que potencialmente serão
incorporados no pré-sal e o direito de produzir os barris da “Cessão Onerosa”
podemos aumentar nossa base de volumes recuperáveis para patamar de quase 30
bilhões de boe. Temos hoje, seguramente, a capacidade, a tecnologia, o
conhecimento e os recursos necessários para transformar todo esse potencial em
riquezas para nossos acionistas, que irão se materializar pelo crescimento de
nossa produção, que irá mais do que dobrar em 2020. É importante não esquecer
que os investimentos da indústria de petróleo e gás são de longa maturação,
haja vista a complexidade das operações. Entretanto, não menos importante é
destacar a celeridade com que fomos capazes de tornar o pré-sal uma realidade.
O primeiro óleo do campo de Lula ocorreu em 2009, apenas três anos após sua
descoberta, um resultado excepcional quando comparado à média da indústria
mundial. Hoje, a Petrobras e seus parceiros já ultrapassaram o marco de 300 mil
barris de petróleo por dia no pré-sal, um feito extremamente relevante.
5- “AÇÕES DA PETROBRAS EM QUEDA”
Esclarecimento: As nossas perspectivas são as mais
positivas possíveis no longo prazo. Iremos mais do que dobrar a nossa produção
de petróleo no Brasil em 2020, atingindo 4.200 mil barris por dia de petróleo (ante produção de 1.980 mil barris por dia em
2012) por meio de projetos de alta rentabilidade, que irão se traduzir em
elevados retornos para os nossos acionistas. Estamos aumentando a eficiência
operacional da Companhia e otimizando nossos custos operacionais para entregar
ainda mais valor para os nossos acionistas. Temos hoje cerca de R$ 166 bilhões
de ativos em construção em nosso balanço patrimonial, ou seja, R$ 166 bilhões
de ativos que ainda não geram caixa para a Companhia. Na medida em que esses e
os demais projetos de nosso “Plano de Negócios e Gestão” entrarem em operação,
iremos aumentar ainda mais nossa geração de caixa e, por conseguinte, o valor
gerado para nossos acionistas.
6- “PRÉ-SAL: O BILHETE PREMIADO QUE
O BRASIL PODE PERDER”
Esclarecimento: A Petrobras não vai comentar.
7- “AUMENTO DO INVESTIMENTO NO
REFINO GERA PREJUÍZO”
Esclarecimento: Entre os anos de 2000 e 2012, o
consumo de gasolina no país cresceu 68%, o de diesel 46% e o de querosene de
aviação (QAV) 58%, reflexo evidente do crescimento da economia, da melhora das
condições de emprego e renda da população e da ascensão das classes sociais.
Diante de um mercado que cresce muito mais do que a média mundial, fica clara a
necessidade de ampliação do parque de refino, retomando os investimentos em
novas unidades, o que não era feito desde 1980, 33 anos atrás.
Apesar de operar com altíssima
eficiência (96% da capacidade em 2012), a capacidade de refino disponível é de
cerca de 2 milhões barris por dia para uma demanda de cerca de 2,2 milhões
barris por dia. Por isso que a nova capacidade de refino é fundamental. Em 2020,
a capacidade de refino será de 3,6 milhões de barris por dia e a demanda será
de 3,4 milhões de barris por dia, sendo essa a principal fonte de receitas da
Petrobras. O investimento da Petrobras na Área de Abastecimento foi de R$ 29
bilhões em 2012.
8- “PRODUÇÃO DIMINUI E DÍVIDA
CRESCE”
Esclarecimento: A produção de petróleo da Petrobras
foi de 700 mil barris por dia em 1995 e chegou a 1,5 milhão de barris por dia
em 2003. De 2003 a 2012, o patamar de produção de petróleo da Petrobras
elevou-se de 1,5 milhão de barris por dia para 2,0 milhões de barris por dia, e
chegará a 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia
em 2020.
Convém esclarecer que, quanto mais
alto o patamar de produção de uma companhia, maior é o desafio de manutenção e crescimento
desse patamar, dado que a natureza dos reservatórios de petróleo é o declínio
natural da produção, que varia de 10% a 14% ao ano em campos de águas
profundas.
Assim, para a sustentação e
crescimento da curva, faz-se necessário alto índice de sucesso exploratório,
que agregue reservas e descobertas para a produção futura. Para fins de
comparação, o “Índice de Sucesso exploratório” da Petrobras foi de 64% em 2012
(82% no pré-sal), enquanto a média mundial está em 30%.
Além da necessidade de novas
descobertas, a manutenção de patamares elevados de produção também depende da
operação dos sistemas atuais com níveis adequados de eficiência operacional.
Isso demanda, em alguns períodos, paradas programadas para manutenção, com
consequente queda da produção dessas unidades. Também ocorre, no caso das novas
plataformas, crescimento gradativo da produção (ramp-up). Esses são os fatores
que explicam porque a produção da Petrobras não cresceu no ano de 2012 e no
primeiro semestre de 2013, ano no qual sete novas plataformas estão entrando em
operação.
Quanto ao endividamento, as
oportunidades de crescimento proporcionadas pelas novas descobertas anunciadas
nesses últimos anos, em especial o pré-sal, colocaram a Petrobras em situação
diferenciada em relação às outras empresas do setor, com um portfólio de
projetos rentáveis a serem desenvolvidos que garantem o crescimento orgânico da
Companhia. Para financiar esse crescimento, foi necessário aumentar seu nível
de endividamento, na medida em que apenas a geração operacional de caixa da
Companhia não era suficiente para o aproveitamento dessas oportunidades. A
dívida líquida da Petrobras ficou em R$ 148 bilhões no final de 2012.
Porém, isso não é visto como
negativo pelo mercado. Pelo contrário, ao longo dos últimos anos, o aumento do
endividamento veio acompanhado da redução do custo de captação da Companhia e
da melhora da avaliação de risco por parte das agências de rating. A Companhia
aumentou o acesso a diversas fontes de financiamento com a redução do custo de
captação em dólares para o prazo de dez anos de aproximadamente 9% a.a. em 2002
para aproximadamente 5% a.a. em 2012.
Em 2005, a Companhia recebeu a
primeira avaliação de grau de investimento pela agência de classificação de
risco Moody´s, tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a receber tal
classificação. Desde então, vem recebendo melhoras adicionais nessa avaliação,
sendo classificada igualmente pela Standard & Poor´s e Fitch.
9- “PETROBRAS NA MIRA DO MINISTÉRIO
PÚBLICO”
Esclarecimento: A Companhia reafirma que a
aquisição da Refinaria de Pasadena deve ser compreendida no contexto anterior à
descoberta do Pré-Sal; estava alinhada ao Planejamento Estratégico da Petrobras
à época, no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no
exterior, e visava contribuir para o aumento da comercialização de petróleo e
derivados produzidos.
Todas as aquisições de refinarias no
exterior cumpriam com o mesmo objetivo estratégico que determinava a expansão
internacional da Petrobras, apoiada em alguns pilares, a saber: processamento
de excedentes de petróleos pesados brasileiros; diversificação dos riscos
empresariais e atuação comercial em novos mercados de modo integrado com suas
atividades no Brasil e em outros mercados.
10- “REFINARIA ABREU E LIMA: CUSTO
DA OBRA PULOU DE R$ 4,7 BILHÕES PARA R$ 41 BILHÕES”
Esclarecimento:
As projeções
iniciais de custos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) referiam-se a um projeto
em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia estimativas
apenas preliminares em relação a custos de infraestrutura, demandas ambientais,
integração entre unidades e extramuros.
O maior grau de definição e
detalhamento, incorporado a fatores como otimização de escopo, ajustes cambiais
e aquecimento de mercado, entre outros, fez com que o valor do investimento
tivesse incremento com a evolução do projeto.
Diversos fatores contribuíram para
as variações de prazo, entre eles a necessidade de realização, em alguns casos,
de novos processos licitatórios devido a preços excessivos. Outros fatores
importantes foram greves, condições ambientais e construção de infraestrutura
para acesso ao local da obra.
Hoje, a RNEST já alcançou 70% de
execução física em suas obras e o início de operação ocorrerá em novembro de
2014, com investimento previsto de US$ 17 bilhões, prazo e custo estabelecidos
no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016. Ainda há pleitos em discussão com as
empresas contratadas que somam US$ 3 bilhões.
11- “GESTÃO GABRIELLI”
Esclarecimento: No período da administração do
presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo, entre 2005 e 2012, houve aumento
na Petrobras Controladora de 52% do efetivo próprio e de 130% de empregados de
empresas prestadoras de serviços, incluindo aí todos os trabalhadores em obras,
entre as quais duas grandes refinarias. Tais aumentos foram consonantes com o
crescimento do investimento da Companhia, na ordem de 208%. No período
anterior, de 1993 a 2001, não foram realizados concursos pela Petrobras.
-
12- “CONTEÚDO LOCAL”
Esclarecimento: A indústria nacional de bens e
serviços tem respondido à altura das demandas da Petrobras, com Conteúdo
Nacional que, por vezes, supera o índice de 85% que é o caso dos projetos do
Refino. O aumento do Conteúdo Nacional é possível para bens e serviços que hoje
são importados e que apresentam escala econômica para serem produzidos no
Brasil. Considerando as vantagens para as empresas, os principais benefícios
são a redução dos custos operacionais, a proximidade da base de fornecedores, o
aumento da capacidade de inovação da cadeia e a assistência técnica local.”
FONTE:
blog “Fatos e Dados”, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/03/13/seminario-do-psdb-esclarecimento-a-imprensa/).
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