quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
FAB GANHA PODER DE FOGO COM "NOVO" CAÇA A-1M (AMX modernizado)
MODERNIZAÇÃO DE 43 AERONAVES DE COMBATE CUSTARÁ R$ 2 BILHÕES ATÉ 2016
Por Roberto Godoy, no "Estadão"
Aviões reformados, que receberão novos equipamentos, poderão alcançar, sem escalas, qualquer ponto da América do Sul
“O Brasil completa em 2016 o projeto, já iniciado, de construção de uma força de ataque aéreo estratégico baseado na revitalização tecnológica do caça-bombardeiro AMX, o A-1 da aeronáutica militar [FAB]. O programa envolve 43 aeronaves e vai custar cerca de R$ 2 bilhões.
Segundo a Aeronáutica, do total já foram desembolsados R$ 840 milhões. O valor restante será pago entre os exercícios de 2012 e 2017. Depois do procedimento, os caças serão operacionais até o ano 2032.
A “Embraer Defesa e Segurança” (EDS) e a empresa israelente “Elbit” estão trabalhando com o primeiro lote de 10 jatos na fábrica da “EDS” em Gavião Peixoto, a 300 km de São Paulo. O primeiro AMX modernizado será entregue à FAB entre 2013 e 2014; o último, em 2017. Em algum momento nesse período, o Alto Comando decidirá pela extensão da encomenda de forma a abranger toda a frota de 53 unidades. Enquanto isso, os 10 bombardeiros de reserva permanecerão em operação na base de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e no Esquadrão Adelphi, da base de Santa Cruz, no Rio.
O A-1M, como será rebatizado o caça, terá capacidade para atingir, recebendo combustível em voo, qualquer alvo estratégico na América do Sul, no Caribe e em boa parte da África, além de permitir ações de cobertura no Atlântico Sul. De certa forma, os caças-bombardeiros da Força Aérea podem, agora mesmo, cumprir esse tipo de missão.
Em agosto de 2004, dois deles decolaram de Santa Maria, permaneceram cerca de 12 horas no ar, fizeram três reabastecimentos em voo e, depois de um giro de 7 mil quilômetros sem serem detectados, haviam "lançado" todas as bombas contra vários objetivos vitais - centrais de energia, grandes centros de comunicações, instalações militares e complexos industriais. Para essa operação, foi preciso criar sistemas específicos, como um reservatório para as rações alimentares e uma espécie de sanitário químico compacto.
O pequeno jato é subsônico, mas pode voar a 900 km/hora e a 100 metros, talvez menos, de altitude.
A versão modernizada será equipada com sofisticado radar multimodo SCP-01, desenvolvido pela “Mectron”, de São José dos Campos, controlada pela “Odebrecht Defesa e Tecnologia” (ODT), capaz de atuar nos modos ar-ar, ar-terra e ar-mar. Integrado a um computador de missão de combate, pode coordenar o emprego de 3,8 toneladas de armas - bombas inteligentes, mísseis de alcance além do horizonte, foguetes e, em outra vertente, acessórios para reconhecimento eletrônico. Os dois canhões de 30 mm originais serão mantidos.
DISSUASÃO
O uso estratégico do AMX é assunto delicado. Falando aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa, pouco antes de deixar o governo, o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, citou o programa de revitalização e seu "elevado e efetivo poder dissuasório". Para o Comando da Aeronáutica, o poderoso A-1M terá a função de "permanecer pronto para atender às necessidades operacionais da FAB, com excelente raio de ação, sistema de reabastecimento em voo e a qualidade de transportar grande diversidade de armamentos". A questão política não entra formalmente nas considerações oficiais do governo.
Compacto e ágil, de asas curtas, o AMX mede 13,5 metros. A envergadura é de 8,87 metros. O peso máximo não passa de 13 mil quilos.
O programa de atualização da tecnologia implica novo painel, com três telas digitais coloridas - 121 polegadas para exibir informações. O piloto terá todos os dados projetados no capacete - com recursos de visão noturna - e o comando completo do caça num único instrumento, o manche. É possivel que o projeto venha a incluir película destinada a confundir radares e sensores de identificação.
O bombardeiro de precisão é resultado de acordo binacional firmado entre o Brasil e a Itália em 1981. Foram produzidos para as forças dos dois países aproximadamente 200 unidades. A Embraer assumiu a encomenda da FAB. O batismo de fogo do AMX só aconteceria na Guerra do Kosovo, em 1999. A aviação italiana cumpriu 252 missões de combate sobre a Sérvia, sem perda de nenhuma aeronave. Em 2011, três unidades da base de Trapani, na Sicilia, totalizaram 500 horas de voo na Líbia entre os meses de abril e outubro a serviço da “Organização do Tratado do Atlântico Norte”, a OTAN [que visava a assassinar Kahdafi, para substituí-lo por governo submisso].
No Brasil, em maio de 2011, o AMX serviu ao voo da tenente Carla Alexandre Borges, primeira mulher do País a comandar um jato de combate. Aos 28 anos, a oficial da FAB participa regularmente dos ensaios de bombardeio e apoio à tropa terrestre do Esquadrão Adelphi, no Rio de Janeiro.”
FONTE: escrito por Roberto Godoy, no “O Estado de São Paulo” (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=16/01/2012&page=mostra_notimpol) .[trecho entre colchetes adicionado por este blog 'democracia&política'].
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7 comentários:
Pára, e pare o mundo que eu quero descer!!!
“...o Brasil completa em 2016 o projeto, já iniciado, de construção de uma força de ataque aéreo estratégico baseado na revitalização tecnológica do caça-bombardeiro AMX, o A-1 da aeronáutica militar [FAB]. O programa envolve
43 aeronaves
e vai custar cerca de
R$ 2 bilhões."
ATUALIZAÇÃO de 43 CAÇAS-LEVES por R$ 2 bilhões???? Ou seja, 20% do ORÇAMENTO do FX-2 para 36 caças de 4ª+ Geração????
Por este mesmo preço se compraria 43 UNIDADES do SUPER BOMBARDEIRO russo Sukhoi Su-34 Fullback????? Tem alguma coisa errada nesta conta...
Pelo visto, se gritar "pega ladrão" na caserna não fica UM. E depois reclamam do Maurício Dias e do Leandro Fortes, colunistas da revista Carta Capital, quando estes denunciam os desmandos e os ROMBOS (substitua a letra M pela letra U) do Instituto Militar de Engenharia (não é Enzo Perri???) e da Escola Superior de Guerra (não é Ali Kamel????).
Sem contar que as Universidades de São Carlos e de São José dos Campos são controladas por SIONISTAS.
Essa tal de EMBRAER tem que ser EXTIRPADA de solo nacional, se é, que é solo nacional. E, se possível, que leve TODAS as CARPIDEIRAS ENTREGUISTAS da CASERNA tupiniquim, saudosas de 1964 e 1932. E não esqueçam do PAULO SKAF, ALOIZIO MERCADANTE e LUIZ MARINHO.
Quando será que o Amaury Ribeiro Jr vai fazer um dossiêzinho sobre a "caserna" braZileira????? Parece que o irmão do MERCADANTE gosta de COMPRAS para as FORÇAS ARMADAS Sem Licitação e, que compras... Aliás, o "IRMÃO do MERCADANTE" adora compras... Tudo certo com o Aético Never?????????
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30/07/2011: Sou TOTALMENTE, ABSOLUTAMENTE, CONTRA O MINISTRO NELSON JOBIM
"...quero dizer que governos e diplomatas, em especial nos pós-guerras, criaram normas de convivência entre as nações. E o ministro
Nelson Jobim
desconsiderou várias delas
ao assinar o
maldito acordo
de compra de armas e “sistemas de segurança” de
Israel.
http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/07/sou-totalmente-absolutamente-contra-o.html
Probus,
Não é simples concordar ou discordar dos seus argumentos. Pelo que sei, são duas classes de aviões diferentes. Uma não substitui a outra. O AMX é caça-bombardeio, para atingir alvos no solo, navegando à baixa altura a alta velocidade subsônica, grandes distâncias, com precisão no acerto do alvo e voltando incólume. Com as atualizações em curso, estará perfeito nessa missão. O projeto FX-2 é para avião de interceptação aérea. Deve chegar rápido no invasor,supersônico, geralmente a grandes altitudes, e destruí-lo à distância com seus mísseis ar-ar. Por diferentes características aerodinâmicas inclusive, o FX2 seria péssimo caça-bombardeio e o AMX seria péssimo caça interceptador. O AMX já está com sua logística implantada no Brasil. O FX2 deverá implantá-la, e seu custo é o dobro ou triplo do preço de aquisição dos aviões. Nunca é feita licitação formal para armamentos de 1ª linha. Não se deve publicar em edital as especificações, capacidades, vulnerabilidades etc dos armamentos requeridos. É sigiloso. Todos os países fazem confidenciais seleções, análises, comparações, até escolher, publicar e contratar a aquisição.
Maria Tereza
Maria Tereza, um caça MODERNO da categoria do OBSOLETO AMX custa em torno de US$ 20 milhões (como o FC-1 Thunder).
O Su-34 é um PESADÍSSIMO Super-Bombardeiro MODERNO, portanto, eu achei estranho demais o preço da atualização desses AMX, foi exorbitante.
O AMX é um caça LEVE, levinho, limitado e, repito, obsoleto.
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Sukhoi Su-34 Fullback o poderoso e multifuncional defensor russo
http://defesasaereas.blogspot.com/2011/11/sukhoi-su-34-fullback-o-poderoso.html
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Certo, a licitação do FX-2 é para um caça de Interceptação e Superioridade Aérea, porque o melhor Custo/Benefício, que é o Su-35 não faz parte desta licitação??
"...O Brasil está oficialmente fora do projeto PAK-FA. A recente viagem do presidente Russo Dmitri Medvedev ao Brasil ocorrida em 25 de novembro de 2008 não resultou na assinatura de nenhum acordo relacionado ao projeto. O Comandante da Força-Aérea brasileira,
Juniti Saito, justificou:
"Não quero denegrir a imagem do Sukhoi, mas o projeto não se encaixou nas nossas necessidades."
A Força Aérea brasileira alega que a exclusão dos aviões da Sukhoi ocorreram pela falta de comprometimento em repassar tecnologia.
Contudo,
o Itamaraty e fontes russas alegam o
contrário,
que a venda dos aviões Su-35 para o Projeto FX-2 não só resultaria na transferência de tecnologia, como também
incluiria o Brasil no desenvolvimento do projeto PAK-FA (de QUINTA GERAÇÃO)."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_russo_Pak-fa_T-50#Brasil_no_projeto_PAK-FA_T-50
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Olha Maria tereza, o AMX é uma MENTIRA.
Na lastimável situação atual da Defesa da Soberania eu vou sempre preferir a combinação de Compras de Prateleira/Oportunidade do que esperar 20 por produtos fabricados aqui e, igual ao AMX eu dispenso, como Caça Treinamento ainda vai, mas como Efeito Dissuasório em nada adiantará, e nós precisamos é de Dissuasão URGENTE e, isso só viria através de caças pesados.
17/01/2012: Voa na Rússia o terceiro caça Su-35S de produção em série
Por Fernando Valduga
Hoje, o terceiro caça multimissão de série Su-35S, com o piloto Taras Artsebarsky nos comandos, decolou do aeródromo da Associação de Produção de Aeronaves de Komsomolsk-on-Amur chamada de Yuri Gagarin (KnAAPO). Várias fases dos motores e do sistema de controle integrado, bem como características de estabilidade e controlabilidade foram testadas por mais de duas horas de voo. A operação de motores, sistemas e equipamento mostrou-se impecável.
Os caças Su-35 já voaram mais de 400 vôos dentro do programa de testes de vôo. As duas primeiras aeronaves de testes Su-35S foram entregues ao 929º Centro de Testes de Voo do Estado (GLITS) para os testes conjuntos com a força aérea, e no dia 15 de agosto do ano passado eles começaram a implementar o programa planejado. Ao mesmo tempo, o primeiro caça de produção em série – o Su-35S-1 tem foi integrado ao programa.
O primeiro e segundo Su-35S realizaram os testes de vôo preliminares. O conjunto básico de vôo e as especificações técnicas do equipamento de bordo e as características de super manobrabilidade, estabilidade e características de controle, as características do motor, e os trabalhos no sistema de navegação foram plenamente confirmadas durante os testes. A velocidade máxima ao nível do solo é de 1.400 km/h, velocidade em altitude de 2400 km/h, num teto operacional de 18 mil metros. A faixa de detecção de alvos no modo “ar-ar” é de mais de 400 km. Isso é significativamente maior do que a dos aviões em combate atualmente em serviço. A estação ótica localizadora a bordo (OLS) pode detectar e rastrear alvos múltiplos com alcances superiores a 80 km.
http://www.cavok.com.br/blog/?p=45146
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Unique pilotage Su-35 at MAKS-2011
http://www.youtube.com/watch?v=ZRV-c4s5vMo
Su-35 ( the eagle ) technology
http://www.youtube.com/watch?v=II63EsZ5US0
Probus,
Obrigada pelos ótimos links indicados. Gosto de ler esses assuntos.
Acho benéfica a modernização do AMX, dos F-5, dos C-130 e de alguns outros tipos, como o Bandeirante. É boa solução custo/benefício. Logicamente, não excluem as indispensáveis novas aquisições, como o apelidado FX2. Quanto aos valores citados na reportagem sobre o AMX que postei, creio que o "Estadão" se confundiu. Baseada em leitura de casos semelhantes mundo afora, estimo que o custo (somente o recorrente) seja da ordem de US$ 7 a 10 milhões por aeronave, abrangendo o radar. Se considerarmos a adicional capacitação tecnológica e industrial para produzir e, depois, para apoiar a operação nos primeiros anos (a logística), os custos globais multiplicam-se por três ou mais, em qualquer aeronave tecnologicamente avançada. Talvez seja aí a confusão do repórter.
Maria Tereza
isso nao passa de pretesto para não fazer a compra do FX2, e para desviar +ou- 30% desse valor. claro que o governo conseguiria novos jatos bombardeiros mais eficietes com menores valores. mais teria que abrir licitação que repercutia em todo o mundo e ficaria mais dificil de desviar uma verbinha.
No FX2, pq os militares opitão pelo gripen e lula pelo Rafale ?
O sueco e mais barato e de baixa manunteção. o françes e mais caro entre os 3 e de alto custo em manunteção. em quanto não tirar esse governo Pt do poder nossas forças armandas vao viver de aparencia nesse pais do faz de conta..
Devemos desenvolver nosso AMX e não descarta-lo . O governo atual está certo , os governos passados jogavam
fora simplesmente .
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