Conselho Econômico e Social do governo do Rio Grande do
Sul
Por Elder Ogliari, da “Agência Estado”, no jornal “O Estado de São Paulo”, autodeclarado tucano (em editorial de 2010).
“O ex-presidente Luís Inácio Lula da
Silva afirmou, na terça-feira em Porto Alegre, que as derrotas que sofreu nas
eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998 foram necessárias para que ele se
desse conta da realidade do País. "Não
é porque gostei de perder, mas acho que foram necessárias algumas derrotas para
nos dar conta de que a realidade política do País, é maior do que a nossa
realidade sindical ou partidária", disse Lula. "Quando chegamos, chegamos com uma equipe
mais preparada. Já tínhamos governado cidades e estados, e pudemos montar o
governo já baseado em experiências bem sucedidas e mesmo as mal sucedidas foram
importantes para que não repetíssemos no Governo Federal", completou o
ex-presidente a integrantes do Conselho Econômico e Social do governo gaúcho,
comandado pelo também petista Tarso Genro.
Conselho Econômico e Social do governo do Rio Grande do
Sul
Em 2003, primeiro ano do governo
Lula no Planalto, Tarso foi responsável por coordenar um conselho parecido, que
reunia empresários, representantes de ONGs, artistas etc. "Precisou um pouco de tempo para que as
pessoas apressadas, que pensavam tão pequeno, começassem a compreender que
queríamos algo maior do que diminuir o papel de alguém, mas engrandecer o papel
de todos nas definições das políticas públicas quer iríamos tomar no governo",
disse Lula, referindo-se às críticas ao chamado "Conselhão" segundo as quais o órgão disputaria lugar com o
Congresso Nacional.
Segundo Lula, esse diálogo obtido
com a sociedade foi seu maior legado, maior ainda que o programa social “Bolsa
Família”. Além do encontro com o conselho estadual de Tarso, Lula participou na
terça de um evento do PT para comemorar os dez anos no comando do Planalto - o partido vem realizando uma série de
seminários temáticos para tratar do período. Na capital gaúcha, o tema em
debate era política externa. A presidente Dilma Rousseff, que se radicou
politicamente no Rio Grande do Sul, também participou do seminário promovido
pelo partido.
DISCURSO
As questões externas já haviam
tomado boa parte do discurso de Lula aos integrantes do conselho do governo
gaúcho. O ex-presidente defendeu mais ousadia no comércio internacional, tanto
para vender seus produtos, quanto para prestar ajuda financeira a parceiros,
como forma de incentivo ao aumento das relações comerciais, e também defendeu a
solidariedade entre vizinhos e afirmou que o Brasil, sendo a maior economia,
tendo a maior população da região, também tem que ter generosidades com seus
vizinhos. "Não pensar em crescer
sozinho, ter generosidade de construir juntos para que nossos vizinhos possam
crescer conosco", afirmou o petista.
Defendeu, ainda, a política de
aumento de consumo que o Brasil adotou internamente durante a crise mundial de
2008. Afirmou que a crise econômica é resultado de uma crise política de países
de primeiro mundo que "terceirizaram" a política, em possível alusão
à submissão das decisões com os agentes econômicos. "Foram gastos US$ 9,5 trilhões e aumentou o desemprego", disse.
"Sei como fui achincalhado quando
disse que a crise não passava de marolinha. Quando fui para a televisão, fazer
a apologia do consumo em 2008, diziam que se perderia emprego",
afirmou. "Eu disse: pode perder, mas vão perder mais fácil se não
consumirem. E a crise [no 1º Mundo] só piorou de lá para cá, não melhorou na
Europa".
FONTE: de Elder Ogliari, da “Agência Estado”, no jornal “O Estado de São Paulo” que se autodeclarou tucano em editorial de 2010
(http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/lula-diz-que-derrotas-em-1989-1994-e-1998-foram-necessarias) [Imagem do google e pequenos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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