quinta-feira, 29 de maio de 2014

MÁ NOTÍCIA PARA AÉCIO





Aécio, é o pessoal do “empreguinho” que vai decidir a eleição

Por Fernando Brito

Há uma má notícia para Aécio Neves no trabalho feito pelo economista Rodrigo Leandro de Moura, da Fundação Getúlio Vargas (aqui, em PDF).

Aécio, como se sabe, debochou do nível de emprego do Brasil dizendo que são “empreguinhos de dois salários mínimos”.

E seu guru econômico, o "Ministro das Medidas Impopulares", Armínio Fraga disse que “o salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos” (quem quiser ouvir, clique aqui), embora o nosso povo ache que ainda é pouco.

É que o professor Rogério mostrou que, com a elevação do mínimo e a inclusão de muitos brasileiros em programas assistenciais a ele vinculados, passou de 17,1 para cerca de 21% o número de eleitores que ganham um salário-mínimo.

E para perto de 50% o de eleitores que têm, na sua família, alguém com renda nesse valor.

Veja que nem é todo mundo dos “empreguinhos de dois salários mínimo”. É só de um!

O estudo diz que “se comparado com períodos anteriores, o reajuste real concedido em janeiro de 2014, levou o SM a atingir o maior valor histórico da série, desde o final da década de 1960“.

O professor Rogério, antes que se diga que é um “agente do petismo”, concorda (ao menos em parte) com o Ministro da Impopularidade e acha que “a regra atual de reajuste do salário mínimo, válida até janeiro de 2015, é extremamente onerosa para o setor público e para as empresas, o que tende a acarretar pressões inflacionárias crescentes.” "Além disso, quando esses aumentos deixarem de ser sancionados pelo mercado de trabalho, como ocorreu nos últimos anos, aquela regra vai gerar desemprego.

Discutível, no mínimo. Tivemos anos, décadas de arrocho salarial e desemprego simultâneos.

Mas ele crava uma agulha nas possibilidade eleitorais de Aécio: “cada vez mais, portanto, o típico eleitor brasileiro é alguém que ganha um salário mínimo, o que pode gerar uma vantagem para o governo situacionista nas próximas eleições. Isso decorre do grande aumento do número e do valor da remuneração vinculada ao salário mínimo nos últimos dez anos, em que o atual partido governista esteve no poder”.

Que audácia destes “pobres”, não é? Imaginem, querem escolher o Presidente com o estômago!"


FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=17717).

COMPLEMENTAÇÃO

Crescimento real nos salários pagos entre 2008 e 2012 foi mais de 35%

Por Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil (Edição: Graça Adjuto)

"O salário médio mensal pago pelas empresas e outras organizações apresentou aumento real de 10,1% entre 2009 e 2012. O crescimento real se deu em todos os anos, tendo fechado 2012 com alta de 2,1% (para R$ 1.943,16), em relação a 2011, quando o salário médio real já havia subido 4,7%.

Os dados fazem parte da pesquisa "Cadastro Central de Empresas" (CEMPRE), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando hoje (28), com informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organização formalmente constituídas no país.

Os dados indicam também que a melhora na qualidade e no número de empregos fez com que o total de salários e outras remunerações pagos por empresas e organizações, entre 2008 e 2012, acumulasse crescimento de 35,3% e se desse em todos os anos analisados pela pesquisa. Em 2012, esse aumento foi 7,1%.

Em entrevista à Agência Brasil, o gerente da pesquisa, Bruno Erbisti Garcia, disse que o crescimento real do total de salários pagos é consequência direta da melhoria da qualidade e do número de pessoas ocupadas. “Cresce o número de pessoas empregadas e cresce também a média salarial. É um crescimento que tem ocorrido nos últimos anos, aconteceu de forma bem expressiva de 2010 para 2011, em 2012 esse crescimento foi menor, porém o salário médio real ainda continua crescendo – tanto no emprego quanto na média salarial”.

Garcia ressaltou que nos últimos quatro anos tem havido crescimento real na massa de salário pago, na comparação anual. “Há também tendência de aumento na qualificação do emprego e equalização maior entre homens e mulheres no mercado de trabalho”, disse.

O aumento de 10,1% na média mensal do salário, de 2008 a 2012, ocorreu nas 20 seções observadas na pesquisa do IBGE, com destaque para as atividades das indústrias extrativas (44,5%), a saúde humana e os serviços sociais (21,3%) e a construção (20,5%)."


FONTE: por Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil (Edição: Graça Adjuto)  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-05/crescimento-real-no-total-de-salarios-pagos-entre-2008-e-2012-foi-de-mais).

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