A Folha de São Paulo de ontem publicou a seguinte reportagem de Janaina Lage e Cirilo Junior:
“A Eletrobrás decidiu retomar os planos de internacionalização, apesar da crise global. A estatal deve aprovar na próxima reunião do Conselho de Administração, marcada para o dia 26, um plano de ações estratégicas até 2012 e um plano de negócios que prevê diretrizes para um período de dez anos.
O foco principal é a expansão do parque gerador nacional, mas há espaço para investimentos no exterior. Os primeiros projetos serão feitos no Peru e na Argentina.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou na semana passada que até o fim do primeiro semestre a estatal concluirá estudos para definir o investimento em cinco usinas hidrelétricas no Peru, com entrada em operação prevista para daqui a quatro ou cinco anos.
"Trata-se de um plano de integração energética da América do Sul. É uma estratégia de governo, de geopolítica e de integração de energia", disse.
A Eletrobrás anunciou investimentos de R$ 7,2 bilhões em 2009. A geração de energia corresponde à principal parcela, com R$ 3,668 bilhões.
A empresa franco-belga Suez Energy, sócia da Eletrobrás na usina de Jirau, no rio Madeira, manifestou interesse em atuar como parceira no projeto. A estatal afirma que o potencial de investimentos dos projetos em análise na Argentina e no Peru chega a R$ 21 bilhões em geração e transmissão de energia, caso eles se mostrem técnica e financeiramente viáveis. O total de projetos em análise na América do Sul e na África soma US$ 40 bilhões.
Segundo a Eletrobrás, existem 15 hidrelétricas no Peru em fase de estudos. Dessas, 6 estão em estágio adiantado.
Em outubro, a Eletrobrás assinou um acordo de cooperação técnica com Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht Peru e Engevix para a elaboração de estudos de pré-viabilidade de cinco usinas.
Na Argentina, a ideia é levar adiante a usina hidrelétrica binacional de Garabi, que seria instalada no rio Uruguai, na fronteira entre a Argentina e o Rio Grande do Sul. A lista de projetos em análise inclui ainda projetos em países como Angola, Namíbia e Nicarágua.
Houve conversas também com Bolívia, Colômbia, Equador, El Salvador, Guiné-Bissau, Guiana, Marrocos e Nigéria.”
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