sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA CONTINUA CRESCENDO, MESMO APÓS ACIRRAMENTO DA CRISE

Li ontem no “UOL INFO MONEY”:

“A classe C, também denominada como nova classe média, cresceu, entre dezembro de 2002 até abril de 2008, 24,55%, equivalendo a 53,81% da população brasileira. E, ao contrário do que se poderia imaginar, mesmo após o acirramento da crise financeira internacional, o grupo continuou crescendo.

A conclusão consta do estudo divulgado, nesta quarta-feira (11), pela FGV (Fundação Getulio Vargas), intitulado "Crônica de uma Crise Anunciada: Choques Externos e a Nova Classe Média".

Entre setembro e dezembro do ano passado, a classe C apresentou evolução de 1,24%. De acordo com o estudo, o índice apurado supera todos os apontamentos para o mesmo período em anos anteriores, com exceção de 2004.

Já as outras classes encerraram 2008 com a seguinte representatividade: E (17,38%), D (13,18%) e AB (15,33%), sendo que esta última, ao contrário da classe C, começa a sentir os efeitos da crise, caindo 0,65% nos últimos meses do ano passado, enquanto em 2007 e 2006 apresentou aumentos superiores a 3%.

POR QUE ELA RESISTE?

Ainda segundo a pesquisa, apesar da ênfase que se dá aos programas sociais do governo, o crescimento do emprego formal talvez seja o elemento mais importante do ressurgimento da centralidade da classe média brasileira.

Por outro lado, diz o estudo, as transferências de renda oficiais aos mais pobres, calcadas no tripé Bolsa-Família, PAC Educacional e Ações de Acesso a Mercados de Produtores pobres criou uma plataforma de prestação de serviços a baixa renda, que no cenário atual pode fazer a diferença, pois, de certa forma, dá ao mercado consumidor a população mais humilde.

Além disso, o trabalho de estratégias de acesso a mercados ganha relevância no momento atual de escassez de demanda e de políticas anticíclicas, mesmo que ainda falte visão clara sobre alguns pontos.

O estudo destaca ainda alguns pontos que ajudam a amortecer os efeitos da crise no país, como a política fiscal, monetária e até a adaptabilidade do brasileiro à crise, entre outras coisas. Contudo, alerta, tais estratégias não são totalmente seguras.”

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