Secretário de Direitos Humanos diz que ação de Israel não condena judeus
"O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, comentou hoje (3), o ataque de Israel à flotilha com ajuda humanitária, ocorrido na última segunda-feira (31), e pediu para que não se transfira para o povo judeu uma condenação contra uma ação de Estado.
“Na hora que o Estado de Israel faz um ataque tão truculento e odioso, as pessoas que não conhecem melhor a vida política podem puxar velhos sentimentos de preconceito racistas, antissemitas, no sentido de começar a fazer condenações aos judeus”, avaliou.
Vanucchi disse que o ataque à Flotilha da Paz, como é chamada a embarcação, foi coordenado pela linha de ultradireta que dirige o Estado de Israel e não pela comunidade judaica. “O ataque não foi feito pelos judeus. Os judeus também protestaram. Não podemos ficar confundindo essas coisas”, afirmou, durante a abertura do Congresso Brasileiro de Saúde Mental, no Rio.
“Existe uma parte da comunidade judaica, que hoje dirige o Estado de Israel, capaz de promover essa chacina, em vez de utilizar sua capacidade militar para impedir a frota de avançar. Mas, entre os judeus, há pessoas que lutam pela liberdade e pela justiça”, completou.
O ministro lembrou que a atitude israelense foi condenada internacionalmente pelos governos de vários países, inclusive pelo Brasil, e por entidades do mundo inteiro. “O ministro Celso Amorim [das Relações Exteriores] chamou o embaixador de Israel, que é o procedimento da praxis diplomática, para expressar claramente a repulsa brasileira àquele gesto”, afirmou.
Vanucchi contou que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) por pouco não integrava a comitiva que seguia em direção à Faixa de Gaza. Ele voltou a defender o diálogo para promover a paz no Oriente Médio.
O ataque de Israel ao navio humanitário, que navegava em águas internacionais e levava alimentos aos refugiados de Gaza, terminou com a morte de nove ativistas. O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) deve investigar a ação."
FONTE: reportagem de Isabela Vieira publicada pela Agência Brasil e portal UOL.
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2 comentários:
Concordo que em Israel há grupos, como o Gush Shalom, que lutam pela paz e pela justiça, contudo, programas patrocinados pela Comunidade Judaica, veiculados em TVs do Brasil, são favoráveis a Israel. Suponhamos que eu não fosse judeu, mas vivesse em Israel e fizesse campanhas favoráveis aos palestinos, muito provavelmente seria expulso daquele país ou até mesmo morto como tem acontecido muitas vezes e amplamente divulgado pela mídia.
Concordo que em Israel há grupos, como o Gush Shalom, que lutam pela paz e pela justiça, contudo, programas patrocinados pela Comunidade Judaica, veiculados em TVs do Brasil, são favoráveis a Israel. Suponhamos que eu não fosse judeu, mas vivesse em Israel e fizesse campanhas favoráveis aos palestinos, muito provavelmente seria expulso daquele país ou até mesmo morto como tem acontecido muitas vezes e amplamente divulgado pela mídia.
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