sábado, 19 de novembro de 2011

A CADEIA PRODUTIVA DA ENERGIA NUCLEAR


Por Luis Nassif

“Francisco Rondinelli Jr, Coordenador de Planejamento do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) [expôs] no ‘Seminário Brasilianas’:

-Nenhuma das fontes sozinha [hidráulica, nuclear, eólica, solar, a óleo, a lenha, a carvão etc] dará conta da demanda energética [do Brasil].

-O Brasil é um dos três únicos países - ao lado da Rússia e EUA - que tem urânio e condições tecnológicas [para aproveitá-lo].

-[Temos] história de sucesso de desenvolvimento, no programa Marinha-IPEN, da tecnologia de enriquecimento do urânio. Sendo transferido agora para as ‘Indústrias Nucleares Brasileiras’.

-Outro projeto, o do reator multipropósito brasileiro.

Dois anos atrás, houve crise de fornecimento de radioisótopos para medicina. 60% do fornecimento mundial eram supridos pelo Canadá, que saiu de operação. O Brasil fez esforço enorme para compensar a ausência do Canadá. Aí, [nasceu] proposta do reator brasileiro, empreendimento de R$ 1 bilhão, fundamental para a medicina nuclear no Brasil. Inclusive, objeto da flexibilização do monopólio do urânio, para abrir espaço para a iniciativa privada.

-Além da medicina, outros segmentos:

O IPEN é referência nacional de aplicação de técnicas nucleares. No Brasil, [essas técnicas têm] potencial [de aplicação também] em ‘agrobusiness’. A Embrapa usa técnicas nucleares para pesquisas com fertilizantes.

Temos capacidade de irradiador nuclear. O Polo de Frutas em Petrolina tem projetos para irradiação de frutas, cada qual exigindo um processo diferente. Os EUA somente aceitam fruta irradiada, que limpa os fungicidas.

-Outra aplicação: fábrica de moscas, que também existe em Petrolina. Produz moscas estéreis, fazendo barreira biológica para moscas de frutas. Utilizada em vários países do mundo.

-No ano passado, houve estudos da cadeia produtiva do setor nuclear, do ciclo do combustível a outras aplicações. Há algumas oportunidades no tratamento de pedras irradiadas. Hoje em dia, exporta-se pedra em estado bruto. Com irradiação, ganha-se mercado fantástico de pedras trabalhadas.

Precisamos de políticas públicas que incentivem esses tipos de aplicações.”

FONTE: escrito por Luis Nassif em seu portal (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-cadeia-produtiva-da-energia-nuclear#more) [imagem do Google e trechos entre parênteses acrescentados por este blog ‘democracia&política’].

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