Angela Merkel conseguiu manter-se no cargo
Luis Nassif
“Explicação de Leonan dos Santos Guimarães, da Eletronuclear, sobre a decisão da chanceler alemã Angela Merkel de abolir a energia nuclear no país, durante 'Seminário Brasilianas sobre Energia Nuclear':
Em 2001, entrou em crise a coalizão que sustentava o chanceler Gerhard Schoereder. O terceiro partido do país é o Partido Verde - com 20% do eleitorado, fato único entre os PVs do mundo.
Para recompor a coalizão, Schoereder ofereceu o abandono da energia nuclear a partir de 2022.
Algum tempo depois, caiu o gabinete Schoereder, sendo substituído pelo de Merkel, do CDU. A primeira decisão de Merkel foi prorrogar o prazo de desativação das usinas para 2034, devido às implicações econômicas e sociais da decisão.
Aí, teve que enfrentar a própria crise da sua coalizão e buscar o apoio do Partido Verde - antes mesmo do acidente de Fukushima. As primeiras abordagens foram mal recebidas. Quando ocorreu o acidente no Japão, no dia seguinte Merkel foi à TV, anunciando a suspensão em definitivo da sua lei [visando a se manterem na liderança do governo, ela e a frágil coalizão que a apoiava]. A decisão foi altamente ‘midiatizada’. O PV aceitou, então, ingressar na base de coalizão de Merkel.
Como lembrou Ricardo Galvão, da ‘Sociedade Brasileira de Física’, com a decisão, o déficit energético da Alemanha subiu para 2 gigawatts, aumentando para 5 gw no inverno.” [criando, por razões imediatistas partidárias, gigantesco problema econômico e social sem solução no curto prazo].
FONTE: escrito por Luis Nassif em seu portal (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/porque-a-alemanha-aboliu-a-energia-nuclear#more) [imagem do Google e trechos entre parênteses acrescentados por este blog ‘democracia&política’].
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