quarta-feira, 6 de março de 2013

NASCE HUGO CHÁVEZ, O MITO


Por Eduardo Guimarães, no “Cidadania”

“Gostaria de acreditar que, enquanto a maioria absoluta dos venezuelanos chora copiosamente a “morte” de Hugo Rafael Chávez Frías, não existe quem a esteja comemorando. Entretanto, não me iludo. Apesar de ser um homem de paz que nunca revidou com violência a violência que sofreu nos idos de abril de 2002, Chávez era odiado com fervor por uma minoria.

Seus inimigos não o combateram por seus defeitos, que, como qualquer ser humano, deveria ter muitos. Não, não. Ele foi combatido por suas qualidades, porque sua obra – que ultrapassou as fronteiras de seu país – tornou o mundo mais justo e a vida dos compatriotas desvalidos menos penosa.

Foi chamado de “ditador”, mas nenhum governante das três Américas jamais se apresentou tantas vezes ao voto popular limpo e inquestionável quanto ele. De 1999 até o ano passado, incontáveis foram as eleições que venceu sem que nunca um só questionamento à lisura dos processos eleitorais que lhe deram as vitórias tenha sido sequer levado a sério.

Chávez logrou fazer da Venezuela a campeã das Américas em redução da pobreza e da desigualdade social. Sua obra social, como não podia ser atacada por conta de êxitos como o de tornar o seu país o segundo da América Latina, ao lado de Cuba, a extirpar a chaga do analfabetismo, foi ignorada pela mídia internacional e até pela venezuelana.

Nunca me esquecerei de uma viagem que fiz à Venezuela em 2007, quando fui a um dos morros que cercam Caracas e, em visita ao uma unidade do programa social de Chávez que acabou com o analfabetismo, vi adolescentes e até adultos recém-alfabetizados estudando a constituição do país.

Mas a obra de Chávez extrapolou as fronteiras de seu país natal. A revolução bolivariana se espalhou pela América Latina. Sua influência mais forte tem sido sentida na Argentina, na Bolívia e no Equador, com um modelo revolucionário que reformou constituições e democratizou a comunicação de massas.

Perto da redução da pobreza, da miséria e da desigualdade que Chávez promoveu, a que conseguimos no Brasil, em comparação proporcional, não lhe chega nem aos pés. Isso porque, com risco da própria vida e sacrificando a paz pessoal, ele comprou brigas com poderes imensuráveis que, se não tivesse comprado, teria tido uma vida mais fácil no poder.

Dolorosamente, a morte física de Chávez será explorada de forma nauseabunda por multibilionários das mídias de ultradireita que infestam esta parte do mundo. Tentarão culpá-lo pela própria morte. Em lugar de destacarem sua obra, destacarão o processo sucessório na Venezuela.

A esses, digo que, se antes tinham poucas chances de derrotar esse herói latino-americano, esse verdadeiro patrimônio da humanidade, agora suas chances são nulas, morreram fisicamente com ele, que acaba de renascer. Hugo Rafael Chávez Frias renasceu, chacais da miséria humana. Tornou-se um mito que os assombrará até o fim dos tempos.

Morto fisicamente, Chávez adquiriu poderes que nem todos os editoriais, colunas, telejornais ou reportagens mal-acabadas da Terra conseguirão equiparar. Sua verdadeira história só agora começará a ser contada às gerações futuras, mostrando que, quando um homem devota sua vida ao bem comum como ele fez, torna-se imortal.

Descanse em paz, Hugo.”

FONTE: escrito por Eduardo Guimarães, no seu blog “Cidadania” (http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/nasce-hugo-chavez-o-mito/).

4 comentários:

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkk! Hugo chaves da paz. Me poupem de ler uma besteira dessa, afinal, se nao me engano, este chaves que se foi (pra mim nao faz diferença, e nao vou ser hipocrita de dizer que estou triste, pois sei que infelizmente morrem milhares de pessoas por dia no mundo, né chorão RIP), é o mesmo que organizou um golpe para chegar ao poder na decada de 90, entao, nao me venham colocar esse senhor no alto de nenhum pedestal.

Unknown disse...

Unknown,
Seu comentário é típico de um unknown a serviço dos EUA e da direita antissocial.

Unknown disse...

Não sou da direita, e acho isso de direita, esquerda, centro, uma palhaçada, onde casa termo tem suas vantagens e desvantagens, acredito que um governo deve mesclar os três.
Só para constar, votei no Lula em 2006, e na Dilma em 2010 (não votei no Lula em 2002, porque nao tinha a idade mínima ainda, mas meus pais votaram), e vou ser Dilma em 2014 com certeza, afinal está enfrentando os folgados dos sindicalistas, os folgados dos funcionarios publicos, os bilionarios do setor bancario e etc. Com a Dilma o Brasil vai definitivamente, criar seu caminho para se tornar um país de primeiro mundo.

Unknown disse...

Unknown,
Ainda bem que foi só uma impressão falsa que me causou seu 1º comentário. Pareceu alegre com a morte de Chávez. Seria tipico de americanófilo (antigovernos de esquerda latino-americanos menos obedientes aos EUA). Quando digo "esquerda", significa "mais voltado para a melhoria da vida do povo". "Direita" é a que "privilegia o capital, em detrimento do povo se preciso for".
Maria Tereza