sábado, 11 de maio de 2013

“CUBA É O MELHOR PAÍS DA AMÉRICA LATINA PARA A MATERNIDADE” , conclui ONG britânica:


Cubanas comemoram 1º de maio em Havana. País caribenho está à frente de Argentina, Costa Rica e México em índice sobre maternidade [e já se aproxima dos índices dos EUA]

“No topo da lista, elaborada entre 176 países, está a Finlândia, enquanto a República Democrática do Congo está em último

Cuba é o melhor país da América Latina para a maternidade e o 33º do mundo, segundo um índice da organização britânica “Save the Children”. No topo está a Finlândia, e a República Democrática do Congo em último. Os Estados Unidos estão em 30º lugar [similares a Cuba].

A ONG, cuja sede fica em Londres, leva em conta fatores como bem-estar, saúde, educação e situação econômica das mães, assim como a taxa de mortalidade infantil e materna, para definir a tabela.

Levando em conta somente a América Latina e Caribe, Cuba está à frente da Argentina (36º), Costa Rica (41º), México (49º) e Chile (51º). O Haiti está no 164º lugar. Também em postos relativamente baixos estão Honduras (111º), Paraguai (114º) e Guatemala (128º). A Venezuela está em 66º.

"Apesar de a América Latina ter conseguido enormes avanços, podemos fazer mais para salvar e melhorar a vida de milhões de mães e bebês recém-nascidos que se encontram na maior situação de pobreza", afirmou o diretor da “Save the Children” para a América Latina, Beat Rohr. Ele disse que os maiores avanços foram registrados no Brasil, Peru, México e Nicarágua.

O “Índice de Risco do Dia do Parto”, elaborado pela primeira vez, revela que 18% de todas as mortes de crianças menores de 5 anos na América Latina ocorrem durante o dia de nascimento. As principais causas são nascimentos prematuros, infecções graves e complicações durante o parto.

Contudo, a mortalidade neonatal na região diminuiu 58% nas últimas duas décadas, apesar de ainda existir grande diferença na atenção dada às pessoas ricas e às com menos recursos, ressalta o estudo. A “Save the Children” estima que, em nível mundial, mais de um milhão de recém-nascidos poderiam ser salvos todos os anos caso o acesso à saúde fosse universal.

"Quando as mulheres têm educação, representação política e uma atenção materna e infantil de qualidade, elas e seus bebês têm muito mais probabilidades de sobreviver e prosperar, assim como a sociedade na qual vivem", sublinhou Rohr.”

FONTE: da agência estatal espanhola de notícias EFE. Publicado no site “Opera Mundi” e transcrito no portal UOL (http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/28769/cuba+e+o+melhor+pais+da+america+latina+para+ser+mae+diz+estudo+.shtml).

COMPLEMENTAÇÃO

Da agência estatal britânica BBC (Brasil):

PESQUISA REVELA PAÍSES COM PIORES CONDIÇÕES PARA MATERNIDADE



Pesquisa aponta que os EUA têm a pior taxa de morte de recém-nascidos entre os mais ricos

A República Democrática do Congo é o pior lugar do mundo para ser mãe e criar um filho, de acordo com uma pesquisa divulgada pela ONG internacional “Save the Children”.

No topo da lista de 176 países, como aquele que oferece as melhores condições para a maternidade, o estudo coloca a Finlândia, seguida por Suécia e Noruega, enquanto que o Brasil ocupa a 78ª posição.

A “Save the Children” comparou fatores como saúde das mães, mortalidade infantil, educação e salários em 176 países.

A pesquisa diz que o dia mais crítico para a sobrevivência de uma criança é o primeiro, e cerca de 1,04 milhão delas morrem ao redor do globo todos os anos justamente nesse período.

Somente a Índia é responsável por 29% das mortes anuais nas primeiras 24 horas em todo o mundo, com mais de 300 mil óbitos.

Todos os países que ficaram listados nas últimas dez posições estão na região da África subsaariana. Nessas nações, todos os anos, em média, uma em cada 30 mulheres morre devido a complicações pós-gestação e uma em cada sete crianças morre antes de completar cinco anos.

CONGO

Na República Democrática do Congo, a guerra e a pobreza deixam as mães desnutridas e sem apoio exatamente no momento em que precisam de mais atenção e cuidados.

Acima do país, os outros nove países no pé da lista são a Somália, Serra Leoa, Mali, Níger, República Centro-Africana, Gâmbia, Nigéria, Chade e Costa do Marfim.

A “Save the Children” diz que a falta de uma nutrição adequada é um dos pontos principais por trás da alta taxa de mortalidade das mães e dos bebês nessa região do continente africano e que, nesses países, entre 10% e 20% das mães estão abaixo do peso.

Em comparação, os resultados também mostram que, na Finlândia, o risco de uma mulher morrer durante a gestação é de uma para cada 12.200 e no quesito educacional, uma criança finlandesa passa em média 17 anos nos bancos escolares.

Suécia, Noruega, Islândia e a Holanda também figuram entre os dez melhores países para ser mãe e criar uma criança, enquanto os Estados Unidos aparecem na 30ª posição.

BRASIL

O Brasil foi listado pelo estudo como parte de um grupo de 12 países em desenvolvimento que atingiram [grandes] avanços nos últimos anos, incluindo ainda Peru, Egito, China, México, Laos, Bangladesh, Guatemala, Indonésia, Vietnã, Camboja e Nepal.

"Esses 12 países reduziram significativamente suas taxas de mortalidade de recém-nascidos desde 1990". De acordo com a “Save the Children”, desde 1990 [especialmente desde 2003] o Brasil reduziu essa taxa em 64%, e a organização vê o país como um dos poucos que reduziram o desequilíbrio entre ricos e pobres no que tange o acesso ao sistema de saúde.

O relatório diz que o “Sistema Único de Saúde” (SUS), criado em 1988, foi responsável pela universalização do atendimento de saúde gratuito, incluindo áreas remotas e pobres do país.

Um indicador citado pela pesquisa para ilustrar o avanço é o atendimento médico recebido pelas mães que integram a parcela 20% mais pobre da população brasileira. Em 1996, apenas 30% eram atendidas, já em 2007 o número passou para 97%.

Quanto ao tratamento pré-natal, a taxa de mulheres com acesso a cuidados apropriados durante a gestação aumentou de 53 para 93% no mesmo intervalo de tempo.

Além disso, a organização vê avanços em saneamento básico, educação das mulheres, aleitamento materno, imunização, e transferência de renda, com programas sociais.

Mesmo assim, há uma avaliação crítica. "Apesar desses avanços, grandes desafios permanecem, incluindo o excesso de intervenções hospitalares durante o parto (com a maioria das crianças nascendo por cesárea), mortes de mães causadas por abortos ilegais, e alta frequência de partos prematuros”, diz o estudo.

ESTADOS UNIDOS e ÍNDIA

Surpreendentemente, a pesquisa revelou que os Estados Unidos têm a taxa de mortalidade infantil mais alta entre os países desenvolvidos na faixa etária dos recém-nascidos, registrando a morte de 11,3 mil bebês no mesmo dia de seu nascimento todos os anos.

[Vejamos, a seguir, o texto pueril e ridículo da estatal inglesa BBC tentando desculpar a situação ruim dos EUA. Pois se “taxa da mortalidade”, uma fração que já considera nº de mortes/tamanho da população. O fato de a população ser grande ou pequena não influi na taxa e não pode ser justificativa para resultados ruins dos EUA. Segue a tentativa de defesa feita pela BBC:] “Segundo a ONG, isto se deve em parte à grande população americana, assim como ao alto número de bebês nascidos diariamente no país, que tem uma das mais altas taxas de natalidade do mundo.

Já a Índia tem mais mortes de mães do que qualquer outro país, com 56 mil por ano, incluindo mortes durante o parto e a gestação.

"Na Índia, o crescimento econômico tem sido impressionante, mas os benefícios não foram divididos de forma equilibrada", diz o relatório.”

FONTE DA COMPLEMENTAÇÃO: agência estatal britânica de notícias BBC (Brasil). Transcrito no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/pesquisa-revela-paises-com-piores-condicoes-para-maternidade). [Título e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política].

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