terça-feira, 6 de maio de 2014

AS "MEDIDAS IMPOPULARES" PROMETIDAS POR AÉCIO E CAMPOS


Mídia e a direita (demotucanos e agora também o PSB) sempre afinados no "arrocho"


Diminuir salários e empregos no Brasil é pena de morte

Do "Jornal GGN"

Por SergioMedeirosR (Comentário ao post "Eleições: conversa entre presidenciáveis finalmente fica clara": [ver neste 'democracia&política em http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/05/dilma-aecio-e-eduardo-dando-nome-aos.html]

"Adotar as medidas impopulares do PSDB e do PSB de Campos, de cessar a politica de aumento real do salário mínimo e do pleno emprego, significa, de pronto, condenar alguns milhões de brasileiros à morte.

Tudo em nome do "mercado"

A diferença entre a politica econômica atualmente adotada no Brasil em relação ao salário mínimo e ao incentivo à criação de empregos, e a do resto do mundo, é centrada em dois pontos básicos: enquanto no Brasil temos pleno emprego e valorização real dos salários, nos demais países (Europa e Estados Unidos como base de comparação) vemos desemprego em massa e a contínua retirada de direitos sociais...

Tal realidade pode ser facilmente aferida em países da Europa, sendo os exemplos mais candentes o da Espanha, Grécia, Portugal, Itália, França...

No governo anterior, FHC-PSDB(1994-2002), para não levar adiante uma politica de aumento real do salário mínimo, este afirmava que o aumento de salário "gerava inflação e desarrumava as contas públicas".

Isso significava a manutenção de milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza (que nada mais é que uma sentença de morte com requintes de crueldade – ou pior, a sub-raça que estava se formando pelo desenvolvimento mental incompleto, pela falta de ingestão diária de nutrientes básicos, em outros termos, pela falta de comida).

A politica do governo Lula e Dilma desmentiu tal teoria de FHC/PSDB e de economistas como Armínio Fraga (ligado ao PSDB) e outros ..

Durante os Governos Lula Dilma – 2003 a 2014, o salário mínimo teve aumento real acima da inflação de mais de 73 por cento, e o Brasil não quebrou nem deixou de se desenvolver, nem a inflação estourou a meta (no último mandato de FHC, a inflação foi bem maior que a atual, que a mídia diz, de boca cheia, que está alta). [Ele passou o governo com inflação de 12,5% e fortemente ascendente].

Ainda, algo tão ou mais importante, tal politica não se encerra na questão atinente ao salário mínimo.

É que a valorização real do salário mínimo não se reduz somente à esfera do salário mínimo, o aumento desse influencia diretamente no aumento das demais faixas salariais, ou seja, o aumento do salário mínimo faz com que, efeito cascata, os demais salários acima desse patamar também aumentem.

Reitero, não somente o salário mínimo, mas todos os salários, sejam os percebidos junto à iniciativa privada, sejam junto ao setor público, também aumentaram em termos de valores reais, na contramão do resto do mundo.

E ai, eis o paradoxo, chega perto das eleições e a maior parte das categorias profissionais, enganada pela mídia oficial e líderes oportunistas, apesar de terem tido aumentos acima da inflação ... reclama porque seu salário não aumentou na mesma proporção do salário mínimo.

Ora, o que realmente importa é se os salários aumentaram mais que a inflação, se o poder de compra aumentou, se existem empregos disponíveis para quem queira trabalhar...isso é o que importa...

Frisa-se... Vejam a Europa, com toda a riqueza, com todo o poderio econômico... lá, indiscutivelmente (é fato incontroverso) existe uma crise sem precedentes de falta de empregos...Na Espanha chega a quase 30%....

Enquanto isso, no Brasil, há pleno emprego.

E aí, novamente vem esses políticos oportunistas, e seus economistas de plantão, dizerem que "o Brasil não pode dar aumento real de salários porque isso está inibindo o crescimento da economia".

Ora, muito pelo contrário, o Brasil é a prova concreta de que aumentar salário não gera inflação, mas sim aumenta a produção interna e reduz a desigualdade.

Eles sabem disso, mas o que eles querem é aumentar a margem de lucro, principalmente externa, por isso o desprezo pela atual política de valorização dos salários e pleno emprego.

Em outros termos, os ricos passaram a ganhar um pouco menos com este crescimento moderado, mas a imensa maioria do povo brasileiro passou a ter melhores condições de vida, pois houve melhor distribuição dos lucros advindos da atividade produtiva.

E aí está a questão, nem mesmo essa ínfima parcela eles estão dispostos a deixar de ganhar...

Mas a questão não se encerra no simplismo do salário mínimo e do pleno emprego.

A se adotarem medidas que tenham o condão de estagnarem os salários mínimo e médio e as vagas de emprego, as micro e pequenas empresas seriam diretamente atingidas e todos os trabalhadores/empresários que nelas laboram.

O que diria esse grande contingente de pequenos e microempresários se, de uma hora para outra, seus clientes começassem a minguar...

Haveria luta fratricida entre eles, porque, ao tentarem se manter no mercado, iriam cada vez mais se endividando, até um ponto insuportável e, a partir daí, somente as grandes sobreviveriam.

Todos perderiam.

Outro ponto, os mecanismos de crédito e os incentivos para a produção e desenvolvimento, que permitiram que imensidade de pequenas empresas florescesse, em face da tal turbulência também cessariam...

Por isso, pequenos empresários, vocês também pensem muito e cautelosamente... a questão não se resume ao salário dos demais trabalhadores, mas sim ao fato de que vocês dependem dessa nova classe de consumidores.

Quem vende, seja serviço ou outros produtos, vende no varejo, a muitas pessoas, aos trabalhadores e aos da hoje considerada classe média (baixa).

Pequenos e microempresários, ...os ricos nunca foram os que movimentaram seu mercado, ainda mais o tipo de mercado de consumo que vocês desenvolvem, que necessita de milhões de clientes...

Pensem de novo, pensem que seu sucesso depende de uma economia com pleno emprego e com capacidade para consumir seus produtos..

Olhem seu mercado consumidor ..seus clientes, e vejam como seria desastroso se essas pessoas tiverem diminuídos seus ganhos...

E isso para todos, desde o vendedor de cachorro quente até para o vendedor de carros ou imóveis.

Imaginem um quadro apenas um pouco desfavorável, onde um aumento do desemprego ocorra.

Nesse contexto, tirando os diretamente atingidos, os primeiros a sentirem tais efeitos serão logicamente os pequenos empresários ...

A batalha pela sobrevivência aviltará seus preços... e ainda terão que ouvir... "é o mercado"... "é a livre inciativa"..."somente os capazes sobrevivem"...

Pensem um pouco... não demanda grande raciocínio, esses são apenas alguns dados...

Comparem esses dados com a propaganda dos grandes jornais, com as medidas impopulares que o PSDB de Aécio e o PSB de Campos estão pregando (que eles dizem que são necessárias - desemprego e término dos aumentos reais de salário) e escolham cautelosamente seu destino."

FONTE: "Jornal GGN"  (http://jornalggn.com.br/noticia/diminuir-salarios-e-empregos-no-brasil-e-pena-de-morte). [Título, imagem do google e sua legenda adicionados por este blog 'democracia&política'].

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