O site português “resistir.info” publica hoje um importante alerta sobre o momento difícil da Bolívia.
Domingo próximo (04 maio), ocorrerá em Santa Cruz de la Sierra um plebiscito para ratificar o que chamam de "estatuto autonômico". O documento é separatista.
Vejamos o texto do referido site de Portugal:
BOLÍVIA: CONSPIRAÇÃO PARA DIVIDIR
“Após a secessão do Kosovo, província sérvia tornada "independente", é a Bolívia que o imperialismo tenta dividir.
O processo de mudanças em favor da maioria dos bolivianos corre o risco de ser travado brutalmente.
A ascensão ao poder de um presidente indígena, eleito com apoio sem precedentes, e seus programas de beneficio popular e de recuperação dos recursos naturais, tiveram que enfrentar desde os primeiros momentos as conspirações oligárquicas e a ingerência imperial.
Nos últimos dias, a escalada conspirativa atingiu níveis sem precedentes. As ações subversivas e anticonstitucionais dos grupos oligárquicos para dividir o país refletem uma mentalidade racista e elitista. Eles atentam contra a integridade da Bolívia e desestabilizam toda região.
A história mostra as terríveis conseqüências de processos divisionistas e separatistas induzidos e insuflados por interesses estrangeiros.”
O “blog do Nassif” (ver à direita em “recomendamos”) também hoje chama a atenção do leitor (texto a seguir) para o grave risco de esfacelamento da Bolívia, com conseqüências extremamente negativas para o Brasil e para a América do Sul.
“A SECESSÃO BOLIVIANA”
(Por graciliano)
“Nassif, peço licença para fazer um alerta que me parece oportuno e urgente: neste domingo, ocorre no ‘departamento’ (Estado,na Bolívia) de Santa Cruz de la Sierra um plebiscito para ratificar o que chamam de "estatuto autonômico".
O documento é separatista e o governo central, de Evo Morales, poderá ser forçado a reprimir caso vença o "sim".
A oposição oligárquica, que governa os departamentos de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija (os mais ricos da Bolívia) tem usado de violência sistematicamente, inclusive com grupos de jovens treinados por ex-militares chilenos.
A mídia brasileira não tem dado atenção ao tema, que pode afetar diretamente nosso país e toda a América do Sul. Caso os cruzenhos consigam criar o que chamam "Estado Camba" ("camba" é um patronímico para quem nasce em Santa Cruz), o novo país poderá ser reconhecido imediatamente por países afinados com os EUA, como israel e Colômbia, e, afinal, pelos próprios EUA. Não estou exagerando, baseio-me em visitas recentes àquele país, onde ouvi os vários lados.
Seria importante que o governo brasileiro desestimule oficialmente esta tentativa de secessão no país vizinho, com o qual temos muitos interesses comuns. Além do que não convém a ninguém um enclave militarizado no centro do nosso continente.
Por favor, permita-me chamar a atenção dos comentaristas sobre este assunto, que somente será notícia depois do previsto conflito do dia 4, domingo.”
O “blog do Mello” hoje também enriquece a informação sobre esse sério tema com o texto a seguir (no referido blog consta o link para o vídeo da entrevista por ele citada):
“Documentos comprovam envolvimento dos EUA na tentativa de desestabilização da Bolívia”
“Veja esta entrevista em que a advogada venezuelana-americana Eva Gollinger denuncia, no programa La Hojilla, da emissora venezuelana VTV, o envolvimento direto dos Estados Unidos na vida política boliviana, com o objetivo de fomentar movimentos oposicionistas ao governo de Evo Morales.
Gollinger exibe documentos oficiais do governo americano que comprovam a remessa de milhões de dólares para o patrocínio de movimentos separatistas e golpistas da chamada Media Luna boliviana.
Na entrevista, a advogada apresenta um dossiê sobre o embaixador americano, Philip Goldberd, que serviu como embaixador no episódio separatista do Kosovo, e assumiu o cargo na Bolívia logo após a posse de Evo Morales.
Entre os documentos apresentados por ela há um que mostra que o governo americano paga a jornalistas para escreverem matérias e artigos favoráveis às diretrizes traçadas por Washington.
Nada disso é novidade. É a mesma estratégia aplicada em outros países, desde o Chile de Allende, em 1973, passando pela Venezuela e agora a Bolívia.
Fico pensando quando teremos uma Eva Gollinger brasileira, que denuncie o esquema no Brasil e aponte jornalistas que recebem para desestabilizar o governo Lula.”
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