Reproduzo a notícia de Soraya Aggege, publicada hoje às 14h44 no “O Globo Online”:
“Em Gana, Lula volta a defender biocombustíveis e critica produção norte-americana de etanol”.
“ACRA, Gana - O presidente Lula chegou, na manhã deste sábado a Gana, onde abrirá a 12ª reunião da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) no domingo, disposto a conquistar apoios na cruzada pelos biocombustíveis.
Em seu primeiro discurso oficial, na sede do governo ganense, o presidente culpou a política americana pela crise dos alimentos básicos e criticou o preconceito dos países mais ricos em relação aos pobres. Segundo Lula, produzir álcool a partir do milho foi um equívoco do governo Bush.
"Não vamos aceitar que nós, que os países mais pobres, uma vez mais, paguemos a conta. Estão dizendo que os bicombustíveis são a causa do crescimento dos preços dos alimentos. As políticas de biocombustíveis só têm um equívoco: a decisão americana de produzir álcool do milho" - disse Lula.
Mais tarde, em entrevista a jornalistas brasileiros, ele argumentou:
"É evidente que os Estados Unidos produzem o etanol daquilo que dispõem (o milho). Logicamente que eu preferiria que eles não produzissem, mas comprassem do Brasil, que é (etanol) da cana-de-açúcar. Mas ele (Bush) não quer (comprar), ele quer produzir. É um problema dele. Agora, o recomendável é produzir biocombustíveis de produtos que não sejam alimento para a população".
Sem citar os acordos firmados com o presidente George W. Bush no Brasil, no ano passado, em torno dos biocombustíveis, Lula lembrou ainda que teve conversas com governantes europeus e com o próprio Bush sobre os biocombustíveis.
"Eu tive a mesma conversa com o Bush (e os governos europeus): até quando os Estados Unidos vão ficar vendo a América Central empobrecida ao lado dos Estados Unidos ricos? Não é muito melhor fazer parceria com os países da América Central para produzir o etanol que eles precisam? É apenas uma questão de bom senso.
Agora, se essas pessoas querem continuar subsidiando seus produtos, sem permitir o acesso ao mercado dos seus produtos pelos países pobres, nós vamos ter uma parte pobre e outra rica como tivemos no século 20. Eu estou convencido de que o século 21 precisa ser diferente.”
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