A Marinha norte-americana anunciou que está recriando sua “Quarta Frota”, que será responsável pelos navios, submarinos e aeronaves dos EUA em operação na América do Sul, Central e no Caribe. A esquadra somente existiu na década da Segunda Guerra Mundial, entre 1943 e 1950.
A nova força deverá ser liderada por um porta-aviões nuclear.
Essa notícia consta no jornal Folha de São Paulo de hoje, em texto de Sérgio D’Ávila, de Washington.
É um exercício de imaginação desafiador para especialistas da área conceber como um porta-aviões nuclear poderá ser empregado em ações “contraterrorismo” aqui na América do Sul. O governo dos EUA já externou que considera a nossa região de Foz do Iguaçu (e Itaipu), a "tríplice fronteira", como "foco de terrorismo" (ver artigos da nossa série "Guerras recentes dos EUA").
Como a reciprocidade é a boa norma das relações internacionais, a Marinha do Brasil deveria também destacar uma frota para ações 'contraterrorismo' e para nossa proteção contra a 'corrida armamentista' na América do Norte.
A reportagem de hoje da Folha justifica a medida dos EUA de modo mais enigmático ainda: “ela (a Marinha dos EUA) mandará uma mensagem”. Acrescenta o jornal:
“O interesse norte-americano foi evidenciado por fatos recentes, como:
--a ação da Colômbia contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Equador;
--o que os EUA chamam de "corrida armamentista" patrocinada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez;
--e a sugestão do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, de que seja criado um Conselho Regional de Defesa na América do Sul".
Muito intrigante.
A Folha e a Marinha dos EUA 'esqueceram' de listar dois reais motivos:
--o petróleo venezuelano;
--as megas reservas petrolíferas recém-descobertas no litoral brasileiro.
Transcrevo parte da notícia da Folha:
“EUA RECRIAM FROTA PARA AMÉRICA LATINA
"A região é muito importante para nós", justifica-se a Marinha (dos EUA), que fala em ‘maior agilidade’ e nega conotação política na decisão”
“A Marinha norte-americana anunciou que está recriando sua Quarta Frota, que será responsável pelos navios, submarinos e aeronaves do país em operação na América do Sul, Central e no Caribe. A esquadra existiu entre 1943 e 1950 e sua volta agora é uma ‘decisão administrativa, não política’, defende o Pentágono.
O anúncio chega num momento em que a atividade militar na América Latina volta a despertar a atenção do mundo.
O interesse foi evidenciado por fatos recentes como a ação da Colômbia contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Equador, o que os EUA chamam de "corrida armamentista" patrocinada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e a sugestão do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, de que seja criado um Conselho Regional de Defesa na América do Sul.
A nova força "mandará uma mensagem", "trará mais estatura à área e aumentará nossa capacidade de ação", disse o almirante Gary Roughead, ao anunciar a recriação da esquadra, anteontem. "Essa mudança aumenta nossa ênfase em ‘empregar forças navais na região para construir confiança’ entre os países, por meio de esforços de uma segurança marítima coletiva, focada nas ameaças em comum."
Contraterrorismo
Em depoimento recente ao Congresso americano, o almirante James Stavridis, chefe do Comando Sul (divisão do Pentágono responsável pela região), havia dito que apoiava o aumento das embarcações em atividade na América Latina, atualmente 11, e que a nova força deveria ser liderada por um porta-aviões nuclear.
O objetivo, afirmou então o militar, seria auxiliar os EUA nas atividades de contraterrorismo.”
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