quarta-feira, 16 de novembro de 2011
EUA JÁ ARREGAÇAM AS MANGAS SOBRE O PETRÓLEO BRASILEIRO
GOVERNO AMERICANO DIZ QUE QUER MAIS PARTICIPAÇÃO NA EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO NO BRASIL
[OBS deste blog ‘democracia&política’:
A tucana (em consequência americanófila) “Folha de São Paulo” publicou ontem (15) que “a mais alta diplomata dos EUA para a América Latina quer maior participação de empresas norte-americanas na exploração do petróleo do pré-sal brasileiro”.
É tragicômica a incoerência dessas exigências norte-americanas. Os EUA, em suas leis de licitações são radicalmente antiliberais. Adotam rigoroso protecionismo, o monopólio do conhecimento, barreiras de todos os tipos, para favorecer o fornecedor nacional. Há muitas décadas, vigoram as conhecidas leis “Buy American”. A tendência é de ainda maior proteção às empresas e ao emprego nos EUA. Acentuam, cada vez mais, restrições legais aos vendedores estrangeiros de bens e serviços, excluindo de participar, em muitos setores (telecomunicações, por exemplo), as empresas estrangeiras e as nacionais norte-americanas controladas por estrangeiros. Um exemplo: em 25/04/2004, foi divulgado que o Senado norte-americano não aprovou compras do governo federal dos EUA em empresas estadunidenses que tinham parte da sua mão-de-obra contratada no exterior, ou em suas filiais em outros países, para a fabricação dos produtos por elas vendidos nos EUA!].
Vejamos o texto da ‘Folha’ [entre colchetes adicionados por este blog]:
EUA QUESTIONAM EXIGÊNCIA DA ANP DE CONTEÚDO [BRASILEIRO] NA EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO [PRÉ-SAL]
“Mais alta diplomata dos EUA para esta região quer maior participação de empresas norte-americanas na exploração do petróleo do pré-sal [diminuindo, como consequência, a participação brasileira e a geração de empregos no Brasil]
O governo americano está questionando as exigências de conteúdo brasileiro nos projetos de exploração de petróleo no Brasil. "Nós dissemos a autoridades brasileiras que exigências ‘excessivas’ de conteúdo local podem impedir a exploração eficiente de petróleo e gás e, eventualmente, reduzir a capacidade para extração segura", disse Roberta Jacobson, nova secretária-assistente de Estado para o hemisfério Ocidental, mais alto posto diplomático dos EUA para a região.
Em resposta a perguntas de senadores dos EUA, obtidas pela ‘Folha’, Roberta diz que vai manifestar sua ‘preocupação’ com esse aumento de exigências, que ‘prejudica’ empresas americanas. [Reclama que] nas licitações para exploração de petróleo e gás natural realizadas pela ANP, o porcentual exigido de conteúdo fornecido por empresas brasileiras chega a ultrapassar 65%.
"Vou transmitir ao governo brasileiro nossa visão de que a participação de várias entidades [estrangeiras], inclusive empresas norte-americanas, será importante para o sucesso a longo prazo da indústria de petróleo e gás no Brasil", afirmou Roberta ao senador republicano Richard Lugar.
Outra ‘preocupação’ do governo americano, segundo uma fonte do Congresso dos EUA, é a participação das empresas [norte-americanas] no fornecimento de equipamentos e serviços de infraestrutura para a Copa e a Olimpíada no Brasil. Esses eventos são vistos como oportunidade de "aumentar exportações [dos EUA e lá] gerar empregos em época de crise" [em detrimento das empresas brasileiras de equipamentos e serviços e da geração de empregos no Brasil].
FONTE: reportagem de Patrícia Campos Mello, da “Folha de São Paulo”. Transcrita no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/governo-americano-quer-mais-participacao-na-extracao-de-petroleo0 [título, subtítulo, imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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