“Álvaro Dias declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 1,9
milhão, mas agora deve explicar R$ 16 milhões (Foto: Luiz Alves/Agência Senado).
SENADOR ÁLVARO DIAS (PSDB) EM
APUROS
“Empresário do 'mensalão' nos
Correios e no caso Valec aparece nos R$ 16 milhões de Álvaro Dias
Agora a casa do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) caiu,
e com um empurrãozinho da própria revista “Veja” (sem querer). O tucano é um dos que
mais usa palanque para exigir transparência do governo e de seus adversários.
Mas, quando o assunto são suas próprias contas, ele não demonstra ter os
cuidados que tanto cobra.
O senador é réu em um processo judicial de disputa
patrimonial, movido por uma filha, reconhecida através de exames de DNA. O
processo poderia ser apenas mais um entre tantos, sem maior interesse público,
não fosse o valor de R$ 16 milhões em causa, pois o senador tucano declarou à
Justiça Eleitoral (e ao eleitor) ter um patrimônio de R$ 1,9 milhão, na última
eleição que disputou. O aparecimento dessa súbita fortuna causou perplexidade à
nação brasileira, que pergunta: como o
senador, da noite para o dia, aparece como um dos parlamentares mais ricos do
Brasil?
Detalhe: o processo não está em segredo de justiça,
ao contrário do que disse o senador em seu Twitter, e não é mera disputa
familiar. É disputa patrimonial graúda envolvendo mais 10 réus ao lado de Álvaro
Dias, e quatro deles são pessoas jurídicas.
Uma das empresas ré na causa é a "AGP Administração, Participação e
Investimentos Ltda.", de Alexandre George Pantazis, indicando que
Álvaro Dias teve algum tipo de negócio com essa empresa envolvendo os R$ 16
milhões em questão. Alexandre Pantazis é dono da empresa “Dismaf - Distribuidora de Manufaturados Ltda.”
junto com seu irmão Basile, que era tesoureiro do PTB-DF.
A Dismaf foi objeto de uma reportagem da revista “Veja” (pág.
64, edição 2212, de 13/04/2011), acusando a empresa de pagar propinas ao PTB
sobre contratos nos Correios, no caso que deu origem ao "mensalão" a
partir da gravação feita por um araponga de Carlinhos Cachoeira, que levou
Roberto Jefferson a dar a entrevista sobre o "mensalão" em 2005. A
reportagem foi baseada na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal.
Declarada inidônea pelos Correios, a empresa não podia participar de
licitações, mas ganhou uma na Valec (que constrói a ferrovia norte-sul) para
fornecer trilhos. O fato foi alvo de auditoria na Controladoria Geral da União
(CGU) e foi um dos motivos para demissão do ex-presidente da Valec, o Juquinha.
Só uma investigação sobre os contratos e quebra de
sigilo bancário poderá esclarecer o real envolvimento do senador tucano com o
dono da Dismaf.
Agora, o que vai acontecer? Álvaro Dias e seus
negócios com um dono da Dismaf serão capa da próxima revista ‘Veja’?”
[P.S deste 'democracia&política': sejamos realistas. Essa capa da "Veja" é sarcástica fantasia. Não haverá repercussão na grande imprensa. A mídia, o PGR e o STF fingirão nada saber. Por envolver a direita (PSDB, DEM, PPS), a grave suspeita de enriquecimento ilícito com dinheiro público será "justificada", abafada, esquecida, engavetada. Como sempre].
[P.S deste 'democracia&política': sejamos realistas. Essa capa da "Veja" é sarcástica fantasia. Não haverá repercussão na grande imprensa. A mídia, o PGR e o STF fingirão nada saber. Por envolver a direita (PSDB, DEM, PPS), a grave suspeita de enriquecimento ilícito com dinheiro público será "justificada", abafada, esquecida, engavetada. Como sempre].
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