sábado, 12 de janeiro de 2013

LÍDER DO PSDB SOB GRAVE SUSPEITA


“Álvaro Dias declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 1,9 milhão, mas agora deve explicar R$ 16 milhões (Foto: Luiz Alves/Agência Senado).

SENADOR ÁLVARO DIAS (PSDB) EM APUROS


“Empresário do 'mensalão' nos Correios e no caso Valec aparece nos R$ 16 milhões de Álvaro Dias


Por: Helena Stephanowitz

Agora a casa do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) caiu, e com um empurrãozinho da própria revista “Veja” (sem querer). O tucano é um dos que mais usa palanque para exigir transparência do governo e de seus adversários. Mas, quando o assunto são suas próprias contas, ele não demonstra ter os cuidados que tanto cobra.

O senador é réu em um processo judicial de disputa patrimonial, movido por uma filha, reconhecida através de exames de DNA. O processo poderia ser apenas mais um entre tantos, sem maior interesse público, não fosse o valor de R$ 16 milhões em causa, pois o senador tucano declarou à Justiça Eleitoral (e ao eleitor) ter um patrimônio de R$ 1,9 milhão, na última eleição que disputou. O aparecimento dessa súbita fortuna causou perplexidade à nação brasileira, que pergunta: como o senador, da noite para o dia, aparece como um dos parlamentares mais ricos do Brasil?

Detalhe: o processo não está em segredo de justiça, ao contrário do que disse o senador em seu Twitter, e não é mera disputa familiar. É disputa patrimonial graúda envolvendo mais 10 réus ao lado de Álvaro Dias, e quatro deles são pessoas jurídicas.

Uma das empresas ré na causa é a "AGP Administração, Participação e Investimentos Ltda.", de Alexandre George Pantazis, indicando que Álvaro Dias teve algum tipo de negócio com essa empresa envolvendo os R$ 16 milhões em questão. Alexandre Pantazis é dono da empresa “Dismaf - Distribuidora de Manufaturados Ltda.” junto com seu irmão Basile, que era tesoureiro do PTB-DF.

A Dismaf foi objeto de uma reportagem da revista “Veja” (pág. 64, edição 2212, de 13/04/2011), acusando a empresa de pagar propinas ao PTB sobre contratos nos Correios, no caso que deu origem ao "mensalão" a partir da gravação feita por um araponga de Carlinhos Cachoeira, que levou Roberto Jefferson a dar a entrevista sobre o "mensalão" em 2005. A reportagem foi baseada na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. Declarada inidônea pelos Correios, a empresa não podia participar de licitações, mas ganhou uma na Valec (que constrói a ferrovia norte-sul) para fornecer trilhos. O fato foi alvo de auditoria na Controladoria Geral da União (CGU) e foi um dos motivos para demissão do ex-presidente da Valec, o Juquinha.

Só uma investigação sobre os contratos e quebra de sigilo bancário poderá esclarecer o real envolvimento do senador tucano com o dono da Dismaf.


Agora, o que vai acontecer? Álvaro Dias e seus negócios com um dono da Dismaf serão capa da próxima revista ‘Veja’?”

[P.S deste 'democracia&política': sejamos realistas. Essa capa da "Veja" é sarcástica fantasia. Não haverá repercussão na grande imprensa.  A mídia, o PGR e o STF fingirão nada saber.  Por envolver a direita (PSDB, DEM, PPS), a grave suspeita de enriquecimento ilícito com dinheiro público será "justificada", abafada, esquecida, engavetada. Como sempre].  

FONTE: escrito por Helena Stephanowitz no “Rede Brasil Atual” (http://www.redebrasilatual.com.br/blog/helena/empresario-do-mensalao-nos-correios-e-no-caso-valec-aparece-nos-r-16-milhoes-de-alvaro-dias). [Título, subtítulo, imagens (do google) e trecho post scriptum entre colchetes acrescentados por este blog ‘democracia&política’].

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