Li na Folha de São Paulo de ontem, em reportagem de Andrea Murta, de Nova York:
Em seus últimos dias no cargo, presidente americano admite enganos, mas defende guerra e desdenha de conseqüências
REPUBLICANO CONCORDA QUE FOI SÓ APÓS A INVASÃO QUE A REDE SE FIRMOU NO PAÍS; CHENEY DEFENDE TORTURA E PRISÃO DE GUANTÁNAMO
“Apesar das críticas e sapatadas, George W. Bush continua alimentando com entrevistas a impopularidade recorde com que deixará a Presidência dos EUA em 35 dias. Na polêmica da vez, ele confirmou à rede ABC que a Al Qaeda só transformou o Iraque em um centro de operações após a invasão pelos EUA e arrematou: "E daí?".
A entrevista foi feita na visita de Bush ao Iraque no fim de semana. Ao falar do legado da guerra, ele foi interrompido pela entrevistadora, que afirmou que a instalação da rede terrorista no país árabe só ocorreu após a invasão em 2003. "Certo. E daí?" respondeu Bush.
"No mundo pós-11 de Setembro, Saddam Hussein era uma ameaça. E depois que ele foi retirado, a Al Qaeda se instalou."
Em seguida, ele se atrapalhou para explicar por que o ditador iraquiano, executado em dezembro de 2006, era uma ameaça aos EUA, já que não havia armas de destruição em massa no Iraque. "É verdade, não acharam nada", disse Bush. "Mas ele era um inimigo jurado dos EUA, um patrocinador do terrorismo. Eu não tive o "luxo" de saber que ele não tinha [as armas] até depois da invasão."
O presidente ainda negou ter dito que Saddam tinha ligação direta com o 11 de Setembro.
Mas admitiu que a atuação americana, alardeada em 2003 como rápida e certeira, não correspondeu à expectativa: "Está levando mais tempo e sendo mais cara do que pensávamos". (...)
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