O site “Vermelho” publicou esta semana:
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, defendeu nesta segunda-feira (22) o assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e de medidas de proteção ao meio ambiente, em especial para a Amazônia. Como presidente semestral da União Européia, Sarkozy está no Rio de Janeiro para participar do 2º Encontro Empresarial Brasil-UE junto com Lula e com o presidente da Comissão Européia (CE, braço Executivo do bloco), José Manuel Durão Barroso.
"Precisamos do presidente [Luiz Inácio] Lula terminantemente no Conselho de Segurança e precisamos dele também para preservar os desequilíbrios do meio ambiente", disse durante discurso a empresários franceses e brasileiros, no Rio.
O chefe de estado francês, que faz uma visita de dois dias à capital fluminense, também defendeu o fim do protecionismo, além de investimentos em infra-estrutura e tecnologia para superar a crise financeira mundial.
"Não há nada pior que o protecionismo. Se os chefes de estado não procuram soluções não podemos nos contentar", disse Sarkozy. Ainda de acordo com o presidente francês, a crise marca a passagem para o século 21 e demonstra que é preciso adotar novos mecanismos de governança mundial. "Não podemos mais aplicar as regras do século passado", disse.
Como saída para a crise, o presidente da Comissão Européia, que participou do encontro, José Manuel Durão Barroso, também defendeu a regulamentação do mercado financeiro e o fim do protecionismo.
Ele falou sobre as expectativas com a Rodada Doha com o novo presidente dos Estados Unidos e sobre os acordos que substituirão em 2012 o Protocolo de Quioto, que regula as emissões de gases do efeito estufa.
"Esperamos que Barack Obama possa colocar alguma energia para que com outros parceiros consigamos uma solução para Rodada Doha do comércio e desenvolvimento", acrescentou.
PARCERIA NO G-20
O presidente da França também disse hoje que o Brasil e a França devem levar uma proposta conjunta para a reunião do G-20, que será realizada no dia 2 de abril em Londres.
"A Europa vai trabalhar de mãos dadas com o Brasil. É fundamental que o Brasil e a França cheguem com uma proposta que mostre que não queremos um mundo de especuladores, mas de empresários. Não queremos que quem nos colocou nesta situação nos diga quando sair dela", disse Sarkozy.
Sarkozy se esforçou em sua palestra para mostrar afinidade com o presidente Lula, que criticou os especuladores de mercado e os responsabilizou pela crise. "A Europa acredita no futuro do Brasil e tem fé na política do presidente Lula", disse ele, que acrescentou que Lula falou sobre algo fundamental que é a volta da política ao mundo", Sarkozy afirmou ainda que "o Brasil não é potência de amanhã, mas de hoje".”
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