A Folha de São Paulo ontem publicou a seguinte reportagem do jornal "AGORA":
“LOJISTAS DE SÃO PAULO PREVÊEM CRESCIMENTO DE 4% NO FATURAMENTO SOBRE O RESULTADO DO ANO PASSADO”
“A crise financeira não deve chegar aos balcões das lojas de departamento durante as vendas de Natal. É o que mostram as sondagens junto aos varejistas de São Paulo. De acordo com um levantamento da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), o faturamento nesse período deverá crescer 4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a previsão era de 3% de expansão.
As maiores altas ocorrerão nas lojas de vestuário e calçados, que estimam resultados 6% maiores que os de 2007. As redes especializadas em bens duráveis, como eletroeletrônicos, mercadorias cujo tíquete médio é elevado, deverão crescer 2%. Para esses itens, a internet é o melhor canal de vendas porque os preços são, em geral, mais baixos.
A pesquisa da Fecomercio foi realizada entre os dias 18 e 20 de dezembro com 160 lojistas de São Paulo. Consultados pela Folha, alguns dos lojistas estimam que deverão fechar o período de vendas natalinas com alta de 10% sobre o faturamento do ano passado.
O impacto da crise, que fez secar as fontes de crédito em diversos países do mundo, será pequeno nas lojas brasileiras porque, segundo os especialistas, não houve queda do nível de emprego e a renda do trabalhador aumentou. "Ainda estamos no rastro do avanço econômico de 2007", diz Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Patah considera que haverá apenas um efeito negativo. "Só 20% dos postos de trabalho temporário criados no Natal serão mantidos", diz. Ainda, segundo ele, em 2007, o aquecimento do ritmo das vendas natalinas obrigou os comerciários a abrirem 35 mil novos postos de trabalho temporário e 80% deles foram mantidos pelo comércio após as festas de final de ano. "A única boa notícia é que teremos os mesmos 35 mil novos postos nesse ano," diz Patah. "Infelizmente, só uma pequena parte será efetivada."
A sondagem da Fecomercio mostra que as previsões do Sindicato dos Comerciários de São Paulo tem chances de não se confirmar. Até o momento, a maioria dos empresários consultados (60%) ainda não pediu ajuda extra para o Natal.”
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