No site “vermelho está publicada hoje a seguinte reportagem:
“A taxa de desemprego teve ligeira queda no final de 2008, passando de 13% em novembro para 12,7% em dezembro, menor taxa desde 1998. Considerado todo o ano passado, o índice ficou em 14,1%, abaixo dos 15,5% verificados em 2007.
Os dados fazem parte de pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) e da fundação Seade divulgada nesta quarta-feira (28). O levantamento abrange seis regiões metropolitanas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal).
No dia 22 de janeiro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou pesquisa apontando que o desemprego caiu de 7,6% em novembro para 6,8% em dezembro. A diferença entre essa taxa e a do Dieese é explicada por uma diferença de método.
O Dieese e a Seade consideram desempregadas não apenas as pessoas que não têm uma ocupação, mas inclusive aquelas que exercem um trabalho precário (popularmente conhecido como "bico") enquanto procuram emprego relacionado à sua profissão.
Também aqueles que desistiram de procurar emprego nos últimos 30 dias por pessimismo são considerados desempregados na pesquisa Dieese Seade, mas inativos na pesquisa do IBGE.
Excluindo os empregados precários e os que não procuram trabalho por desalento, a taxa de desemprego cai para 8,6% em dezembro na pesquisa
Dieese/Seade.
VAGAS CRIADAS E ALERTA
A taxa de desemprego caiu no ano passado porque foram criadas 804 mil vagas no período, enquanto o número de pessoas que entraram no mercado de trabalho foi de 613 mil. Com isso, o contingente de desempregados foi reduzido em 190 mil pessoas.
A redução da taxa de desemprego total reflete a diminuição das seis capitais pesquisadas. No Distrito Federal, a taxa passou de 17,7% em 2007 para 16,6% em 2008; em Belo Horizonte, de 12,2% para 9,8%; em Porto Alegre, de de 12,9% para 11,2%) e em São Paulo, a taxa decresceu de 14,8% para 13,4%. Apenas em Recife a taxa manteve-se relativamente estável (de 19,7% para 19,6%).
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz, um dos motivos que explica o recuo no desemprego em meio à crise financeira global são as contratações temporárias do mês de dezembro, principalmente no comércio, que admitiu mais em 2008 que em 2007.
Para os pesquisadores, a partir de janeiro, a pesquisa já deve mostrar um desemprego maior, com os dados das demissões e a ausência dos trabalhadores temporários que, ao contrário de outros anos, não devem ser contratados.”
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