O site “vermelho” ontem publicou:
“A Previdência Social fechou o ano 2008 com déficit acumulado de R$ 36,2 bilhões, em preços correntes. O número representa uma diminuição de 19,3% perante o saldo negativo de R$ 44,9 bilhões vistos em 2007. Pela série histórica, foi a maior queda desde 1995. Além disso, ressalta o Ministério da Previdência, o resultado apresentado nesta quarta-feira (21) ficou abaixo do esperado para o ano, que era um déficit de R$ 43,9 bilhões.
Segundo as informações do Ministério, a melhora das contas da Previdência se deve ao aumento de arrecadação e a medidas de gestão. Ao se corrigir os valores pela inflação do INPC, o déficit do INSS em 2008 foi de R$ 37,187 bilhões, 24,1% menor do que o de 2007 (R$ 48,985 bilhões).
Ainda considerando a correção, a arrecadação da Previdência cresceu 9,2% em 2008, atingindo R$ 167,036 bilhões. Os gastos com benefícios, por sua vez, aumentaram 1,1%, para R$ 204,224 bilhões.
O déficit a preços correntes de R$ 36,2 bilhões pode ser equivalente a 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Vale lembrar que o IBGE ainda não divulgou os dados do PIB nacional relativos a 2008 inteiro. Em 2007, o resultado negativo das contas do INSS correspondeu a 1,73% do PIB.
CRISE
Os efeitos da crise econômica internacional, que foi responsável por mais de 650 mil demissões no mês de dezembro, não deve impactar a arrecadação da Previdência Social, segundo o ministro José Pimentel. Segundo ele, a Previdência tem vários “instrumentos” de proteção, que farão com que as perdas com a crise não atinjam a arrecadação do setor.
De acordo com Pimentel, desde a mudança da legislação, em julho de 2007, que criou o Simples Nacional, 3.119 milhões de empresas se formalizaram. Antes, o saldo era de 1,3 milhão de empresas formais. “Em 2009, estamos tendo uma média de 15 mil novas empresas formais por dia”, acrescentou.
Segundo ele, o saldo total de admissões em 2008 também contribuiu para reduzir os impactos negativos da crise econômica na Previdência. “Tivemos, em 2008, 16,5 milhões de novos postos de trabalho e uma demissão da ordem aproximada de 15 milhões - devido à alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro e à inexistência da proteção do trabalho. Portanto, temos um saldo positivo de 1,452 milhão de empregos mantidos no ano passado”, disse.”
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