quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

CRÉDITO CRESCE 31% EM 2008

Da mesma forma que no texto anterior aqui postado, li ontem no UOL a seguinte reportagem de Eduardo Cucolo, da Folha Online, publicada com a obrigatória conjunção adversativa (“mas”, no caso) sempre colocada pela midia brasileira após notícia boa para o governo Lula:

CRÉDITO CRESCE 31% EM 2008 E BATE RECORDE, MAS ESTAGNA NO FIM DO ANO

“A crise financeira internacional reduziu a liberação de novos empréstimos para pessoas físicas e empresas, que ficou estagnada no último trimestre do ano. Mesmo assim, o volume de crédito na economia fechou 2008 com patamar recorde, segundo a pesquisa mensal de crédito do Banco Central, divulgada nesta terça-feira.

Em termos absolutos, o crédito bateu novo recorde: chegou a R$ 1,227 trilhão no final de dezembro, aumento de 31,1% no ano. Em 2007, o crédito havia registrado expansão de 27,8%.

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Também foi recorde na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas), passando de 40,4% em novembro para 41,3% no mês passado. No final de 2007, estava em 34,2%.

Houve queda, no entanto, nas novas concessões de crédito depois da piora da crise internacional. No último trimestre do ano, as novas concessões ficaram praticamente estáveis (alta de 0,1%), afetadas pela paralisação no crédito em outubro e novembro.

O mês de dezembro apresentou recuperação, com um aumento de 14% nas concessões. A liberação de crédito para empresas subiu 16,8% no mês passado. Para o consumidor, avançou 8,1%.

De acordo com o BC, a recuperação de dezembro se deve à liberação de recursos subsidiados por meio do BNDES (banco estatal de desenvolvimento). Os recursos direcionados aumentaram a base de crédito em 3,4%. Já os recursos livres, ficaram com expansão de 0,9%.

BANCOS PÚBLICOS

No último trimestre do ano passado, os bancos públicos aumentaram sua participação na liberação de crédito no país de 34% para 36%, tirando espaço do setor privado. O aumento se deveu à decisão governamental para tentar reativar o crédito durante o pior momento da crise.

"O que nós observamos hoje é uma estabilidade no crédito livre e um aumento no crédito direcionado. Isso abre mais espaço para os bancos públicos, que aumentaram sua participação no crédito entre setembro e dezembro", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.”

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