COINCIDÊNCIA: BUSH “O PRESIDENTE DA TORTURA” E “BRASILEIROS APÓIAM A TORTURA”

Achei muita coincidência na pesquisa, nos “posicionamentos”, bem como na contemporaneidade das informações do IBOPE e das matérias de hoje dos jornais “O Estado de São Paulo” e o “O Globo”.

Ontem, postamos um artigo “Bush: “O Presidente da Tortura” (sugiro ler), no qual informei que a ONG “Human Rights Watch” declarou que Bush "fará história como o presidente da tortura", enquanto a Anistia Internacional disse que o veto (de Bush ao projeto de lei que reduziria a tortura) evidencia a retórica "vazia" do presidente, quando afirma que os EUA não torturam, mas ao mesmo tempo proíbem uma "lei antitortura".

É muito estranha a falta de informação sobre o universo utilizado na amostragem da desconhecida pesquisa brasileira. Achei muita coincidência nas matérias de hoje do Estadão e do “O Globo” e no veto de Bush à redução da tortura. Em síntese, o conceito que nos passam é que Bush está apoiado pelos brasileiros quando aprova a tortura. Segundo a pesquisa e os jornais, em grande parcela os brasileiros pensam como Bush.

Transcrevo trechos do artigo do Estadão:

“Um em cada quatro brasileiros considera a tortura legítima."
“Aprovação de práticas violentas durante investigação é maior entre as classes sociais mais altas”

“São Paulo - Um em cada quatro brasileiros concorda com o uso de tortura e admite que, caso fosse um policial combatendo o crime, torturaria os suspeitos. A informação é de uma pesquisa realizada pela agência Nova S/B em parceria com o Ibope e divulgada neste domingo, 9, pelo jornal O Globo.

(...) O índice de aprovação da tortura em práticas de investigação chega a 42% entre as pessoas com renda superior a cinco salários mínimos. Já entre aqueles que ganham salário menor ou igual a um salário mínimo o percentual não passa de 19%. Entre os que têm curso superior, a prática da tortura é aprovada por 40% dos entrevistados.”