O jornal Folha de São Paulo publicou ontem o seguinte texto de Guilherme Barros, na coluna Mercado Aberto:
“Em meio à crise global, a Vale está investindo R$ 220 milhões no primeiro CTE (Centro de Tecnologia em Energia) do Brasil. O centro é totalmente dedicado à pesquisa e produção de energia sustentável. O programa é realizado em parceria com o BNDES e esse investimento está previsto para um período de três anos.
Há poucos dias, a Vale acabou de desenvolver a primeira turbina nacional a gás. O primeiro protótipo já foi testado com êxito e é capaz de gerar 1 MW, o suficiente para iluminar cerca de 2.000 residências. O plano é desenvolver uma turbina de 10 MW, capaz de iluminar até 15 mil residências.
A tecnologia utilizada é similar à da fabricação das turbinas de avião. O CTE está instalado no parque tecnológico de São José dos Campos, próximo ao ITA. São 130 pessoas trabalhando no CTE, das quais 70 mestres e doutores O objetivo da Vale é começar a produzir em série as turbinas, primeiramente para consumo próprio. Depois, a companhia vai estudar a viabilidade para comercialização do produto no Brasil.
Já existem turbinas como essas, tecnologicamente corretas (sem emissões de gases do efeito estufa), produzidas no mundo, mas são caras e muito disputadas, o que torna difícil contar com elas para usar na produção.
A Vale tem enfrentado muitos problemas para obter licenças ambientais para os seus projetos de geração de energia, seja por meio de hidrelétricas, seja por termelétricas (a carvão). Esses projetos não serão abandonados, mas as turbinas podem se tornar uma opção bastante interessante para atender, no futuro, as plantas industriais da companhia.”
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