sábado, 5 de maio de 2012
INGLATERRA AFIRMA QUE NÃO DEIXARÁ TERRITÓRIOS ARGENTINOS QUE INVADIU
ISRAEL IMITA ATITUDE INGLESA, AO NÃO DEIXAR TERRITÓRIOS PALESTINOS INVADIDOS
Londres reforça que não negociará futuro das Malvinas
“O governo britânico reiterou, na quarta-feira, que não negociará sobre o futuro das Ilhas Malvinas depois que a embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, pediu que o ministro de Exteriores do Reino Unido, William Hague, desse uma oportunidade à paz e dialogasse. Um porta-voz do “Foreign Office” afirmou, na mesma quarta-feira, que a postura do Reino Unido é bem conhecida e se mantém invariável: "Não haverá negociação com a Argentina sobre as Malvinas". "A soberania da ilhas não é uma questão bilateral, já que depende do direito de autodeterminação de seus habitantes, que são os que têm a última palavra sobre seu futuro", acrescentou o porta-voz. [OBS deste blog ‘democracia&política’: essa posição do “Foreign Office” é puro, agressivo e grotesco escárnio. Depois da invasão militar das ilhas em 1833, os referidos habitantes das Malvinas têm sido, em sua maioria, militares e funcionários britânicos e suas famílias. Obviamente, em pesquisas, manifestam a vontade de permanecer britânicos. Seria análoga uma pesquisa nas colônias israelenses nos territórios palestinos invadidos e ocupados. Provavelmente, poucos habitantes das colônias gostariam de se tornar palestinos].
O governo britânico respondeu assim ao incidente no qual a embaixadora da Argentina pediu na segunda-feira ao ministro de Exteriores britânico, durante ato público, que se sentasse para negociar. Hague apresentava, naquele momento, um relatório sobre Direitos Humanos e a embaixadora argentina, que estava na plateia, interveio sem aviso prévio. O “Foreign Office” assegurou que é uma decisão da Argentina como e quando colocar suas inquietações ao ministro e não quis analisar o incomum contato diplomático.
Segundo o jornal conservador britânico “Daily Telegraph”, alguém perguntou à embaixadora, durante o incidente, se seria um hábito a partir de agora aparecer nos atos públicos de Hague para perguntar sobre as Malvinas e ela contestou: "Espera e verá". Alicia Castro assumiu a embaixada argentina da capital britânica, que estava sem representante desde 2008, no último mês de março, em momento de especial tensão diplomática entre Londres e Buenos Aires.
A disputa pela soberania das Malvinas se agravou pelo bloqueio aos navios malvinenses nos portos dos países do MERCOSUL, a viagem do príncipe William às ilhas em fevereiro e o desdobramento de uma moderna fragata do exército britânico. O governo argentino acusou, então, os britânicos de "imperialismo" e de "militarizar" a região, enquanto Londres chegou a tachar de "colonialismo" a atitude de Buenos Aires.
Ao anunciar a designação de Alicia Castro, Buenos Aires reiterou em comunicado sua "vocação de diálogo com o governo britânico em cumprimento das resoluções das Nações Unidas sobre a questão das Malvinas", sob dominação britânica desde 1833.”
FONTE: divulgado pela agência estatal espanhola de notícias EFE e transcrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/5892/Londres-reforca-que-nao-negociara-futuro-das-Malvinas). [Título e observação entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’]
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