Por Saul Leblon
“Há duas décadas que o campo político nacional no
Brasil se polariza em duas frentes: aquela liderada pelo PSDB e a liderada pelo
PT.
Desde que os tucanos, levados por FHC, se aliaram ao
então PFL e assumiram o modelo neoliberal, o espaço à direita do campo político
ficou ocupado pela aliança liderada pelo PSDB, que tem como aliado o atual DEM
(e secundariamente pelo PPS).
No outro polo, o PT ocupa o espaço à esquerda, em
aliança com outros partidos como o PSB, o PC do B, o PDT e outras forças, como
a força posneoliberal. As oscilações se deram pela adesão do PDMB e outros
partidos de centro e de direita ao bloco governante.
A correspondência a essa polarização é aquela que se dá entre dois projetos de país.
A correspondência a essa polarização é aquela que se dá entre dois projetos de país.
O PSDB mantém visão centrada no "mercado", no "Tratado de Livre Comércio com
os EUA" e no "Estado mínimo". Mesmo se não propõe claramente alternativa baseada
nessas posições – a campanha de Serra a presidente oscilou todo o tempo entre
continuidade com o governo Lula e oposição radical a esse governo -, são os
eixos das posições tucanas, em que as denúncias fazem parte da tônica
antiestatal –em que "o Estado" seria a fonte fundamental de corrupção.
O PT dirige bloco politico que faz o Brasil transitar do neoliberalismo herdado ao posneoliberalismo. Da ALCA passamos à sua negação e à prioridade dos projetos de integração regional (Mercosul, Banco do Sul, Unasul, Conselho Sul-americano de Defesa, Comunidade de Estados da America Latina e o Caribe) e das relações Sul-Sul. Da prioridade do ajuste fiscal à prioridade das políticas sociais. Do "Estado mínimo" ao "Estado indutor do crescimento econômico e da garantia dos direitos sociais".
Todo o cenário politico é sobredeterminado por essa polarização, de que o desenvolvimento do Brasil depende.”
O PT dirige bloco politico que faz o Brasil transitar do neoliberalismo herdado ao posneoliberalismo. Da ALCA passamos à sua negação e à prioridade dos projetos de integração regional (Mercosul, Banco do Sul, Unasul, Conselho Sul-americano de Defesa, Comunidade de Estados da America Latina e o Caribe) e das relações Sul-Sul. Da prioridade do ajuste fiscal à prioridade das políticas sociais. Do "Estado mínimo" ao "Estado indutor do crescimento econômico e da garantia dos direitos sociais".
Todo o cenário politico é sobredeterminado por essa polarização, de que o desenvolvimento do Brasil depende.”
FONTE: escrito por Saul Leblon no site
“Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1016).
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