sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

DIREITA INVESTE DESESPERADAMENTE NAS MANIFESTAÇÕES DE RUA EM 2014


PARA VOLTAR AO PODER, A DIREITA INVESTE DESESPERADAMENTE NAS MANIFESTAÇÕES DE RUA NA COPA 

Por Fernando Brito

Como se prepara o “espontâneo”: A “NOVA POLÍTICA” E O GOLPISMO

Está cada vez mais evidente, até para a generosa miopia da grande mídia, que a oposição aposta, desesperadamente, numa onda de manifestações na Copa que lhe dê chances eleitorais em outubro

Um artigo do secretário de Redação da “Folha” [jornal que pauta o PSDB e a direita em geral], Rogério Gentile, ontem, descreveu, sem meias-palavras, a expectativa da dupla Eduardo Campos–Marina Silva por protestos à porta dos estádios, de preferência descambando para confrontos.

É o “presente de Papai Noel” que pediram Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardemberg [das também tucanas “Organizações Globo”], já que não conseguem convencer, mesmo com toda a mídia a seu dispor, que o Brasil ruma ao desastre.

Alguém ainda duvida de como serão cuidadosamente preparadas as manifestações “espontâneas”?

À ESPERA DA COPA

Por Rogério Gentile [na tucana “Folha de São Paulo”]

“Com a recuperação gradativa de Dilma Rousseff nas pesquisas, a Copa do Mundo passou a ser tratada por Marina Silva e Eduardo Campos (PSB) como a principal oportunidade, talvez a única, de reverter o favoritismo da petista na eleição presidencial de outubro. 

A despeito da economia manca, dos mensaleiros presos, das suspeitas contra tucanos em São Paulo, Marina e Campos não conseguiram avançar no discurso da “nova política”, da “terceira via”, lançado por ocasião da aliança feita em outubro, embaralhando-se com o oposicionismo puro e amarelado do PSDB. 

Qual é a diferença entre o governador pernambucano e o senador mineiro?

Sem saber muito bem como seguir em frente, aguardam uma segunda onda de indignação. “Desejo [a essa multidão que foi às ruas] mais força e criatividade para renovar a democracia no Brasil em 2014″, escreveu a ex-ministra, na “Folha”, na sexta-feira passada, citando o “país do futebol”. 

Copa e eleição não costumam se misturar, mas o fato de a competição ocorrer aqui pode modificar as coisas. Um eventual fracasso na organização, problemas nos aeroportos ou na segurança têm potencial para despertar um sentimento de vergonha nacional. Mas torcer por isso é mais estúpido do que desejar o insucesso de Neymar e Cia. A repetição dos protestos de junho também é uma possibilidade. Afinal, sempre há motivo para se revoltar no Brasil, e muitos estarão interessados em aproveitar a janela de exposição da Copa. 

Mas é necessário lembrar que os atos de 2013 só ganharam dimensão, levando multidões às ruas, quando a polícia de Alckmin usou de violência irracional contra manifestantes e jornalistas, indignando o país. Até então, o aumento da tarifa mobilizara uma meia dúzia. 

Haverá um novo estopim em junho? Pode até acontecer, mas apostar nisso agora, como fazem Marina e Campos, submetendo-se a essa expectativa, é mais arriscado do que tentar adivinhar o vencedor da Copa”.

FONTE: postado por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço”  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=12131). [Título, subtítulo e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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