Recebo muitos e-mail de conhecidos. A maioria dos remetentes, infelizmente, é “conservadora”, de direita, ou melhor, resumindo, é tucanopefelenta.
Não sabem que não penso assim. Creio que nem ao menos pensam nisso. Quando recebem e-mail com mensagem antiLula, automática e imediatamente o repassam para todos os seus contatos, querendo parecer, ou julgando-se, inteligentes, superiores, elite, ou sei lá o quê.
Não conseguem ver que o Brasil está em todos os aspectos cada vez muito melhor do que na época dos presidentes arrogantes, eruditos, sociólogos, poliglotas, chics, charmosos, que sabiam tomar vinhos e champagnes caros e cruzar as pernas ao sentar, pelos quais a grande mídia e os que me remetem os e-mail parecem ainda estar apaixonados.
Em geral, seja de piada ou de revolta, o conteúdo dos e-mail sempre é altamente preconceituoso, pejorativo, depreciador contra o presidente da república. "É nordestino, é preguiçoso, só pensa em viajar no aerolula, é bebedor de cerveja, não tem dedo, tira o nosso dinheiro para dar 'bolsa' para os pobres vagabundos que não estudam, não trabalham, nem pagam imposto como a gente", "Lula não sabe de nada, é ignorante e incapaz por não ter curso superior e não se envergonha disso" e por aí afora.
Justamente esse preconceito veio-me à cabeça quando li a seguinte matéria no jornal Gazeta Mercantil de hoje:
“Metade dos 10 homens mais ricos do mundo listados pela revista Forbes não completou a faculdade.
"Para citar alguns exemplos, a lista dos bilionários e milionários sem curso superior inclui o co-fundador da Microsoft, Bill Gates, o criador da Dell, Michael Dell (foto), além de Paul Allen (Microsoft), Steve Jobs (Apple), Larry Ellison (Oracle) e de Li Ka-Shing (o homem mais rico da Ásia).
Com base em trajetórias de bem-sucedidos homens de negócios que aprenderam fazendo, o Instituto do Empreendedor (Inemp) lançou o projeto Escola da Vida.
A iniciativa, que tem a Gazeta Mercantil como jornal oficial, homenageará empreendedores que construíram fortunas e histórias de sucesso mesmo sem um diploma universitário. Complementando a formação acadêmica, o projeto oferecerá cursos que visam em especial o desenvolvimento do espírito empreendedor.”
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