A revelação de que o muito alardeado “dossiê antiFHC da Casa Civil" foi divulgado pelos tucanos já é do domínio público, apesar do enorme esforço da grande mídia em disfarçar e dar outras versões a esse desvendamento, conforme se vê hoje em todos os grandes jornais e redes de TV. Alguns, como o “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, tiveram uma súbita amnésia e não tocaram no assunto.
Porém, já é tarde. Desde ontem à noite, a maior parte dos blogs já divulgou na internet o assunto com toda a clareza e veracidade.
O tal “dossiê” não foi feito pela Casa Civil, conforme já afirmado pela Ministra Dilma Roussef, mas usou parte dos dados do normal e oficial levantamento e organização de dados em curso na Casa Civil. O líder do PSDB no senado, Arthur Virgílio, já recebera oficialmente essas informações há tempos.
Um detalhe evidente, mas ainda não muito abordado, é que os dados oficiais foram amputados e maquiados pelos tucanos para ficarem anódinos e serem divulgados sem efeito nocivo contra o governo FHC/PSDB/PFL(DEM).
O medo da negativa reação pública que ocorreria com a revelação da parte danosa contra FHC fez com que eles preparassem essa espécie de vacina preventiva. Isto é, uma pequena dosagem, contendo trivialidades não incriminadoras contra FHC e a ‘doutora’ Ruth. Assim, o público não pegaria a doença antitucana quando a completa e grave divulgação dos dados dos cartões corporativos e “contas tipo B” de FHC viesse a ocorrer. Por isso e dessa forma, o “dossiê-vacina” foi antecipadamente revelado pela Veja.
Não mais me estenderei nesse assunto, pois outros blogs já o fizeram bem.
Selecionei um dos textos que li hoje, para completar este artigo. È o de Luis Favre, que a seguir reproduzo. Ele trata com clareza o pretenso aspecto imunizador do dossiê:
“OPERAÇÃO TUCANA”
“Álvaro Dias divulgou dossiê do governo contra FHC”
“O blog (do Noblat) revelou mais cedo que foi a oposição que divulgou dossiê do governo contra FHC. Logo em seguida, Álvaro Dias subiu à tribuna do Senado para comentar a matéria, mas não revelou quem foi sua fonte. Reproduzido do Blog de Noblat”.
“VACINA E VENENO”
por Luis Favre
“Começa a ficar desvendada a operação “Dossiê FHC”. O blogueiro Noblat noticiou que o senador Álvaro Dias, do PSDB, foi quem “vazou” o suposto documento.
Qual era o objetivo do senador tucano?
Ele era duplo. De um lado, uma vacina preventiva. Colocando alguns dados inócuos sobre gastos de FHC e sua esposa, transformar um eventual questionamento da natureza destes gastos na CPI em “ação ilegal”. De outro lado, utilizar o falso dossiê como instrumento de ataque contra a ministra Dilma Roussef.
Para que a “vacina” e o “veneno” funcionem a contento, era necessária a ação de um “portador” cúmplice. A Veja foi a escolhida para a operação de destabilização e de proteção.
A mídia transformou, rapidamente, o governo e a Dilma em culpados, FHC em “vítima” e o assunto julgado.
Falou-se em “quebra do sigilo” e “ação criminosa”. Pois bem, os mesmos deveriam cobrar agora do Ministério Público e do STF uma ação contra o autor conhecido do vazamento: o senador do PSDB.
O conluio do senador tucano e a Veja não surpreende. Mas, será que o senador agiu sem consultar ninguém?
Arthur Virgilio, normalmente bem informado, nada sabia?
E o presidente do PSDB?
Que um senador tucano vaze um dossiê que supostamente implicaria um alto cacique tucano como FHC, devia servir qual outro objetivo, se não o aqui exposto? FHC estava a par da operação?
O ato não deveria ser apreciado pela Comissão de Ética do senado? a do PSDB?"
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