Por Emir Sader
“Em 1962, os EUA impuseram à OEA a
expulsão de Cuba desse organismo. A moção conseguiu 14 votos a favor, o voto
contrário de Cuba e 6 abstenções (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e México).
Mais tarde, já com o golpe militar de 1964 no Brasil, os EUA impuseram a
ruptura de relações com Cuba, medida que foi seguida de forma subserviente por
todos os governos do continente, menos o México.
Tudo isso se dava paralelamente à tentativa fracassada de invasão de Cuba por tropas mercenárias coordenadas pelos EUA (com o apoio direto da Nicarágua de Somoza e da Republica Dominicana de Trujillo), em 1961, e do cerco militar a Cuba, em 1962.
Para termos ideia de como mudou o continente desde então, praticamente todos os países retomaram relações com Cuba, a OEA decidiu convidar Cuba de volta ao organismo, mas o governo cubano se recusou ao que Fidel chamou de “Ministério das Colônias dos EUA”. E, ao mesmo tempo, o continente dispõe de organismos sem a participação dos EUA, como o MERCOSUL, a UNASUL, o Banco do Sul, o Conselho Sul-americano de Defesa, a Comunidade de Estados Latino-americanos. Já não existirão reuniões da Comunidade Ibero-Americana sem a participação de Cuba.
Tudo isso se dava paralelamente à tentativa fracassada de invasão de Cuba por tropas mercenárias coordenadas pelos EUA (com o apoio direto da Nicarágua de Somoza e da Republica Dominicana de Trujillo), em 1961, e do cerco militar a Cuba, em 1962.
Para termos ideia de como mudou o continente desde então, praticamente todos os países retomaram relações com Cuba, a OEA decidiu convidar Cuba de volta ao organismo, mas o governo cubano se recusou ao que Fidel chamou de “Ministério das Colônias dos EUA”. E, ao mesmo tempo, o continente dispõe de organismos sem a participação dos EUA, como o MERCOSUL, a UNASUL, o Banco do Sul, o Conselho Sul-americano de Defesa, a Comunidade de Estados Latino-americanos. Já não existirão reuniões da Comunidade Ibero-Americana sem a participação de Cuba.
A OEA sobrevive, mas com representação e legitimidade cada vez menores.
Em situações de crise como a do Paraguai, o MERCOSUL e a UNASUL decidiram suspender a participação do governo golpista, em decorrência da cláusula democrática, acordada pelos governos que compõem esses organismos. Em outras, como o conflito da Colômbia com o Equador e a Venezuela, o Conselho Sul-americano de Defesa encontrou a solução politica.
Os tempos passaram e mudaram, os EUA têm, cada vez menos, voz e aliados no continente. Como cantava Cuba: “Con OEA o sin OEA, y aganamos la pelea".
FONTE: escrito pelo cientista político Emir
Sader e publicado no site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1021) [Imagem do Google adicionada por
este blog ‘democracia&política’].
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