A agência norte-americana de notícias Reuters ontem publicou a seguinte reportagem de Isabel Versiani (li no UOL):
“O Brasil, defensor da nova linha de crédito anunciada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), comemorou a criação do mecanismo nesta terça-feira, mas descartou a possibilidade de acessá-lo.
"O objetivo não é nós tomarmos os recursos dessa linha, que o Brasil não está precisando", afirmou Mantega em rápida entrevista a jornalistas convocada pelo próprio ministério no momento do anúncio do FMI.
"O que nós estamos pensando é em outros países que precisam de liquidez neste momento."
O FMI anunciou a criação de uma Linha de Crédito Flexível a ser ofertada a países emergentes com políticas econômicas consideradas saudáveis.
Mais ágil e com mais flexibilidade que os financiamentos tradicionais do Fundo, a linha ficará disponível aos países interessados por períodos de seis meses a um ano.
Mantega avaliou que o novo mecanismo representa um "grande avanço" dentro da estrutura do FMI e também uma vitória do Brasil, que defendia esse tipo de financiamento.
"Essa é uma linha que é um pleito do Brasil, que nós temos apresentado ao Fundo nas últimas reuniões", afirmou.
O ministro disse ainda que na próxima reunião do G20, a ser realizada em Londres no início de abril, o Brasil vai defender que os países membros façam novos aportes ao FMI para fortalecer a capacidade de financiamento da instituição.
Segundo Mantega, o FMI precisa de um aporte extra de 500 bilhões a 1 trilhão de dólares.
"O Brasil pode até colocar (mais recursos)", disse Mantega. Ele ponderou, no entanto, que o importante é que países que recebem grandes fluxos de dólares, como Estados Unidos e China, aumentem suas contribuições.
Mantega defendeu também a criação de uma outra linha especial de crédito do FMI para o financiamento ao comércio, no valor de cerca de 100 bilhões de dólares.”
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