sábado, 23 de novembro de 2013

Dilma ganha mais uma: ÁGIO DE 293% NO GALEÃO


Do jornal online "Brasil 247"

"A expectativa da presidente Dilma Rousseff de "competição forte" na disputa dos aeroportos, colocada em entrevista exclusiva ao "247" [ver neste blog postagem imediatamente abaixo], se confirmou. O consórcio liderado pelo grupo Odebrecht, em parceria com o grupo Changi, de Cingapura, fez proposta de R$ 19 bilhões pelo terminal internacional do Rio de Janeiro, com ágio de 293%. "O Brasil já vive o maior ciclo de investimentos em infraestrutura de toda a sua história", diz a presidente; resultado do leilão torna risível a crítica sobre desconfiança de empresários em relação ao Brasil. Em Confins, venceu a CCR com oferta de R$ 1,8 bilhão e ágio de 66%. 


Nesta rodada, o governo arrecadou R$ 20,8 bilhões. Segundo a presidente Dilma, resultado foi "muito além da expectativa"

Por Marco Damiani, do "Brasil 247"

"Acabam de ser feitas as propostas para os terminais aeroportuários levados a leilão nesta sexta-feira. No mais disputado, o consórcio Aeroportos do Futuro, formado pelos grupos Odebrecht e Changi, de Cingapura, apresentou proposta de nada menos que R$ 19 bilhões – o que representa um ágio de 293%. A proposta é bastante superior à dos grupos CCR (R$ 13,1 bilhões), Carioca (R$ 14,5 bilhões) e Queiroz Galvão (R$ 6,5 bilhões).

O valor é também a confirmação das melhores expectativas da presidente Dilma Rousseff, que, ontem, em entrevista exclusiva ao "247" (leia
aqui),  previu "competição forte" entre grupos do Brasil e do mundo pelos aeroportos nacionais. "O Brasil já vive o maior ciclo de investimentos em infraestrutura de sua história", disse ela, ao "247".

O resultado parcial do Galeão torna risível a crítica sobre a desconfiança dos empresários nacionais e internacionais em relação ao Brasil. O ágio – de 293% – fala por si. Na fase de viva-voz do leilão, os concorrentes não fizeram propostas, o que sacramentou a vitória do "Aeroportos do Brasil".

Em Confins, a primeira parcial apontou liderança do consórcio "AeroBrasil", composto por CCR e a Flughafen, de Zurique, na Suíça, com ágio de 27,7% e oferta de R$ 1,4 bilhão. Em seguida, houve disputa – e o mesmo consórcio elevou a proposta para R$ 1,6 bilhão, mas foi superado por "Queiroz Galvão", que jogou o valor para R$ 1,7 bilhão. No fim, a CCR reagiu e fechou a disputa com R$ 1,820 – o que representa 66% de ágio.

Na média dos dois leilões, o ágio de 251,7%.

PARA A PRESIDENTE DILMA, LEILÃO FOI "MUITO ALÉM DA EXPECTATIVA". 


Leia, abaixo, reportagem da "Agência Brasil" a respeito:

Por Heloisa Cristaldo, repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (22) que o resultado do leilão dos aeroportos do Galeão e de Confins foi "muito além da expectativa". Com o valor global do leilão, a arrecadação será de R$ 20,83 bilhões. Segundo cálculos do governo, no Galeão, o ágio foi mais de 293% do valor mínimo, que era de R$ 4,82 bilhões, enquanto que em Confins, o lucro sobre o lance mínimo - R$ 1,096 bilhão - foi 66,05%.

Dilma Rousseff ressaltou que o resultado do leilão mostrou "interesse imenso dos investidores no Brasil". Ela acrescentou que o que é mais importante nesse processo é que ficou claro o interesse das empresas, "porque quem ganhou são grandes empresas de aeroportos", disse antes de anunciar investimentos em mobilidade urbana, no Ceará.

O "Consórcio Aeroportos do Futuro" venceu o leilão pela concessão por 25 anos do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 19,018 bilhões. Na mesma disputa, com a proposta de R$ 1,82 bilhão, o "consórcio AeroBrasil" conquistou a concessão, por 30 anos, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. O arremate foi feito na BMF&Bovespa, em São Paulo, num valor total de R$ 20.838.888.000.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), no aeroporto do Galeão, fazem parte das melhorias obrigatórias a construção de 26 pontes de embarque até o dia 30 de abril de 2016; a construção de estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos até o fim de 2015; a adequação das instalações para armazenamento de carga (para os jogos olímpicos de 2016); a ampliação do pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016; e a construção de sistema de pistas independentes até atingir o gatilho de 262.900 movimentos ao ano.

Em Belo Horizonte, no aeroporto de Confins, as obras obrigatórias incluem a construção de novo terminal de passageiros com, no mínimo, 14 pontes de embarque até 30 de abril de 2016 e vias terrestres associadas, além da ampliação do pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016 e da construção da segunda pista independente até 2020 ou gatilho de 198.000 movimentos ao ano.

ABAIXO REPORTAGEM DA AGÊNCIA NORTE-AMERICANA DE NOTÍCIAS "REUTERS" SOBRE O LEILÃO:

Por Leonardo Goy e Roberta Vilas Boas

SÃO PAULO, 22 Nov (Reuters) - O governo arrecadará 20,8 bilhões de reais com a concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG), após leilão realizado nesta sexta-feira que atraiu importantes grupos nacionais e operadoras estrangeiras de terminais.

O consórcio formado pela Odebrecht, uma das maiores empresas privadas do Brasil, e a operadora de aeroportos Changi, de Cingapura, venceu a disputa pelo Galeão com uma oferta de 19,018 bilhões de reais, quase quatro vezes maior que o lance mínimo definido pelo governo.

A presidente Dilma Rousseff classificou o ágio como "extraordinário", enquanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que o resultado mostrou que "há apetite dos investidores para entrar no programa de concessões brasileiro".

Cinco grupos entregaram envelopes com propostas pela concessão do Galeão, mas nenhuma com montante perto do apresentado pela Odebrecht, que tem 60 por cento de participação no consórcio vencedor.

A segunda melhor oferta pelo aeroporto que fica na cidade que receberá jogos da Copa do Mundo no ano que vem e sediará as Olimpíadas em 2016 foi de 14,5 bilhões de reais.

O aeroporto de Confins foi arrematado pelo consórcio formado por CCR e as operadoras dos terminais de Zurique e de Munique, com lance final de 1,82 bilhão de reais, ágio de 66 por cento sobre o mínimo estipulado.

Enquanto a disputa por Galeão se restringiu aos envelopes com as ofertas iniciais, a concorrência por Confins teve briga acirrada no viva-voz. O consórcio formado por "Queiroz Galvão" e a operadora espanhola "Ferrovial" apresentou lances e rivalizou com o grupo da CCR, mas acabou derrotado.

A CCR tem fatia de 75 por cento do consórcio vencedor. A Flughafen Zurich possui 24 por cento e a Flughafen Munchen, 1 por cento. O diretor de Novos Negócios da CCR, Leonardo Vianna, disse ver potencial muito grande para explorar o transporte de cargas em Confins.

Galeão e Confins respondem juntos por 14 por cento da movimentação de passageiros e 10 por cento de carga no Brasil.

A transferência de aeroportos para a iniciativa privada é parte do ambicioso plano do governo Dilma de melhorar a infraestrutura logística do país, um dos principais entraves para o crescimento econômico. Além dos aeroportos, o plano inclui a concessão de rodovias, ferrovias e portos.

Os dois aeroportos leiloados não devem sofrer mudanças a tempo da Copa do Mundo, já que os consórcios vencedores só assumirão os terminais em março, três meses antes do início do mundial.

"Não vejo problemas na estrutura atual do Galeão para a Copa", disse o presidente da "Odebrecht Transport", Paulo Cesena.

INVESTIMENTOS

A Odebrecht e a Changi deverão investir 5,7 bilhões de reais no Galeão, segundo o edital da licitação. Já o consórcio da CCR deverá aportar 3,5 bilhões de reais no terminal mineiro.

O valor de outorga será pago em parcelas anuais ao longo do prazo de concessão, de 25 anos para Galeão e de 30 anos para Confins, começando a partir de 12 meses após a assinatura dos contratos.

A estatal Infraero, que será sócia minoritária dos dois consórcios, com participação de 49 por cento, esperava um ágio menor para o aeroporto do Galeão, disse o presidente da estatal, Gustavo do Vale, a jornalistas.

No mesmo modelo que inclui a Infraero, o governo transferiu o controle dos terminais de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) para a iniciativa privada em fevereiro de 2012, arrecadando 24,5 bilhões de reais.

O primeiro leilão de concessão de aeroportos, o de São Gonçalo do Amarante (RN), realizado em 2011, teve um modelo diferente, com uma concessão 100 por cento privada, ou seja, sem a participação da Infraero."

FONTE: reportagem de Marco Damiani, do jornal online "Brasil 247"  (
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/121597/Dilma-ganha-mais-uma-ágio-de-293-no-Galeão.htm).

COMPLEMENTAÇÃO

LEILÃO DE AEROPORTOS: UM SU-CES-SO ! URUBÓLOGA PISA NO TOMATE



Do portal “Conversa Afiada”

“Os estrangeiros fogem – mas é da “Globo Overseas”. O que dirá – pela frente – o Dudu ?

Como diz a Ministra Miriam Belchior, o que o Príncipe da Privataria fez foi vender.

A Dilma aluga.

Se quiser, pega de volta.

Ou, como diz o Delfim: o Príncipe vendeu as joias da família e endividou a família.

Um ‘jenio’ !

Por falar em ‘jenio’: de que vive o ‘Cerra’ ?

Ao leilão que demonstra o horror que o capital estrangeiro tem do Governo da guerrilheira:

COM ÁGIO DE 293% NO GALEÃO E DE 66,05% EM CONFINS, AEROPORTOS SÃO LEILOADOS POR R$ 20,838 BILHÕES





O consórcio “Aeroportos do Futuro” venceu o leilão pela concessão por 25 anos do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 19,018 bilhões. Na mesma disputa, com a proposta de R$ 1,82 bilhão, o consórcio “AeroBrasil” conquistou a concessão, por 30 anos, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, no município de Confins (MG). O arremate aconteceu na sexta-feira (22), na BMF&BOVESPA, em São Paulo, num valor total de R$ 20.838.888.000.

No Galeão, o ágio chega a mais de 293% do valor mínimo, que era de R$ 4,828 bilhões, enquanto que em Confins, o lucro do governo sobre o lance mínimo (R$ 1,096 bilhão) é de 66,05%. As empresas que conseguiram as concessões são donas majoritárias dos dois aeroportos, com 51% de participação, enquanto a Infraero permanece como sócia minoritária dos terminais, com 49%. Os operadores aeroportuários dos consórcios terão, no mínimo, 25% de participação.

Galeão e Confins respondem, juntos, pela movimentação de 14% dos passageiros do país (27,9 milhões de passageiros/ano), 10% da carga e 12% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro. Com esses, são seis aeroportos concedidos à iniciativa privada, com contratos geridos e fiscalizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), na mesma situação que São Gonçalo do Amarante (RN), concedido em agosto de 2011, Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), leiloados em fevereiro de 2012.




São quatro os pontos de diferenças entre a rodada de concessão realizada na sexta-feira, para Galeão e Confins, e em fevereiro de 2012, para Guarulhos, Viracopos e Brasília: 

(1) previsão de melhorias de curto prazo na rodada atual;
(2) exigência para operador aeroportuário de 5 milhões de passageiros/ano para os aeroportos da primeira rodada, e de 22 milhões para o Galeão e de 12 milhões para Confins;
(3) os operadores da rodada atual deverão ter, no mínimo, 25% de participação no consórcio, contra 10% estabelecidos no processo de concessão anterior;
(4) para os aeroportos concedidos em 2012, a contribuição variável é de 10% para Guarulhos; 5% para Viracopos; e 2% para Brasília. Em Galeão e Confins, será de 5%.

MELHORIAS IMEDIATAS

O governo estipulou 32 indicadores que contemplam aspectos de qualidade do serviço prestado no aeroporto, como a disponibilidade de assentos, elevadores e escadas rolantes, entre outros. A avaliação será feita por meio deles e por pesquisa de satisfação com os usuários. Os resultados poderão ter impacto no reajuste das tarifas recebidas pelo operador aeroportuário.

As melhorias de curto prazo na infraestrutura, estabelecidas no “Plano de Ações Imediatas”, tem o objetivo de melhorar a experiência do usuário na utilização do aeroporto. São exemplos: melhoria de banheiros, reforma das sinalizações e acesso gratuito à internet (Wi-fi).

OBRAS OBRIGATÓRIAS

Segundo a ANAC, em Confins, as obras obrigatórias incluem a construção de novo terminal de passageiros com, no mínimo, 14 pontes de embarque, até 30/04/2016, e vias terrestres associadas, além da ampliação do pátio de aeronaves, até 30/04/2016, e da construção da segunda pista independente até 2020 ou gatilho de 198.000 movimentos/ano.

Já no Galeão, fazem parte das melhorias obrigatórias: a construção de 26 pontes de embarque até 30/04/2016; a construção de estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos (fim de 2015); a adequação das instalações para armazenamento de carga (para os jogos olímpicos de 2016); ampliação do pátio de aeronaves até 30/04/2016; e a construção de sistema de pistas independentes até atingir o gatilho de 262.900 movimentos/ano.


[Em tempo: Dilma, cuidado com o Wellington Moreira Franco. Pergunta ao Fernando Henrique o que ele acha do Moreira - que o serviu com igual devoção. Por falar em PMDB, clique aqui para ler: Eduardo Cunha, o Supremo te espera de braços abertos].

FONTE da complementação: portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/11/22/leilao-de-aeroportos-um-su-ces-so-urubologa-pisa-no-tomate/).

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