GLEISI AO "Brasil 247": “QUE MEDIDAS IMPOPULARES ELES PROPÕEM?”
"Óbvia e dura, a pergunta da senadora Gleisi Hoffmann, feita terça-feira em entrevista ao '247', cobra dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) mais transparência sobre o que ambos vêm dizendo a empresários; "Em reuniões fechadas, eles estão prometendo tomar medidas impopulares, mas quais são essas medidas?", questionou ela; "Esfriar a economia? Aumentar a gasolina e a conta de luz? Ou seria produzir desemprego? Dar mais juros aos banqueiros e mais inflação aos especuladores?"
Em entrevista ao "247", na tarde de terça-feira 8, em Brasília, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) dirigiu algumas perguntas duras, mas atinentes à campanha eleitoral, aos presidenciáveis Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB. A principal rebatedora do governo ficou intrigada ao ler na mídia que, em ambientes privados, entre empresários, ambos têm assumido a capacidade de tomar medidas consideradas impopulares caso um deles vença as eleições presidenciais de outubro.
- Eu gostaria muito de saber quais são as medidas impopulares que eles estão propondo? Tenho certeza que o povo, especialmente, também está muito curioso em saber, disse Gleisi ao "247", em seu gabinete no Senado.
- Será que eles querem aumentar o preço dos combustíveis? Ou subir as tarifas de energia? Há economistas da oposição defendendo esfriar o crescimento econômico para evitar a inflação. É isso o que eles pretendem fazer, criar desemprego no Brasil?, questiona ela, sem ironia, mirando Aécio e Campos.
A preocupação da senadora, ex-ministra da Casa Civil e principal porta-voz do governo no Senado, faz sentido. Defensora da administração Dilma Rousseff e dos dois governos de Lula, Gleisi teme a repetição histórica de situações do passado, nas quais candidatos se elegeram sem deixar claro, principalmente, o que pretendiam fazer em seus primeiros dias de administração.
- Os presidenciáveis da oposição têm de mostrar ao que vieram. Mas mostrar com transparência e honestidade. Não dá para ter um discurso diante de empresários, e ali prometer medidas impopulares, e depois sair a público como defensor do povo. Para isso, basta que expliquem quais medidas impopulares, afinal, são essas que eles se propõem a tomar?
Gleisi Hoffmann sabe que seu desafio é difícil de ser aceito. Ao "247", ela fez referência ao índice de 12% de apoio obtido pelo ex-presidente Fernando Henrique na mais recente pesquisa "Datafolha":
- Os números estão aí para mostrar a quantas anda o último presidente que governou para o mercado. O Brasil não quer mais esse tipo de fórmula que beneficia as elites e prejudica o povo. O retrato está aí, aponta ela, citando Fernando Henrique veladamente.
CONSEGUIU MAIS UMA VEZ
Mais cedo, também terça-feira, a senadora de feições delicadas, voz que pouco se altera e compromisso atado de defender o governo conseguiu mais uma vez cumprir seu papel de rebatedora. Com um simples pedido de andamento das votações de matérias na pauta do Senado, Gleisi obteve ao menos mais uma noite sem que a sonhada, pela oposição, CPI da Petrobras se materializasse. Em razão da intervenção da senadora, que atua com os principais artigos do regimento interno na ponta da língua, a oposição viu ser transferida para quarta-feira a possibilidade de o tema da comissão de investigação ser votado.
No campo do STF, Gleisi também já formula um antídoto para o último movimento da oposição. Com o senador Aécio à frente, políticos entraram no Supremo com pedido de mandado de segurança para garantir que a nova CPI investigue, exclusivamente, a Petrobras.
- Se eles podem ir ao Supremo, nós também poderemos fazer o mesmo para garantir que outros temas entrem na investigação, adiantou ela.
[A CPI nascerá como querem os governistas, envolvendo] temas como os contratos do governo de São Paulo com as multinacionais Alstom e Siemens, em torno e trens e metrô, e do governo de Pernambuco para a construção do porto de Suape.
Após deixar a Casa Civil com a intenção de concorrer ao governo do Paraná, Gleisi se tornou, nas últimas semanas, o quadro mais importante do PT no Congresso. Antes mesmo de o ex-presidente Lula, como fez terça-feira, ter pedido aguerrimento aos integrantes de seu partido, a ex-ministra tomou para si a tarefa de marcar de perto os movimentos da oposição.
Para barrar a CPI [exclusiva] da Petrobras, a senadora paranaense procurou incluir, por meio de questão de ordem, os temas de contratos estaduais de infraestrutura nas investigações. A iniciativa irritou a oposição, especialmente o líder tucano Aloysio Nunes Ferreira.
Apesar de confrontada por ele, Gleisi não perdeu a linha e tem sustentado a estratégia do governo em suas intervenções nas comissões e no plenário do Senado. (...)
FONTE: do "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/136121/Gleisi-ao-247-%E2%80%9CQue--medidas-impopulares-eles-prop%C3%B5em%E2%80%9D.htm). [Adaptações e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
No campo do STF, Gleisi também já formula um antídoto para o último movimento da oposição. Com o senador Aécio à frente, políticos entraram no Supremo com pedido de mandado de segurança para garantir que a nova CPI investigue, exclusivamente, a Petrobras.
- Se eles podem ir ao Supremo, nós também poderemos fazer o mesmo para garantir que outros temas entrem na investigação, adiantou ela.
[A CPI nascerá como querem os governistas, envolvendo] temas como os contratos do governo de São Paulo com as multinacionais Alstom e Siemens, em torno e trens e metrô, e do governo de Pernambuco para a construção do porto de Suape.
Após deixar a Casa Civil com a intenção de concorrer ao governo do Paraná, Gleisi se tornou, nas últimas semanas, o quadro mais importante do PT no Congresso. Antes mesmo de o ex-presidente Lula, como fez terça-feira, ter pedido aguerrimento aos integrantes de seu partido, a ex-ministra tomou para si a tarefa de marcar de perto os movimentos da oposição.
Para barrar a CPI [exclusiva] da Petrobras, a senadora paranaense procurou incluir, por meio de questão de ordem, os temas de contratos estaduais de infraestrutura nas investigações. A iniciativa irritou a oposição, especialmente o líder tucano Aloysio Nunes Ferreira.
Apesar de confrontada por ele, Gleisi não perdeu a linha e tem sustentado a estratégia do governo em suas intervenções nas comissões e no plenário do Senado. (...)
FONTE: do "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/136121/Gleisi-ao-247-%E2%80%9CQue--medidas-impopulares-eles-prop%C3%B5em%E2%80%9D.htm). [Adaptações e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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