"A indústria acumula alta de 1,3% no primeiro bimestre, segundo o IBGE. O desempenho de fevereiro veio após alta mensal de 3,8 % em janeiro, número que foi revisado de 2,9 %. Assim, perdas de 4,2% registradas em novembro-dezembro foram recuperadas agora. Ante fevereiro do ano passado, o aumento apurado chega a 5%. O Brasil segue com indústria funcionando, apesar dos catastrofistas anunciarem sucateamento.
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 2 Abr (da agência norte-americana de notícias "Reuters") - "A produção industrial no Brasil fechou fevereiro com alta de 0,4 por cento, segundo mês seguido no azul, movimento que foi suficiente para anular a perda vista no final do ano passado e um sinal de que a recuperação da atividade pode estar melhor.
O desempenho de fevereiro veio após alta mensal de 3,8 por cento em janeiro, número que foi revisado de 2,9 por cento, informou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE destacou que, com esses resultados, a produção acumulou nos dois primeiros meses do ano expansão de 4,2 por cento, igualando à perda acumulada em novembro e dezembro de 2013.
"Há melhora no ritmo da indústria, especialmente quando se compara com o fim de 2013. Tivemos um perfil disseminado em fevereiro, embora a magnitude do total da indústria tenha se dado numa intensidade menor que em janeiro", destacou o economista do IBGE André Macedo.
Na comparação com o mesmo mês de 2013, a produção industrial registrou alta de 5,0 por cento em fevereiro, interrompendo dois meses seguidos de taxas negativas nessa base de comparação.
A expectativa, em pesquisa da Reuters, era de alta de 0,50 por cento na base mensal e avanço de 4,90 por cento na anual na mediana de 24 projeções.
BENS DURÁVEIS
O maior destaque de alta em fevereiro ficou para o setor de Bens Duráveis, com expansão mensal de 3,3 por cento, levando a categoria Bens de Consumo a avançar 0,5 por cento no período. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção de Bens Duráveis saltou 20,9 por cento e a de Bens de Consumo em geral, 7,4 por cento.
Já Bens de Capital, medida de investimento, subiu apenas 0,1 por cento em fevereiro sobre janeiro, mas teve alta de 12,4 por cento na comparação anual.
"Claramente, Bens de Capital e Bens Duráveis são os que trazem números mais fortes. Há investimento maior para construção, equipamentos de transporte e influência da produção de automóveis e de TV, talvez por conta do fenômeno Copa do Mundo", completou Macedo.
Entre os ramos de atividades, o IBGE informou ainda que 19 dos 27 pesquisados registraram crescimento mensal em fevereiro, com destaque para veículos automotores, que cresceu 7,0 por cento, segundo resultado positivo consecutivo.
O setor industrial vinha mostrando dificuldade de imprimir recuperação mais robusta, depois de passar por uma gangorra em 2013. De acordo com pesquisa "Focus" do Banco Central, a expectativa de economistas é de expansão de 1,38 por cento em 2014, abaixo da economia como um todo.
Outros indicadores também vêm sinalizando recuperação no setor neste início de ano, como o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) que, em março, avançou a 50,6, ante 50,4 em fevereiro, permanecendo por pouco pelo quarto mês acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Apesar da recuperação, alguns analistas ainda preferem esperar mais para ver o comportamento da indústria. O diretor de pesquisa econômica do "Goldman Sachs" para América Latina, Alberto Ramos, destacou que o fato de o Carnaval ter caído este ano em março ajudou no resultado de fevereiro, que contou com mais dias úteis..
"O número de fevereiro foi provavelmente influenciado positivamente pelo fato de o Carnaval ter acontecido em fevereiro em 2013 e no mês de março em 2014", disse ele por meio de nota.
A partir de março, o IBGE vai aperfeiçoar a pesquisa sobre produção industrial, cujos detalhes devem ser divulgados na próxima segunda-feira. Devem haver mudanças nas ponderações e na cesta de produtos da pesquisa."
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 2 Abr (da agência norte-americana de notícias "Reuters") - "A produção industrial no Brasil fechou fevereiro com alta de 0,4 por cento, segundo mês seguido no azul, movimento que foi suficiente para anular a perda vista no final do ano passado e um sinal de que a recuperação da atividade pode estar melhor.
O desempenho de fevereiro veio após alta mensal de 3,8 por cento em janeiro, número que foi revisado de 2,9 por cento, informou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE destacou que, com esses resultados, a produção acumulou nos dois primeiros meses do ano expansão de 4,2 por cento, igualando à perda acumulada em novembro e dezembro de 2013.
"Há melhora no ritmo da indústria, especialmente quando se compara com o fim de 2013. Tivemos um perfil disseminado em fevereiro, embora a magnitude do total da indústria tenha se dado numa intensidade menor que em janeiro", destacou o economista do IBGE André Macedo.
Na comparação com o mesmo mês de 2013, a produção industrial registrou alta de 5,0 por cento em fevereiro, interrompendo dois meses seguidos de taxas negativas nessa base de comparação.
A expectativa, em pesquisa da Reuters, era de alta de 0,50 por cento na base mensal e avanço de 4,90 por cento na anual na mediana de 24 projeções.
BENS DURÁVEIS
O maior destaque de alta em fevereiro ficou para o setor de Bens Duráveis, com expansão mensal de 3,3 por cento, levando a categoria Bens de Consumo a avançar 0,5 por cento no período. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção de Bens Duráveis saltou 20,9 por cento e a de Bens de Consumo em geral, 7,4 por cento.
Já Bens de Capital, medida de investimento, subiu apenas 0,1 por cento em fevereiro sobre janeiro, mas teve alta de 12,4 por cento na comparação anual.
"Claramente, Bens de Capital e Bens Duráveis são os que trazem números mais fortes. Há investimento maior para construção, equipamentos de transporte e influência da produção de automóveis e de TV, talvez por conta do fenômeno Copa do Mundo", completou Macedo.
Entre os ramos de atividades, o IBGE informou ainda que 19 dos 27 pesquisados registraram crescimento mensal em fevereiro, com destaque para veículos automotores, que cresceu 7,0 por cento, segundo resultado positivo consecutivo.
O setor industrial vinha mostrando dificuldade de imprimir recuperação mais robusta, depois de passar por uma gangorra em 2013. De acordo com pesquisa "Focus" do Banco Central, a expectativa de economistas é de expansão de 1,38 por cento em 2014, abaixo da economia como um todo.
Outros indicadores também vêm sinalizando recuperação no setor neste início de ano, como o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) que, em março, avançou a 50,6, ante 50,4 em fevereiro, permanecendo por pouco pelo quarto mês acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Apesar da recuperação, alguns analistas ainda preferem esperar mais para ver o comportamento da indústria. O diretor de pesquisa econômica do "Goldman Sachs" para América Latina, Alberto Ramos, destacou que o fato de o Carnaval ter caído este ano em março ajudou no resultado de fevereiro, que contou com mais dias úteis..
"O número de fevereiro foi provavelmente influenciado positivamente pelo fato de o Carnaval ter acontecido em fevereiro em 2013 e no mês de março em 2014", disse ele por meio de nota.
A partir de março, o IBGE vai aperfeiçoar a pesquisa sobre produção industrial, cujos detalhes devem ser divulgados na próxima segunda-feira. Devem haver mudanças nas ponderações e na cesta de produtos da pesquisa."
FONTE: jornal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/135370/Pessimismo-perde-outra-produ%C3%A7%C3%A3o-industrial-sobe.htm).
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